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O projeto Com-ANTAR, parte integrante do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), divulgou recentemente um <a href="https://maredeciencia.eco.br/materiais/o-declinio-recorde-do-gelo-marinho-em-2023-2024-um-alerta-para-o-planeta/">novo relatório</a> que revela impactos significativos, resultantes do degelo marinho sem precedentes observado nos últimos dois anos. </p> <ul> <li><a href="/ciencia-e-saude/2025/01/7036584-homo-erectus-sabia-se-adaptar-as-condicoes-deserticas-revela-estudo.html"><strong>'Homo erectus' sabia se adaptar às condições desérticas, revela estudo</strong></a></li> <li><a href="/ciencia-e-saude/2025/01/7036190-mumias-peruanas-de-mil-anos-tinham-tatuagens-revelam-cientistas.html"><strong>Múmias peruanas de mil anos tinham tatuagens, revelam cientistas</strong></a></li> </ul> <p dir="ltr">Em 2023, a Antártica registrou a menor cobertura de gelo marinho desde o início da monitoração, em 1979, um marco alarmante. Já em 2024, o degelo continuou, com a segunda menor cobertura da história, sendo que durante o inverno, a extensão máxima de gelo não formado foi 1.414.000 km² menor que a média dos mínimos anuais entre 1981 e 2010. </p> <p dir="ltr">Conforme a publicação, esse degelo equivale a uma perda de gelo marinho do tamanho somado da França, Alemanha e Espanha. No Ártico, a situação também foi crítica, com a cobertura mínima de gelo marinho em 2024 ficando 1.994.000 km² abaixo da média, superando o território combinado de sete países: Suécia, Portugal, Noruega, Polônia, Itália, Reino Unido e Grécia.</p> <p class="texto">De acordo com Ronaldo Christofoletti, coordenador do relatório e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo, o relatório reforça os riscos das mudanças climáticas. “Esses dados são um alerta para a saúde do planeta. Nos últimos dois anos tivemos, além dos recordes de degelo, recordes na temperatura do ar e na temperatura do oceano. 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Suas ações estão focadas em quatro pilares principais: ciência (liderada pelo MCTI e CNPq), preservação ambiental (MMA), logística (MD) e política externa (MRE).</p> <p dir="ltr">O projeto Com-ANTAR, liderado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), procura conectar a ciência à sociedade, popularizando os resultados do PROANTAR e promovendo a comunicação pública da ciência. Durante a Operação Antártica de janeiro de 2025, o projeto discute com outras iniciativas temas das pesquisas em andamento. </p> <p dir="ltr">Entre os focos estão o monitoramento dos rios aéreos que chegam à Antártica, que já registram a presença de carbono proveniente de queimadas brasileiras, além de estudos sobre a biodiversidade de musgos e microrganismos que podem atuar como bioindicadores das mudanças climáticas. </p> <p dir="ltr">Outros projetos em destaque incluem pesquisas sobre a formação dos solos na Antártica, com implicações para a melhoria dos solos no Brasil, e a avaliação dos organismos fotossintetizantes na água do mar, essenciais para a remoção do gás carbônico da atmosfera.</p> <p dir="ltr"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/politica/2025/01/7036534-lula-sanciona-com-vetos-regulamentacao-da-reforma-tributaria.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/16/whatsapp_image_2025_01_16_at_16_17_44-44844228.jpeg?20250116172927" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Lula sanciona, com vetos, regulamentação da reforma tributária</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/esportes/2025/01/7036535-rafinha-celebra-retorno-ao-coritiba-ansioso-para-pisar-de-novo-no-couto-pereira.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/01/16/whatsapp_image_2025_01_16_at_16_06_10_easy_resize_com__610x400-44844161.jpg?20250116162023" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Esportes</strong> <span>Rafinha celebra retorno ao Coritiba: ???Ansioso para pisar de novo no Couto Pereira???</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/mundo/2025/01/7036542-o-segredo-da-dinamarca-para-o-equilibrio-saudavel-entre-trabalho-e-vida-pessoal.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/01/16/8d6534e0_d1e9_11ef_a174_4f716b9e5ce9-44844241.jpg?20250116162608" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Mundo</strong> <span>O segredo da Dinamarca para o equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p> <p class="texto"><br /></p> <p class="texto"> </p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2025%2F01%2F16%2F360x240%2F1_img_4507__1_-44848600.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2025%2F01%2F16%2F360x240%2F1_img_4507__1_-44848600.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2025%2F01%2F16%2F360x240%2F1_img_4507__1_-44848600.jpg" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Isabella Almeida", "url": "/autor?termo=isabella-almeida" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 4p2k5l

Relatório sobre degelo marinho coloca o planeta em alerta 304x59
MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Relatório sobre degelo marinho coloca o planeta em alerta 4d556g

Os últimos dois anos registram recordes históricos de temperatura com impactos para o clima global, no caso do degelo, em 2024, houve o equivalente aos territórios somados de Suécia, Portugal, Noruega, Polônia, Itália, Reino Unido e Grécia c3g3j

Os anos de 2023 e 2024 não foram apenas marcados por recordes históricos de temperatura, mas também por alarmantes consequências para o clima global. O projeto Com-ANTAR, parte integrante do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), divulgou recentemente um novo relatório que revela impactos significativos, resultantes do degelo marinho sem precedentes observado nos últimos dois anos. 

Em 2023, a Antártica registrou a menor cobertura de gelo marinho desde o início da monitoração, em 1979, um marco alarmante. Já em 2024, o degelo continuou, com a segunda menor cobertura da história, sendo que durante o inverno, a extensão máxima de gelo não formado foi 1.414.000 km² menor que a média dos mínimos anuais entre 1981 e 2010. 

Conforme a publicação, esse degelo equivale a uma perda de gelo marinho do tamanho somado da França, Alemanha e Espanha. No Ártico, a situação também foi crítica, com a cobertura mínima de gelo marinho em 2024 ficando 1.994.000 km² abaixo da média, superando o território combinado de sete países: Suécia, Portugal, Noruega, Polônia, Itália, Reino Unido e Grécia.

De acordo com Ronaldo Christofoletti, coordenador do relatório e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo, o relatório reforça os riscos das mudanças climáticas. “Esses dados são um alerta para a saúde do planeta. Nos últimos dois anos tivemos, além dos recordes de degelo, recordes na temperatura do ar e na temperatura do oceano. Isso mostra como o impacto das mudanças do clima tem se tornado realidade e estas alterações são a base dos desastres ambientais que temos visto em todo o mundo e no Brasil, como o ocorrido com o Rio Grande do Sul ano ado e as chuvas intensas em vários estados neste verão.”

“O desbalanço da dinâmica do gelo e temperatura reflete no desbalanço da dinâmica climática no Brasil. Além dos impactos nas comunidades, também se relaciona com o impacto no agronegócio que depende de um ciclo mais estável de chuva.” Diante desse cenário, o professor ressaltou a importância do PROANTAR na produção de conhecimento científico essencial para a adaptação climática no Brasil.

Conforme Rodrigo Goldenberg Barbosa, pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), os dados apresentados no relatório destacam ainda a interdependência entre o Brasil e a Antártica. “A redução do gelo marinho pode alterar padrões climáticos e amplificar esses fenômenos. Nesse contexto, o projeto RITMOS, integrante do Programa Antártico monitora esses rios atmosféricos, que também transportam o chamado ‘carbono negro’ para a Antártica. Esse material particulado, originado em queimadas, escurece a superfície do gelo, aumentando sua capacidade de absorver calor solar e acelerando o derretimento, com implicações significativas para o equilíbrio climático global.”

Leia o relatório aqui.

O programa  5d296y

Criado em 1982, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) promove pesquisas científicas na Antártica e garante ao Brasil a posição de Membro Consultivo do Tratado da Antártica desde 1983. O programa é coordenado por diversos ministérios e envolve a Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM). Suas ações estão focadas em quatro pilares principais: ciência (liderada pelo MCTI e CNPq), preservação ambiental (MMA), logística (MD) e política externa (MRE).

O projeto Com-ANTAR, liderado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), procura conectar a ciência à sociedade, popularizando os resultados do PROANTAR e promovendo a comunicação pública da ciência. Durante a Operação Antártica de janeiro de 2025, o projeto discute com outras iniciativas temas das pesquisas em andamento. 

Entre os focos estão o monitoramento dos rios aéreos que chegam à Antártica, que já registram a presença de carbono proveniente de queimadas brasileiras, além de estudos sobre a biodiversidade de musgos e microrganismos que podem atuar como bioindicadores das mudanças climáticas. 

Outros projetos em destaque incluem pesquisas sobre a formação dos solos na Antártica, com implicações para a melhoria dos solos no Brasil, e a avaliação dos organismos fotossintetizantes na água do mar, essenciais para a remoção do gás carbônico da atmosfera.


 

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