Desde sua introdução, o Pix transformou o cenário de pagamentos no Brasil, tornando-se rapidamente o método preferido de transações financeiras. Em março de 2025, o sistema registrou mais de 6,24 bilhões de transações, destacando sua popularidade entre diferentes grupos demográficos. Essa adoção massiva reflete não apenas a conveniência do Pix, mas também a visão do Banco Central em modernizar o sistema financeiro do país.
Com a expansão do Pix, novas funcionalidades estão sendo planejadas, como o Pix Automático e o Pix por Aproximação, que prometem facilitar ainda mais as transações diárias. No entanto, com a crescente utilização, surgem também preocupações relacionadas à segurança das transações.
Segurança no pix: o que está sendo feito?
Para enfrentar os desafios de segurança, o Banco Central está introduzindo um novo recurso a partir de outubro de 2025. Trata-se de uma funcionalidade que permite aos usuários contestar transações diretamente através do aplicativo bancário, caso suspeitem de fraude. Este mecanismo, conhecido como Mecanismo Especial de Devolução (MED), visa agilizar o processo de recuperação de valores transferidos indevidamente.
O MED foi projetado para simplificar a vida dos usuários que caíram em golpes, permitindo que eles relatem o incidente sem precisar entrar em contato direto com o e ao cliente de suas instituições financeiras. Isso não apenas economiza tempo, mas também aumenta as chances de recuperar o dinheiro perdido.

Como funciona o processo de contestação?
Para iniciar uma contestação, o usuário deve ar o aplicativo do banco e identificar a transação suspeita dentro de um período de 80 dias. O processo envolve:
- Selecionar a transação que deseja contestar.
- Informar o tipo de golpe sofrido.
- Enviar a contestação para análise do banco.
Após a submissão, a conta que recebeu o valor será temporariamente bloqueada, e o titular será notificado. Se a análise confirmar a fraude e houver saldo disponível, o valor poderá ser bloqueado para devolução.
O que esperar após a contestação?
Mesmo que o saldo não esteja imediatamente disponível na conta do golpista, o banco monitorará a conta por até 90 dias. Durante esse período, se novos fundos entrarem, eles poderão ser usados para reembolsar a vítima. O usuário será notificado assim que a devolução for processada, e poderá acompanhar o status da solicitação pelo aplicativo.
Embora o MED não garanta a recuperação total dos valores, ele representa um avanço significativo na proteção dos usuários contra fraudes. Até que a funcionalidade esteja disponível, é crucial que os usuários continuem atentos a possíveis golpes, verificando cuidadosamente os dados antes de concluir qualquer transação.