
Após quase 23 anos do crime, o empresário Sérgio Nahas foi condenado a oito anos e dois meses de prisão em regime fechado pelo assassinato da mulher, a estilista Fernanda Orfali, em 2002, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. A decisão, da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), seguiu o voto do relator, ministro Dias Toffoli, que determinou o aumento da pena imposta anteriormente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
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O crime aconteceu em 14 de setembro de 2002, quando Fernanda, então com 28 anos, foi morta com um tiro no peito dentro do apartamento do casal. A perícia indicou que a arma utilizada pertencia a Nahas e que havia pólvora em uma camisa do réu escondida sob a cama, o que contradizia a tese de suicídio apresentada pela defesa.
Durante o processo, a defesa alegou que Fernanda sofria de depressão e teria tirado a própria vida, apresentando trechos de seu diário como evidência. No entanto, a acusação refutou essa versão, destacando que a perícia não encontrou resíduos de pólvora nas mãos da vítima, além de apontar que a cena do crime foi alterada antes da chegada dos peritos.
O julgamento foi adiado diversas vezes ao longo dos anos. Em 2018, Nahas foi condenado a sete anos de prisão em regime semiaberto. O aumento da pena ocorreu após a acusação apresentar agravantes, como o local do crime — o próprio lar da vítima — e o fato de Fernanda ter sido surpreendida sem chance de defesa.
Atualmente, Nahas responde ao processo em liberdade, mas, com a nova sentença, deverá cumprir a pena em regime fechado.