
Em entrevista ao Correio, o governador do DF, Ibaneis Rocha, comentou a operação do BRB para compra do Banco Master e se diz seguro: "Acompanhei toda a operação desde o início. Tiramos toda a parte ruim, só vamos ficar com parte dos CDBs. Fizemos uma análise meticulosa, com consultorias. Não faria nada para manchar a imagem do meu governo, que é sério". Confira a entrevista completa:
O PSB fez uma representação no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra a operação do BRB para compra do Banco Master. Como o senhor vê isso?
Vamos falar a realidade: tiramos o BRB da Polícia Federal, como estava no governo anterior, e levamos para a Faria Lima. Houve denúncias no governo Rollemberg e hoje temos resultados extremamente positivos. Pensaram que eu estava vendendo o BRB e estamos comprando o Banco Master.
O senhor está seguro de que esta operação é rentável? Analistas dizem que o banco Master tem um ivo enorme e o dinheiro público vai arcar com esse prejuízo…
Estou muito seguro. Acompanhei toda a operação desde o início. Tiramos toda a parte ruim, só vamos ficar com parte dos CDBs. Fizemos uma análise meticulosa, com consultorias. Não faria nada para manchar a imagem do meu governo, que é sério.
Se o negócio é promissor, por que bancos privados não fecharam com o Master?
O BTG Pactual tentou. Mas o BRB fechou. O banco vai crescer. Já temos penetração em quase todo o país e vamos entrar nos precatórios trabalhistas. Vamos crescer ainda mais. Logo estaremos entre os maiores bancos do país. Temos poucos bancos públicos no país e o BRB está na frente, com uma gestão profissional.
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O que a população do DF ganha com isso?
O Distrito Federal é acionista. Vamos sair de R$ 200 milhões em investimentos para R$ 1 bilhão. A população ganha muito com esses investimentos, em melhorias nas cidades.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, está aberto para prestar esclarecimentos detalhando a operação na Câmara Legislativa?
Claro. Ele vai à Câmara, ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público, a qualquer lugar. Antes mesmo da possível convocação, ele se colocou à disposição para esclarecer todas as dúvidas.
O senhor tem conversado com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo?
Não. O Paulo Henrique cuida da parte técnica e está tratando disso, inclusive esteve com Galípolo nesta semana. Minha atribuição é política.
O senhor está convicto de que o Banco Central vai aprovar a transação?
Totalmente seguro. Muito seguro. Não tomaríamos uma decisão como essa sem a segurança de que o processo é legal e rentável para o BRB e para o Distrito Federal.
Como tem sido a repercussão no meio empresarial?
Os empresários do DF estão aplaudindo. Eles têm muita preocupação com o que será do “BRB pós Ibaneis”. Para eles, importa a garantia de uma gestão profissional, com a continuidade do que vem sendo realizado, uma gestão com responsabilidade e olhar para o mercado.
O senhor pensou em aprovar uma medida que garanta mandato ao presidente do BRB?
Chegaram a me sugerir isso. Mas eu não quero tirar o poder de quem for eleito para indicar o próximo presidente.