Em um movimento significativo para a conectividade na América Latina, a Anatel, agência reguladora de telecomunicações do Brasil, autorizou a SpaceX a lançar 7.500 novos satélites Starlink no país. Esta decisão, anunciada em abril de 2025, mais que dobra o número de satélites atualmente permitidos a operar no Brasil, que era de 4.408. Essa expansão promete aumentar significativamente a cobertura de internet via satélite, especialmente em áreas remotas.
A autorização para a expansão também incluiu a ampliação das bandas de frequência utilizadas pelos satélites. Apesar dessa aprovação, a Anatel destacou a necessidade de atualizar o marco regulatório do Brasil para lidar com questões de domínio de mercado, sustentabilidade espacial e soberania digital. Essa atualização é vista como crucial para garantir que o crescimento da infraestrutura de satélites seja sustentável e benéfico para o país.
Como a Starlink pode impactar a conectividade no Brasil?
A chegada de mais satélites Starlink pode transformar a paisagem digital no Brasil, especialmente em regiões onde a infraestrutura de internet terrestre é limitada ou inexistente. Com a promessa de oferecer internet de alta velocidade em qualquer lugar, a Starlink pode ser uma solução para comunidades isoladas, como aquelas na Amazônia, onde a conectividade é um desafio constante.
Além disso, a expansão da Starlink pode fomentar a concorrência no mercado de telecomunicações, potencialmente levando a melhorias nos serviços e preços para os consumidores. No entanto, essa expansão também levanta questões sobre a regulação e o impacto ambiental, aspectos que a Anatel pretende abordar com a atualização do marco regulatório.

Quais são os desafios da expansão da Starlink?
A expansão da Starlink no Brasil não está isenta de desafios. Um dos principais é a necessidade de um marco regulatório atualizado que possa lidar com as complexidades do mercado de satélites. A Anatel já indicou que o atual quadro regulatório precisa de revisões para abordar questões como sustentabilidade espacial e soberania digital.
Outro desafio é garantir que a expansão da infraestrutura de satélites não cause interferências em outras comunicações e que o impacto ambiental seja minimizado. A gestão do tráfego espacial e a prevenção de detritos espaciais são preocupações importantes que precisam ser abordadas à medida que mais satélites são lançados.
Qual é o futuro da internet via satélite no Brasil?
Com a autorização para a expansão da Starlink, o Brasil está em uma posição única para liderar a adoção de internet via satélite na América Latina. Esta tecnologia tem o potencial de conectar milhões de brasileiros que atualmente não têm o confiável à internet, promovendo inclusão digital e desenvolvimento econômico.
No entanto, o sucesso dessa iniciativa dependerá de uma regulamentação eficaz e de um compromisso com a sustentabilidade. À medida que a Anatel trabalha para atualizar o marco regulatório, o Brasil poderá servir como um modelo para outros países que buscam expandir sua infraestrutura de internet via satélite.