A tecnologia GPT, sigla para Transformadores Generativos Pré-treinados, representa um avanço significativo no campo da inteligência artificial. Baseada em modelos de linguagem de grande escala, a GPT utiliza aprendizado profundo para gerar conteúdos que se assemelham à produção humana. Esses modelos são treinados com vastos conjuntos de dados, permitindo que compreendam e produzam respostas coerentes em diversos formatos, como texto, áudio, imagem e vídeo.
Os modelos GPT funcionam de maneira semelhante a uma rede de neurônios artificiais, processando informações de forma profunda e simultânea, tal como o cérebro humano. Essa capacidade é denominada “transformer“, permitindo que o modelo analise frases inteiras e compreenda as relações entre palavras, independentemente de sua posição na frase. Assim, o GPT consegue reconhecer a importância de cada palavra no contexto geral, imitando a forma como os humanos interpretam informações.
Como surgiu a tecnologia GPT?
A origem da tecnologia GPT remonta a 2017, quando pesquisadores do Google desenvolveram a arquitetura de rede neural conhecida como transformador. Essa arquitetura foi inicialmente aplicada no modelo BERT, que interpretava pesquisas em linguagem natural, mas não gerava texto. Em 2018, a OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, criou o primeiro modelo GPT, o GPT-1, que não foi lançado publicamente.
Em 2019, a OpenAI lançou o GPT-2, disponibilizando-o para pesquisadores de aprendizado de máquina. O modelo conseguia gerar frases, mas foi com o GPT-3, em 2020, que a tecnologia deu um salto significativo, com 100 vezes mais parâmetros que seu antecessor. O GPT-4o, lançado em 2024, representa o ápice dessa evolução, sendo multilíngue e multimodal, capaz de processar arquivos de áudio, visuais e de texto em tempo real.

Por que o ChatGPT leva a sigla no nome?
O ChatGPT, chatbot de inteligência artificial da OpenAI, utiliza o modelo GPT como base para sua operação. A escolha do nome reflete a capacidade do modelo de interagir com usuários por meio de prompts, gerando conteúdos coerentes e de alta qualidade. Além da OpenAI, outras empresas também desenvolveram modelos de IA generativa, como o Gemini Google e o Claude.AI, da Anthropic, todos treinados para compreender as nuances da linguagem humana.
Quais são os principais usos da tecnologia GPT?
A tecnologia GPT encontra aplicação em diversas áreas do cotidiano. Ela pode ser utilizada para criar conteúdos como artigos, mensagens, e-mails e posts em redes sociais. Além disso, é útil na geração de códigos, tradução de idiomas, análise de dados, resumo de conteúdos extensos e atendimento ao cliente por meio de chatbots automatizados.
Assim, o modelo GPT se torna uma ferramenta valiosa para otimizar o tempo e aumentar a produtividade em tarefas pessoais, profissionais e acadêmicas. Desde atividades simples até as mais complexas, a tecnologia se apresenta como uma aliada eficiente.
Quais são os riscos associados ao modelo GPT?
Apesar dos avanços, a tecnologia GPT não está isenta de riscos. Um dos principais é a possibilidade de gerar conteúdo impreciso ou incorreto, devido a alucinações e falhas inerentes aos modelos de IA generativa. É crucial verificar a veracidade das informações fornecidas pelas IAs para garantir sua precisão.
Além disso, os modelos podem reproduzir visões preconceituosas presentes nos dados da Internet com os quais foram treinados, resultando em respostas enviesadas. A privacidade dos dados compartilhados com as IAs também é uma preocupação, pois podem ser utilizados para treinar outros modelos, comprometendo a segurança de informações confidenciais. Por fim, a questão dos direitos autorais é um ponto de debate, já que conteúdos gerados por IA podem infringir propriedades intelectuais, como ocorreu no caso da atriz Scarlett Johansson.