A Escoliose é uma condição que afeta a coluna vertebral, causando uma curvatura anormal que pode se assemelhar a um “S” ou “C”. Essa deformidade tridimensional é mais frequentemente observada na região lombar e torácica da coluna. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum durante a adolescência, um período crítico de crescimento.
No Brasil, estima-se que cerca de 6 milhões de pessoas convivem com essa condição. Os sintomas podem variar de uma má postura visível a diferenças na altura dos ombros e rotação da coluna. O tratamento da Escoliose pode incluir fisioterapia, uso de coletes ortopédicos e, em casos mais graves, cirurgia.
Quais são os tipos de Escoliose?
A Escoliose pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo de suas causas. Entre as principais categorias estão:

- Escoliose congênita: Resulta de uma má formação presente desde o nascimento.
- Escoliose neuromuscular: Associada a doenças neuromusculares que afetam o equilíbrio do tronco.
- Escoliose degenerativa: Também conhecida como Escoliose do adulto, ocorre devido à degeneração das estruturas da coluna.
- Escoliose idiopática: É o tipo mais comum, sem causa definida, ocorrendo durante o crescimento na infância ou adolescência.
O termo “idiopática” indica que a causa específica não é conhecida, embora se saiba que há uma alteração durante o crescimento rápido da criança ou adolescente.
Quais são os fatores de risco para a Escoliose?
A Escoliose possui um componente genético significativo, mas não segue um padrão de herança simples. Isso significa que, mesmo que um dos pais tenha Escoliose, não é garantido que os filhos também terão. Os fatores de risco incluem:
- Histórico familiar de Escoliose.
- Deficiências nutricionais não específicas.
- Ser do sexo feminino.
- Períodos de crescimento rápido na infância e adolescência.
- Presença de doenças neuromusculares ou neurodegenerativas.
Como é feito o diagnóstico da Escoliose?
O diagnóstico da Escoliose geralmente começa com um exame físico. O médico pode observar o paciente de costas para verificar assimetrias na altura dos ombros, pregas glúteas e cristas ilíacas. Se houver suspeita de Escoliose, exames de imagem, como raios-X, podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico e determinar o grau da curvatura.
É recomendado que crianças em por avaliações ortopédicas entre os cinco e sete anos e novamente entre os 12 e 13 anos para detectar precocemente qualquer anormalidade na coluna.
Quais são as opções de tratamento para a Escoliose?
O tratamento da Escoliose depende do grau da curvatura e da fase de crescimento do paciente. As opções incluem:
- Observação: Para curvaturas menores que 20 graus, especialmente se o crescimento já tiver terminado.
- Uso de colete: Indicado para curvaturas entre 20 e 40 graus em crianças ainda em crescimento, para evitar a progressão da deformidade.
- Cirurgia: Recomendado para curvaturas superiores a 40 graus, onde a fusão vertebral é realizada para corrigir a deformidade.
Além disso, atividades físicas de baixo impacto, como natação e artes marciais, são incentivadas para fortalecer e equilibrar o tronco. A fisioterapia, especialmente a reeducação postural global (RPG), também pode ser benéfica.
Como a Escoliose pode impactar a vida diária?
A Escoliose pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, dependendo da gravidade da curvatura. Em casos leves, pode não haver sintomas significativos, mas em casos mais graves, a dor e a limitação de movimento podem ser preocupantes. Além disso, a aparência física pode afetar a autoestima, especialmente em adolescentes.
É importante lembrar que, embora a Escoliose possa ser uma condição desafiadora, muitas pessoas vivem vidas plenas e ativas com o tratamento adequado. Procurar orientação médica é essencial para determinar o melhor curso de ação.
Para mais detalhes sobre a Escoliose e outras condições relacionadas à coluna, visite o site do Hospital Sírio-Libanês.