{ "@context": "http://www.schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/ciencia-e-saude/2023/03/5078866-armazenando-o-co2-distante.html", "name": "Armazenando o CO2 distante", "headline": "Armazenando o CO2 distante", "alternateName": "", "alternativeHeadline": "", "datePublished": "2023-03-09-0306:00:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Primeiro país a enterrar CO2 importado do exterior, a Dinamarca inaugurou ontem um local de armazenamento de dióxido de carbono a 1,8 mil metros de profundidade no Mar do Norte, medida considerada essencial para conter o aquecimento global. O local é uma antiga reserva de petróleo que contribuiu para as emissões.</p> <p class="texto">O projeto Greensand, coordenado pela multinacional química britânica Ineos e pela empresa de energia alemã Wintershall Dea, permitirá armazenar até 8 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2030. A técnica de captura e armazenamento de carbono (CAC) utilizada na iniciativa dinamarquesa tem sido testada ao redor do mundo e, atualmente, existem mais de 200 projetos em operação ou em desenvolvimento.</p> <p class="texto">O diferencial do Greensand é que, ao contrário dos locais existentes que capturam CO2 de instalações industriais vizinhas, ele utiliza carbono recebido de longas distâncias. "É uma conquista europeia em termos de cooperação transfronteiriça: o CO2 é capturado na Bélgica e, muito em breve, na Alemanha, carregado em navios no porto (belga) da Antuérpia", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.</p> <p class="texto">Na prática, o gás é transportado pelo mar até a plataforma de Nini West, na Noruega, e transferido para um reservatório a 1,8 km de profundidade. Para as autoridades dinamarquesas, que aspiram implementar o carbono zero até 2045, trata-se de um "instrumento indispensável na nossa caixa de ferramentas climáticas".</p> <p class="texto">O Mar do Norte é uma região adequada para o aterramento, pois conta com muitos oleodutos e reservatórios geológicos que foram deixados vazios após décadas de produção de petróleo e gás. Dessa forma, existe infraestrutura que pode ser reutilizada.</p> <p class="texto">Perto do Greensand, a gigante sa TotalEnergies vai explorar a possibilidade de aterrar no fundo do mar, a mais de dois quilômetros de profundidade, cerca de 5 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2030. Já a Noruega, pioneira na CAC, também receberá toneladas desse gás liquefeito da Europa nos próximos anos.</p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgsapp2.correiobraziliense.com.br%2Fportlet%2F548%2F48580%2F20171221175808962986e.png", "@type": "ImageObject", "width": 820, "height": 490 }, "author": [ ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 716y

Armazenando o CO2 distante 1w4d6p

Jornal Correio Braziliense 2v4q4l

Armazenando o CO2 distante 724b3h

f2t39

Primeiro país a enterrar CO2 importado do exterior, a Dinamarca inaugurou ontem um local de armazenamento de dióxido de carbono a 1,8 mil metros de profundidade no Mar do Norte, medida considerada essencial para conter o aquecimento global. O local é uma antiga reserva de petróleo que contribuiu para as emissões.

O projeto Greensand, coordenado pela multinacional química britânica Ineos e pela empresa de energia alemã Wintershall Dea, permitirá armazenar até 8 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2030. A técnica de captura e armazenamento de carbono (CAC) utilizada na iniciativa dinamarquesa tem sido testada ao redor do mundo e, atualmente, existem mais de 200 projetos em operação ou em desenvolvimento.

O diferencial do Greensand é que, ao contrário dos locais existentes que capturam CO2 de instalações industriais vizinhas, ele utiliza carbono recebido de longas distâncias. "É uma conquista europeia em termos de cooperação transfronteiriça: o CO2 é capturado na Bélgica e, muito em breve, na Alemanha, carregado em navios no porto (belga) da Antuérpia", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Na prática, o gás é transportado pelo mar até a plataforma de Nini West, na Noruega, e transferido para um reservatório a 1,8 km de profundidade. Para as autoridades dinamarquesas, que aspiram implementar o carbono zero até 2045, trata-se de um "instrumento indispensável na nossa caixa de ferramentas climáticas".

O Mar do Norte é uma região adequada para o aterramento, pois conta com muitos oleodutos e reservatórios geológicos que foram deixados vazios após décadas de produção de petróleo e gás. Dessa forma, existe infraestrutura que pode ser reutilizada.

Perto do Greensand, a gigante sa TotalEnergies vai explorar a possibilidade de aterrar no fundo do mar, a mais de dois quilômetros de profundidade, cerca de 5 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2030. Já a Noruega, pioneira na CAC, também receberá toneladas desse gás liquefeito da Europa nos próximos anos.