A série “Shogun: A Gloriosa Saga do Japão” tem sido um destaque notável na temporada de premiações de 2025. Produzida pela FX e disponível no streaming da Disney, a série conquistou uma base de fãs leais com seus 10 episódios da primeira temporada. Com um total impressionante de 92 indicações e 81 vitórias, “Shogun” foi amplamente reconhecida, especialmente no Globo de Ouro e no Emmy, onde recebeu 18 prêmios.
Apesar do sucesso, a série não foi imune a críticas. Jerry London, diretor da versão original de “Shogun” de 1980, expressou descontentamento com o remake, sugerindo que a série atual ganhou o Emmy devido à falta de concorrência. Ele destacou que muitos espectadores relataram dificuldades em compreender a narrativa, que é predominantemente em japonês.
O contexto histórico e cultural de “Shogun”
“Shogun” é uma adaptação do romance homônimo de 1975, escrito por James Clavell. A história é ambientada no Japão feudal, entre 1554 e 1600, um período marcado por intensas disputas políticas e culturais. O enredo gira em torno de John Blackthorne, um navegador britânico cujo navio naufraga no Japão, e sua interação com Toranaga, um poderoso daimiô japonês.
A narrativa destaca a complexidade das relações entre os personagens, especialmente entre Blackthorne e Lady Mariko, uma mulher japonesa que desempenha um papel crucial na comunicação entre os mundos ocidental e oriental. A série explora temas de política, amor e lealdade, refletindo eventos históricos reais, como a influência dos comerciantes portugueses e da Igreja Católica no Japão da época.
Quais são as diferenças entre as versões de 1980 e 2025?
A versão de 1980 de “Shogun”, dirigida por Jerry London, foi um sucesso de crítica e público, recebendo 14 indicações ao Emmy. Esta adaptação focava mais na história de amor entre Blackthorne e Mariko, enquanto a versão de 2025 enfatiza as complexas relações políticas e culturais do Japão feudal.
Uma das principais críticas de London à nova versão é o uso predominante do idioma japonês, o que, segundo ele, pode dificultar a compreensão para o público americano. Além disso, London lamenta a falta de reconhecimento da adaptação original nas discussões sobre o novo “Shogun”.

O legado de “Shogun” e seu futuro
A série de 2025 estabeleceu novos recordes nas premiações, sendo a primeira em língua japonesa a ganhar o Emmy de Melhor Série Dramática. Anna Sawai, que interpreta Lady Mariko, fez história ao se tornar a primeira asiática a vencer o prêmio de Melhor Atriz Principal em Série Dramática.
Apesar das críticas, “Shogun: A Gloriosa Saga do Japão” continua a ser uma produção influente, destacando-se por sua abordagem autêntica e detalhada da história japonesa. O sucesso da série pode abrir caminho para mais produções internacionais que explorem narrativas complexas e multiculturais, ampliando o alcance e a diversidade das histórias contadas na televisão.