
Investigadores da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF (Draco/PCDF) deflagraram, na manhã desta quarta-feira (30/4), uma operação contra integrantes da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) que moram no Distrito Federal.
A polícia cumpre 30 ordens judiciais, das quais 14 são mandados de prisão e 16 de busca e apreensão nas cidades do Areal, no Itapoã, em Samambaia, no Sol Nascente, em Ceilândia, no Complexo Penitenciário da Papuda e em Goiás.
As investigações revelaram o vínculo direto dos alvos à facção por meio de “batismo” — ritual onde o membro jura lealdade à facção, aos líderes e ao código de conduta, o chamado “estatuto”. De acordo com a apuração policial, os envolvidos estão vinculados a outros crimes no DF, tais como homicídios, extorsões, roubos, tráfico de drogas e de armas.
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A operação da PCDF também ocorre no contexto da 2ª Edição da Operação Renorcrim, uma iniciativa da Rede Nacional de Unidades Especializadas de enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi).
Saiba Mais
Análise
A ação decorre da análise de provas apreendidas em poder de membros da facção criminosa, após outra operação policial que investigava o direto envolvimento de faccionados em crimes de extorsão e de tráfico de drogas em Brazlândia. A partir dos dados extraídos dos dispositivos eletrônicos, a polícia descobriu que os investigados promoveram, financiaram e integraram a organização criminosa estruturada e dividida em tarefas, com o objetivo de obter vantagens econômicas e imateriais por meio de diversas infrações penais, incluindo tráfico de drogas e extorsões.
Os relatórios da investigação apontam que a facção se divide em várias "células", cada uma com autonomia e estrutura própria, com a finalidade de impulsionar controle sobre a massa carcerária, monopólio da violência nos presídios e expansão de atividades criminosas dentro e fora das prisões.
Na ação de hoje, em que foram mobilizados mais de 70 policiais civis das duas delegacias envolvidas, também ocorreu o apoio da Divisão de Inteligência Policial da Secretaria de Estado de istração Penitenciária (DIP/SEAPE) e da Polícia Civil do Estado Goiás (PCGO).