CRIME ORGANIZADO

Líder do CV pode ter tirado a própria vida, suspeitam autoridades

Conhecido como "Professor", Fhillip da Silva Gregório chegou, já sem vida, à UPA de Del Castilho, na Zona Norte carioca; o criminoso estava foragido desde 2018 e era suspeito de ser o principal fornecedor de armas, munição e drogas da facção

Fhillip da Silva Gregório — o Professor -  (crédito: reprodução)
Fhillip da Silva Gregório — o Professor - (crédito: reprodução)

O suspeito de ser o principal abastecedor de armas, munições e drogas do Comando Vermelho, Fhillip da Silva Gregório — o Professor —, morreu na noite de domingo (2/6). O criminoso sofreu um disparo na região da têmpora e chegou já sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Professor era um foragido da Justiça desde 2018 e vivia escondido no Complexo do Alemão. Para conseguir escapar das autoridades, o faccionado, criou consultórios de procedimentos estéticos de forma improvisada dentro da comunidade, onde realizou tratamentos dentários, implante capilar e lipoaspiração.

A Polícia Militar carioca informou que, ao serem informados da situação do criminoso, uma guarnição foi enviada à unidade de saúde para realizar a averiguação. Na UPA, onde a morte do Professor foi confirmada, se encontravam sua viúva, Gabriele de Almeida Rangel, e seu advogado, Eli Florêncio da Luz — responsáveis pela identificação de Fhillip. 

Além destes, a Polícia Civil do Rio informou que uma mulher, apontada como uma relação extraconjugal de Fhillip, se apresentou às autoridades e confirmou que o abastecedor do Comando Vermelho tirou a própria vida — a polícia, por meio da Delegacia de Homicídios da Capital, ainda investiga o caso para confirmação dos fatos apresentados.

Quem era o criminoso?

O Professor era considerado o terceiro membro mais importante da facção, fora do sistema penitenciário. Após não retornar de uma “saidinha” em 2018, se escondeu no Complexo do Alemão, onde se tornou o “chefe” da favela da Fazendinha.

Em abril de 2025, ele ou a ser investigado pela Polícia Federal (PF), após o jornal O Globo publicar informações que indicavam uma relação entre o criminoso e oficiais da PM carioca. Mensagens interceptadas pela PF mostram o Professor negociando a troca do comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos, também na Zona Norte do Rio, acertos de propinas e acordos referentes à relação entre os criminosos e policiais.

*Estagiário sob a supervisão de Luciana Corrêa

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postado em 02/06/2025 14:04
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