
O apresentador Luciano Huck criticou, no domingo (16/6), o Projeto de Lei 1904/2024, que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio. Para ele, a proposta causa "profunda indignação", independente de posição política e das convicções morais e religiosas.
"Não é uma questão ideológica, é uma questão de lógica. Criança não é mãe. É muito cruel obrigar uma vítima de estupro a levar a cabo, até o final, uma gravidez. Queria me colocar aqui claramente ao lado dessas mulheres todas que já foram vítimas de estupro e que não devem ser vítimas de uma injustiça", disse o apresentador, durante o programa Domingão com Huck, na TV Globo.
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Luciano Huck ainda citou o caso de um homem de 59 anos, que estuprou a filha de 17 em um leito de hospital em São Bernardo do Campo, em São Paulo. "Este homem pode pegar uma pena menor do que a filha que foi estuprada, do que a vítima. Porque, se ela vier a interromper a gravidez depois de 22 semanas, seja por demora na Justiça ou por qualquer outro empecilho que uma vítima de abuso enfrenta hoje em dia para ter o ao aborto legal, inverte os papéis. A pena dela vai ser maior do que a dele", afirmou.
Huck também mandou uma mensagem para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), "Queria convocar o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Nós respeitamos o parlamento brasileiro, foi eleito pelo povo brasileiro, a gente respeita todos os deputados. Mas, simplesmente, não é lógico e, principalmente, é cruel com as mulheres do nosso país", ressaltou o apresentador, que foi aplaudido de pé pela plateia do programa.
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