O Banco Central do Brasil revelou recentemente que uma quantia significativa de dinheiro ainda está esquecida em contas de instituições financeiras. Em fevereiro de 2025, o montante total disponível no Sistema de Valores a Receber (SVR) atingiu R$ 9,024 bilhões. Este sistema foi criado para facilitar o resgate de valores que, por diversos motivos, não foram retirados por seus legítimos proprietários.
O relatório mais recente do Banco Central destaca que, apenas em fevereiro, R$ 258 milhões foram devolvidos aos beneficiários. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer, já que milhões de brasileiros e empresas ainda não resgataram seus valores. A maior parte dos beneficiários, cerca de 63,97%, tem até R$ 10 para receber, o que demonstra a importância de conscientizar a população sobre a existência desses recursos.
Quem são os beneficiários dos valores esquecidos?
O sistema abrange um total de 50,67 milhões de beneficiários, dos quais 91,58% são pessoas físicas, representando 46,4 milhões de indivíduos. As empresas compõem 8,42% dos beneficiários, totalizando 4,26 milhões. Em termos de valores, as pessoas físicas já resgataram R$ 6,89 bilhões, enquanto as empresas retiraram R$ 2,21 bilhões.
Os valores esquecidos estão distribuídos em várias categorias, sendo a maior parte deles proveniente de contas bancárias, com um total de R$ 5,27 bilhões. Outros R$ 2,34 bilhões estão associados a es de consórcios, e R$ 786,34 milhões pertencem a cooperativas. A diversidade de fontes de valores esquecidos ressalta a complexidade do sistema financeiro e a necessidade de um mecanismo eficiente para o resgate desses recursos.

Como os valores entram no sistema de valores a receber?
Os valores esquecidos podem entrar no SVR em diversas situações. Contas-correntes ou poupanças encerradas e não sacadas são uma das principais fontes. Além disso, cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito, tanto previstas quanto não previstas em termos de compromisso com o Banco Central, também são incluídas. Outros casos incluem cotas de capital e rateio de sobras líquidas de cooperativas de crédito, grupos de consórcio extintos e contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível.
Como resgatar o dinheiro esquecido?
Para resgatar os valores esquecidos, o Banco Central disponibiliza um site específico: valoresareceber.bcb.gov.br. Os usuários devem ar o site, inserir seus dados e verificar se possuem valores a receber. Caso positivo, o próximo o é ar o sistema SVR através do gov.br, que requer um nível de segurança prata ou ouro.
O processo de resgate envolve a leitura e aceitação de um Termo de Ciência, seguido pela escolha de uma chave Pix para a devolução dos valores. A instituição financeira responsável tem até 12 dias úteis para realizar a devolução, que pode ser feita via Pix ou TED. É importante que o usuário guarde o número de protocolo gerado durante o processo.
Quais dão os fesafios e perspectivas para o futuro?
Apesar dos esforços do Banco Central para facilitar o resgate dos valores esquecidos, muitos beneficiários ainda desconhecem a existência desses recursos. A conscientização e a educação financeira são fundamentais para que mais pessoas possam ar seus direitos. Além disso, a simplificação dos processos e a ampliação do o digital são os importantes para aumentar a eficiência do sistema.
O SVR representa uma oportunidade significativa para milhões de brasileiros recuperarem valores que, de outra forma, permaneceriam inativos. Com o avanço da tecnologia e a melhoria dos sistemas de informação, espera-se que o resgate desses valores se torne cada vez mais ível e ágil, beneficiando tanto indivíduos quanto empresas em todo o país.