Em 2023, o Brasil viu a promulgação da Lei nº 14.562, que trouxe mudanças significativas ao Código Penal, especialmente no que diz respeito à adulteração de placas e chassis de veículos. A legislação agora prevê penas mais severas para aqueles que forem pegos dirigindo veículos com identificação adulterada ou ausente. As penalidades podem chegar a até seis anos de reclusão, além de multas, com o objetivo de coibir práticas criminosas relacionadas a veículos.
A nova lei não se limita apenas aos condutores. Qualquer pessoa que adquirir, receber, transportar ou utilizar veículos com placas ou chassis adulterados também está sujeita às mesmas penalidades. Essa medida visa combater quadrilhas que utilizam a adulteração para encobrir roubos e outros crimes, ampliando o escopo da legislação para incluir veículos não automotores, como reboques e semirreboques.
Quais são as penalidades para infrações relacionadas a placas adulteradas?
Com a Lei nº 14.562, as penalidades para infrações relacionadas a placas adulteradas ou ausentes foram endurecidas. Além da reclusão, a legislação prevê multas e a remoção do veículo. No Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar sem placa é considerado uma infração gravíssima, resultando em uma multa de R$ 293,47 e a adição de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do infrator.
Essas medidas visam não apenas punir, mas também desestimular a prática de adulteração, que muitas vezes é realizada com materiais simples, como fita isolante ou corretivo. A intenção é dificultar a ação de criminosos que se aproveitam da falta de identificação para realizar atividades ilícitas.

Como o padrão de placas Mercosul impacta a segurança?
Nos últimos anos, o Brasil adotou o padrão de placas Mercosul, que trouxe algumas mudanças no design e na segurança das placas veiculares. Uma das críticas ao novo modelo é a ausência de lacres para fixação, o que pode facilitar a remoção ou perda das placas em situações adversas, como enchentes. Além disso, a película reflexiva das placas Mercosul tem sido apontada como um ponto fraco, pois pode perder a validade, dificultando a visualização por agentes de trânsito e equipamentos de fiscalização.
Especialistas, como Danilo Costa, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Trânsito, destacam que essas falhas podem comprometer a eficácia das medidas de segurança e fiscalização, exigindo melhorias no modelo atual para garantir maior proteção contra adulterações e fraudes.
Quais são os desafios e perspectivas para o futuro?
A implementação da Lei nº 14.562 e do padrão de placas Mercosul representa um o importante na tentativa de reduzir crimes relacionados a veículos no Brasil. No entanto, desafios permanecem, especialmente no que diz respeito à fiscalização e à adaptação dos sistemas de controle para lidar com as novas exigências.
Para o futuro, espera-se que melhorias contínuas sejam feitas tanto na legislação quanto na tecnologia utilizada para identificação e controle de veículos. Isso inclui a revisão dos materiais e métodos de fixação das placas, bem como o aprimoramento dos sistemas de fiscalização para garantir que as novas regras sejam efetivamente aplicadas e respeitadas.