Os celulares aram por uma transformação significativa nas últimas duas décadas. Com o avanço tecnológico, funcionalidades que antes eram essenciais foram substituídas por alternativas mais modernas e práticas. Entre essas mudanças, destacam-se a eliminação de recursos como infravermelho, rádio FM e teclados físicos QWERTY, que outrora eram indispensáveis.
O desenvolvimento de novas tecnologias, como Bluetooth e Wi-Fi Direct, contribuiu para a obsolescência de alguns desses recursos. Enquanto o infravermelho foi superado por métodos de transferência de dados mais eficientes, o rádio FM perdeu espaço para os serviços de streaming. Neste artigo, exploraremos algumas das funções que marcaram os celulares antigos, mas que hoje são raramente utilizadas.
O que aconteceu com o infravermelho nos celulares?
O infravermelho, ou IR Blaster, foi uma das primeiras tecnologias de transferência de arquivos entre celulares. Nos anos 2000, modelos icônicos como o Nokia 6610 e o Motorola V3 utilizavam essa tecnologia para enviar fotos e músicas. No entanto, o processo era lento e exigia que os dispositivos estivessem alinhados, o que limitava sua eficácia.
Com a introdução do Bluetooth e, posteriormente, do Wi-Fi Direct, a troca de arquivos tornou-se mais rápida e prática, levando ao declínio do infravermelho. Atualmente, poucas fabricantes ainda incluem o IR Blaster em seus dispositivos, e quando o fazem, é geralmente para funções de controle remoto, como em alguns modelos da Xiaomi e Huawei.

Por que a TV digital perdeu popularidade nos smartphones?
A TV digital foi um recurso popular entre 2010 e 2015, especialmente em países como o Brasil. Celulares como o Samsung Galaxy Gran Prime Duos e o Moto G4 Play vinham com receptores embutidos que permitiam assistir a canais de TV aberta sem consumir dados móveis. Contudo, a evolução das redes 4G e 5G e a ascensão dos serviços de streaming tornaram essa função menos relevante.
Além disso, a necessidade de um receptor próprio tornava os celulares mais volumosos. Hoje, a maioria dos smartphones, especialmente os de gama alta, não oferece mais e à TV digital, refletindo a mudança nas preferências dos consumidores em direção a conteúdos sob demanda.
O teclado físico QWERTY ainda tem espaço no mercado?
Os teclados físicos QWERTY foram um marco nos celulares do final dos anos 2000, com destaque para os modelos da BlackBerry. Eles ofereciam uma experiência de digitação precisa, muito apreciada por profissionais que precisavam enviar e-mails rapidamente. No entanto, a chegada dos smartphones com telas touchscreen, como o iPhone, revolucionou a forma de digitar.
Os teclados virtuais trouxeram funcionalidades avançadas, como autocorreção e digitação por gestos, tornando os teclados físicos obsoletos. Tentativas de reviver esse conceito, como o BlackBerry Key2, não obtiveram sucesso, e hoje, os celulares com teclados físicos são raridade no mercado.
O que o futuro reserva para os recursos dos celulares?
Com a rápida evolução da tecnologia, é natural que alguns recursos sejam deixados de lado em favor de alternativas mais eficientes. Funções como teclados físicos e botões de câmera foram eliminadas para dar espaço a designs mais modernos e funcionais. A tendência é que, nos próximos anos, até mesmo recursos comuns hoje, como carregadores com fio e cartões de memória, possam se tornar obsoletos.
Essa constante transformação reflete a busca incessante por inovação e eficiência, moldando o futuro dos dispositivos móveis e suas funcionalidades.