Nos últimos tempos, um novo medicamento tem chamado a atenção no campo da saúde e bem-estar: a tirzepatida, conhecida comercialmente como Mounjaro. Originalmente desenvolvida para tratar o diabetes tipo 2, a tirzepatida tem se destacado por sua eficácia na perda de peso, gerando discussões e expectativas em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil.
O Mounjaro é um medicamento injetável que combina dois mecanismos hormonais, atuando como agonista do receptor do GLP-1 e do GIP. Esta combinação inovadora tem despertado o interesse de especialistas e pacientes, mas também levanta dúvidas sobre sua segurança e eficácia em comparação com outros tratamentos, como a semaglutida.
Como a Tirzepatida se compara a outros medicamentos?
Estudos comparativos têm mostrado que a tirzepatida pode ser mais eficaz na perda de peso do que a semaglutida. Em média, pacientes que utilizaram a tirzepatida perderam cerca de 20% do peso corporal, enquanto aqueles que usaram a semaglutida perderam aproximadamente 13%. Essa diferença significativa tem levado muitos a considerar o Mounjaro como uma opção viável para o tratamento da obesidade.

Apesar de sua eficácia, é importante ressaltar que a tirzepatida ainda está em fase de avaliação para usos além do controle glicêmico em adultos com diabetes tipo 2. Nos Estados Unidos, por exemplo, a tirzepatida foi aprovada para o tratamento da apneia obstrutiva do sono em adultos com obesidade, sob o nome comercial Zepbound.
Quais são os efeitos colaterais do Mounjaro?
Como qualquer medicamento, a tirzepatida pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns incluem náuseas, diarreia, prisão de ventre e, em alguns casos, vômitos. Esses sintomas tendem a surgir nas primeiras semanas de uso e geralmente diminuem com o tempo. Além disso, pode ocorrer perda de apetite, o que está relacionado ao seu mecanismo de ação.
O uso do Mounjaro não é recomendado para todos. Grávidas, lactantes, crianças, adolescentes, pessoas com pancreatite ou histórico de câncer medular da tireoide devem evitar o medicamento. É essencial que o uso seja supervisionado por um profissional de saúde.
O Mounjaro pode afetar o ciclo menstrual ou a saúde mental?
Algumas mulheres relataram alterações no ciclo menstrual durante o uso da tirzepatida, possivelmente devido à perda de peso e ajustes hormonais. Além disso, há relatos de mudanças no humor e na saúde mental, que podem variar entre os indivíduos. Por outro lado, a melhora na apneia do sono pode trazer benefícios para o sono e a disposição, impactando positivamente a saúde mental.
Qualquer alteração significativa no ciclo menstrual ou no estado mental deve ser comunicada a um médico para monitoramento adequado. A orientação médica é crucial para garantir que o tratamento seja seguro e eficaz.
É necessário seguir uma dieta específica durante o uso do Mounjaro?
Embora não seja obrigatória uma dieta restritiva, manter uma alimentação saudável e equilibrada é fundamental para potencializar os efeitos do Mounjaro e manter os resultados a longo prazo. Comer bem continua sendo essencial para a saúde geral e para o sucesso do tratamento.
Além disso, é importante realizar exames antes de iniciar o uso da tirzepatida, avaliando a função dos rins e do fígado, bem como o perfil de colesterol, glicemia e pressão arterial. Mulheres em idade fértil devem fazer um teste de gravidez antes de começar o tratamento.
O que acontece após parar o uso do Mounjaro?
Após a interrupção do uso da tirzepatida, algumas pessoas conseguem manter parte dos resultados, especialmente se continuarem com hábitos saudáveis. No entanto, o risco de reganho de peso existe, pois o apetite tende a voltar e o metabolismo pode desacelerar sem mudanças no estilo de vida.
É essencial que o paciente mantenha acompanhamento médico durante e após o término do tratamento para garantir uma transição saudável. O uso da tirzepatida não substitui a importância de uma alimentação balanceada e da prática regular de atividade física.
Para mais informações sobre o Mounjaro e seu uso no tratamento da obesidade, consulte um profissional de saúde qualificado. A orientação médica é fundamental para garantir a segurança e eficácia do tratamento.