Nos últimos anos, o tratamento do Diabetes tipo 2 tem evoluído significativamente, trazendo novas opções para os pacientes. Um dos medicamentos que se destacou recentemente é o Mounjaro, que, além de controlar o açúcar no sangue, tem mostrado potencial em auxiliar na perda de peso. Este medicamento foi aprovado pela Anvisa em outubro do ano ado e já está gerando discussões no campo da saúde.
O Mounjaro, desenvolvido pela Eli Lilly, é composto por tirzepatida, uma molécula que atua como agonista duplo dos hormônios GLP-1 e GIP. Essa combinação única tem demonstrado ser mais eficaz do que outros medicamentos, como o Ozempic, que é baseado na semaglutida. Mas quais são as reais diferenças entre esses dois tratamentos?
Qual é a diferença entre Mounjaro e Ozempic?
A principal diferença entre o Mounjaro e o Ozempic está na composição de seus ingredientes ativos. Enquanto o Ozempic utiliza a semaglutida, um análogo do GLP-1, o Mounjaro se destaca por sua tirzepatida, que estimula tanto o GLP-1 quanto o GIP. Essa dupla ação potencializa a produção de insulina pelo pâncreas, ajudando a manter o controle dos níveis de glicose no sangue.
Além disso, a tirzepatida tem mostrado efeitos mais duradouros na sensação de saciedade. Isso significa que, ao contrário do Ozempic, que atua principalmente na redução do apetite, o Mounjaro prolonga a sensação de satisfação após as refeições, o que pode contribuir para uma perda de peso mais significativa.
Como o Mounjaro atua no corpo?
O Mounjaro age estimulando os receptores de dois hormônios intestinais, o GLP-1 e o GIP. Essa ação combinada resulta em uma maior secreção de insulina, o que é crucial para o controle do Diabetes tipo 2. Além disso, a tirzepatida tem mostrado manter a taxa metabólica elevada, promovendo a perda de gordura de forma independente da ingestão calórica.

Essa característica faz com que o Mounjaro não apenas controle o açúcar no sangue, mas também auxilie na perda de peso, um benefício adicional para muitos pacientes com Diabetes tipo 2 que também enfrentam desafios relacionados ao peso.
O que dizem os estudos sobre o Mounjaro?
Estudos recentes, como o SUR-2, têm comparado a eficácia do Mounjaro com a do Ozempic. Os resultados indicam que a tirzepatida supera a semaglutida na redução dos níveis de hemoglobina glicada (A1C), um importante marcador do controle glicêmico. Além disso, participantes de ensaios clínicos relataram uma perda de peso significativa ao longo de 12 semanas de tratamento com o Mounjaro.
Esses estudos também destacam que, embora ambos os medicamentos possam causar efeitos colaterais gastrointestinais, a tirzepatida pode ter um perfil de efeitos adversos mais pronunciado. Portanto, é essencial que os pacientes consultem seus médicos antes de iniciar qualquer tratamento.
Quais São os Efeitos Colaterais Potenciais?
Como qualquer medicamento, o Mounjaro e o Ozempic podem causar efeitos colaterais. Ambos os tratamentos estão associados a sintomas gastrointestinais, como náusea, vômito, diarreia e dor abdominal. No entanto, o Mounjaro pode apresentar efeitos mais intensos, levando alguns pacientes a interromper o tratamento.
É crucial que os pacientes discutam com seus médicos os potenciais riscos e benefícios antes de iniciar o uso de qualquer um desses medicamentos. A orientação médica é fundamental para garantir um tratamento seguro e eficaz.
Para mais informações sobre tratamentos para diabetes e opções de medicamentos, consulte o site da Anvisa ou converse com seu médico.
Este artigo foi revisado por:Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271

