Sentir sono excessivo pela manhã pode ser um sinal de alerta para condições mais sérias, como o Alzheimer. Muitas pessoas tendem a ignorar essa sonolência, atribuindo-a a uma noite mal dormida ou à falta de cafeína. No entanto, pesquisas recentes sugerem que essa condição pode estar ligada a riscos aumentados de desenvolver Alzheimer no futuro.
Um estudo realizado por cientistas do Departamento de Radiologia da Mayo Clinic investigou essa relação. Eles selecionaram 283 participantes com mais de 70 anos, todos sem sinais de doenças neurodegenerativas. A pesquisa foi conduzida entre 2009 e 2016, utilizando uma série de testes para avaliar diferentes aspectos da saúde dos participantes.
Como o estudo foi conduzido?
Os participantes do estudo aram por cinco categorias de testes, cada uma projetada para avaliar diferentes fatores que poderiam influenciar a saúde cerebral e o risco de Alzheimer. Esses testes incluíram:
- Avaliação cognitiva: Incluiu o histórico de doenças, nível de escolaridade, ocupações profissionais e exames para detectar déficits visuais ou auditivos.
- Avaliação do sono: Questionários sobre a duração do sono, sonhos, ronco, apneias e outros distúrbios do sono.
- Avaliação clínica: Análise do índice de massa corporal (IMC), histórico de tabagismo, depressão e frequência de atividade física.
- Avaliação de imagem: Exames de imagem, como tomografias, para observar o cérebro.
- Avaliação estatística: Comparação das informações obtidas para identificar padrões e correlações.

Qual é a relação entre sonolência e Alzheimer?
Os resultados do estudo indicaram que a sonolência diurna excessiva está associada ao acúmulo de amiloides no cérebro. Essa proteína é conhecida por se acumular em pessoas com Alzheimer, prejudicando as células nervosas. Durante o sono, o cérebro tende a reduzir o acúmulo de amiloides, diminuindo o risco de demência. No entanto, aqueles que sentem mais sono pela manhã podem ter um maior depósito dessa proteína, aumentando os riscos de desenvolver Alzheimer.
Prevenção do Alzheimer: mudanças no estilo de vida
Outro estudo, realizado por pesquisadores de São Francisco, sugere que mais de 50% dos casos de Alzheimer podem ser prevenidos com mudanças no estilo de vida. Fatores como sedentarismo, depressão, tabagismo, diabetes, hipertensão e obesidade estão diretamente ligados a maiores índices da doença. Especialistas recomendam várias medidas para reduzir o risco, incluindo:
- Preferir vegetais frescos a açúcar e grãos.
- Ingerir ômega 3, especialmente com alta concentração de DHA e EPA.
- Consumir antioxidantes, como alimentos ricos em vitamina C.
- Exercitar-se regularmente.
- Desintoxicar o corpo de metais pesados, como o mercúrio.
- Evitar contato com alumínio, presente em desodorantes e as.
- Exercitar a mente com atividades como palavras-cruzadas e tocar instrumentos.
Os estudos destacam a importância de prestar atenção à sonolência matinal como um possível indicador de Alzheimer. Além disso, adotando um estilo de vida saudável, é possível reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença. Consultar um médico ao perceber sinais de sonolência frequente e distúrbios do sono pode ser um o crucial para a prevenção.