Correio Braziliense
postado em 10/07/2020 13:50

De acordo com o delegado da 14º DP (Gama), William Ricardo, o amigo de Pedro que mantinha a naja em casa não colaborou muito com os investigadore. No entanto, os outros dois foram mais receptivos. Os três também estudavam medicina veterinária.
A investigação também vai ouvir outros jovens que participam de um grupo de estudos de cerca de 40 pessoas. Dentro desse grupo, alguns estudantes aram a comercializar os animais. “São animais muito raros e por isso de alto valor. Valem muito dinheiro”, diz William. A suspeita maior é que o tráfico seja em âmbito nacional, mas nenhuma possibilidade é descartada.
Ainda não se sabe como os estudantes teriam conseguido os animais. Segundo o delegado, essa questão só será definida ao final das investigações.
Sobre o criadouro
Como os animais foram encontrados em um haras, a suspeita é que o grupo utilizava os cavalos para produzir o soro antiofídico das cobras. “Quando o veneno é injetado no cavalo, ele produz anticorpos que podem ser retirados.” Os investidores não sabem quem é o dono do local.
A investigação ganhou força na tarde desta quinta-feira (9), quando o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) encontrou uma espécie de criadouro clandestino no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina. No total, 16 cobras foram apreendidas, sendo 10 delas de origem estrangeira. A suspeita é o que local tenha relação com a cobra que picou Pedro. Até o momento, ninguém foi preso.
Os répteis, assim como a cobra naja, localizada na noite da última quarta-feira (7/9), foram levadas ao zoológico de Brasília e seguem em observação. Apenas seis delas podem ser encontradas no Brasil e as marcas encontradas por profissionais indicam que elas não viviam em condições ideais.
Os animais ficarão isolados no zoológico e arão por testes veterinários. De acordo com os profissionais que recepcionaram os répteis, nenhuma das espécies localizadas, nacionais ou estrangeiras, corre risco de extinção na natureza.
Próximos os

“Mesmo ele estando acordado, Pedro ainda não tem condições de ser ouvido”, adiantou o delegado William Ricardo.
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