Sáude

Comissão de Direitos Humanos realiza fiscalização em UPA após vandalismo

O comitê afirma que a unidade tem contrato e servidores para realizar, em média, 5.500 atendimentos por mês, mas atende entre 10 e 12 mil

Ao todo, a unidade tem vinte e seis leitos oficiais, porém, atualmente, já possui cinquenta pacientes internados -  (crédito: Cedido ao Correio)
Ao todo, a unidade tem vinte e seis leitos oficiais, porém, atualmente, já possui cinquenta pacientes internados - (crédito: Cedido ao Correio)

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal visitou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia, na QNN 27, na manhã desta terça-feira (29/4). A visitação ocorre após uma situação de vandalismo, na qual um homem quebrou as portas de vidro da unidade, no último domingo (27/4).

Após a fiscalização, foi constatado que a sala verde, que possui oito leitos, deveria ser utilizada pelos pacientes que precisam receber medicação e serem liberados depois de 24 horas. Porém, a sala tem trinta e oito internados em macas e poltronas improvisadas, que ocupam o local em média de três a quatro dias. 

A UPA tem contrato e servidores para realizar, em média, 5.500 atendimentos por mês, mas atende entre 10 e 12 mil. Segundo a comissão, houve mês que ocorreram 17 mil atendimentos de porta. Além disso, neste mês, houve muitos afastamentos da equipe hospitalar por atestado de saúde mental.

De acordo com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal, de janeiro até o momento, a unidade realizou 7.826 atendimentos pediátricos, 131% acima da sua capacidade instalada. E 39.137 atendimentos adultos, o que representa uma demanda 300% superior à prevista.

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A Comissão explica que a unidade "é a que mais recebe pacientes do Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF). Um dos fatores que justifica o número alto de atendimentos nesta unidade". 

Ao todo, a UPA possui 27 leitos oficiais mas, atualmente, conta com 50 internados. Somente na última segunda-feira (28/4), havia 72 pacientes hospitalizados. Além disso, a unidade não tem retaguarda hospitalar — equipe de médicos especialistas para prestar e e atendimento a pacientes em situações específicas—, só em casos graves de Unidade de Terapia Intensiva. 

Veja vídeo: 

 

postado em 29/04/2025 14:04
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