
Cientistas descobriram recentemente de que forma mães conseguem regular o metabolismo e ter energia suficiente para se sustentar e produzir leite conforme a demanda do bebê. O estudo realizado por pesquisadores do Baylor College of Medicine e do Pennington Biomedical Research Center foi publicado na revista Nature Metabolism no começo de março.
Conforme apontado pela pesquisa, as mães desenvolvem um mecanismo que conecta prolactina, estrogênio, o cérebro e as adaptações metabólicas durante a lactação. Com isso, as mães lactantes têm mais fome e queimam menos gordura.
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A Dra. Yanlin He do Pennington Biomedical Research Center, professora e coautora do estudo, relata que o estrogênio ajuda a controlar o apetite e aumenta a capacidade do corpo de queimar gordura, enquanto a prolactina faz o oposto. “Durante a lactação, os níveis de estrogênio caem e os de prolactina aumentam, levando ao aumento da fome e à redução da queima de gordura para compensar a demanda extra de energia gerada pela produção e consumo de leite”, disse a médica coautora do estudo.
Neurônios receptores de estrogênio são menos ativos durante a lactação
A pesquisa foi desenvolvida com animais para identificar e como os hormônios e o cérebro atuam para se adaptar à demanda das mães e dos bebês. Durante o estudo, os cientistas descobriram que os neurônios receptores de estrogênio (ER) são menos ativos durante a lactação.
“Quando o ER é removido desses neurônios, os níveis de prolactina aumentam e os animais aumentam o apetite e economizam energia queimando menos gordura. Foi impressionante ver que a simples eliminação do ER nessa pequena região cerebral foi capaz de sustentar consequências metabólicas tão importantes”, afirmou o coautor Dr. Meng Yu.
Os cientistas dizem estar entusiasmados com as descobertas que apontam para um novo mecanismo da regulação da prolactina através da produção de estrogênio.
*Com informações da agência EurekaAlert!
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