Investigação

Operação mira empresários por desvio milionário no Natal Encantado

Na manhã desta quinta-feira (15/5), membros do Ministério Público cumpriram 11 mandados de busca no DF. Primeira fase foi desencadeada em dezembro do ano ado

Diligências foram comandadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público
 -  (crédito: MPPA/Divulgação - Imagem meramente ilustrativa)
Diligências foram comandadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público - (crédito: MPPA/Divulgação - Imagem meramente ilustrativa)

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) desencadeou, nesta quinta-feira (15/5), a segunda fase da operação Krampus, que investiga um esquema de corrupção envolvendo o desvio milionário em contratos firmados para promover o “Natal Encantado 2024”, da Secretaria de Cultura do DF.

As equipes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão na capital federal. As ordens judiciais foram expedidas pela 8ª Vara Criminal de Brasília. A primeira fase da operação foi desencadeada em 30 de dezembro do ano ado. Segundo as investigações, há suspeitas de corrupção ativa e iva, peculato (desvio de dinheiro por funcionário público), lavagem de dinheiro e organização criminosa em um contrato de R$ 14,3 milhões assinado entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e a Associação Amigos do Futuro.

Indícios levantados pelo MP apontam que a associação, escolhida pela Secec, teria sido usada como uma entidade de fachada e que reava a maior parte do dinheiro a um grupo de empresários, uma vez que não tinha condições de promover o evento.

Superfaturamento

O Gaeco identificou um superfaturamento estimado em mais de R$ 5,8 milhões, valor que teria surgido de manobras. como a mudança no objeto do contrato após a escolha da entidade — reduzindo os locais do evento de quatro para apenas um (a Esplanada dos Ministérios) e o aumento não justificado do valor total, quando o esperado seria uma redução. Também foram identificadas a inclusão de itens e serviços duplicados ou não previstos originalmente e a não execução completa de serviços contratados, como a entrega de um número menor de banheiros químicos e a ausência de ambulâncias e postos médicos conforme o planejado.

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A operação teve o apoio do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil. O objetivo é colher mais provas para desarticular completamente o suposto esquema criminoso e responsabilizar todos os envolvidos.

A reportagem questionou o GDF. Até a última atualização dessa reportagem, o governo não havia se manifestado.

postado em 15/05/2025 15:56
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