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Conselheira do Conselho Nacional de Justiça, a juíza federal Daniela Madeira conta como FestLabs e novas tecnologias estão transformando a Justiça no Brasil. Confira entrevista</p> <p class="texto"><strong>Qual o objetivo do FestLabs? Qual papel o evento tem em transformar o cenário do Poder Judiciário?</strong></p> <p class="texto"><em>O FestLabs tem como objetivo principal reunir os laboratórios de inovação do Poder Judiciário de todo o Brasil, criando um ambiente propício para a troca de boas práticas, experiências e o desenvolvimento de soluções inovadoras. O evento desempenha um papel transformador ao integrar as melhores ideias e tecnologias aplicadas nos tribunais, fortalecendo a capacidade do sistema de se modernizar, tornando-o mais eficiente, ível e transparente para atender às demandas da sociedade. 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A digitalização dos processos, por exemplo, não apenas reduziu o uso de papel, mas também gerou economia de espaço físico e diminui o consumo de energia. O uso de audiências virtuais e a gestão remota dos processos também reduzem drasticamente a necessidade de deslocamentos, otimizando recursos e tempo. Essas práticas, além de garantirem eficiência, permitem que os tribunais redirecionem seus recursos para áreas inovadoras e melhorias nos serviços, beneficiando diretamente o cidadão e tornando o Judiciário mais dinâmico e moderno.</em></p> <p class="texto"><strong>Como você vê o futuro da Justiça em termos de inovação tecnológica e quais são as áreas mais promissoras para o desenvolvimento?</strong></p> <p class="texto"><em>Vejo o futuro da Justiça como promissor, especialmente com o avanço das ferramentas de análise de dados e de inteligência artificial (IA), que já estão sendo utilizada para automatizar tarefas repetitivas como triagem de processos e análise de documentos. A IA tem o potencial de acelerar a tramitação processual e permitir que os profissionais se concentrem em questões mais complexas e estratégicas. Ferramentas de análise de dados também são uma oportunidade para melhorar a gestão judicial e embasar decisões mais estratégicas e precisas. A combinação dessas inovações não só aumentará a eficiência do sistema, mas também fortalecerá a confiança pública no Judiciário.</em></p> <p class="texto"><strong>6. Como você enxerga o impacto da inteligência artificial no processo judicial? Ela pode, de fato, tornar o sistema mais ível e eficiente?</strong></p> <p class="texto"><em>A inteligência artificial tem um impacto enorme no processo judicial, com o potencial de torná-lo mais ível e eficiente. A IA já está automatizando tarefas repetitivas, como a análise de documentos e a triagem de processos, o que reduz significativamente o tempo de tramitação processual. Isso permite que magistrados(as) e servidores(as) se concentrem em questões complexas e estratégicas. Ferramentas como assistentes virtuais jurídicos podem oferecer um atendimento rápido e personalizado ao público, facilitando o o à informação. A IA também tem a capacidade de padronizar decisões judiciais, aumentando a previsibilidade e a confiança no sistema. No entanto, é essencial que a IA seja usada com responsabilidade, com supervisão humana em todas as etapas críticas, para que a automação não comprometa a imparcialidade ou a justiça dos julgamentos.</em></p> <p class="texto"><strong>7. De que forma o Poder Judiciário pode adotar práticas tecnológicas de maneira ética, garantindo que a automação não prejudique a imparcialidade dos julgamentos?</strong></p> <p class="texto"><em>A adoção de práticas tecnológicas no Judiciário deve seguir diretrizes que garantam que haja uma supervisão e revisão em determinadas fases de criação. 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Juíza Daniela Madeira avalia as transformações tecnológicas na Justiça 3fs6z
ENTREVISTA

Juíza Daniela Madeira avalia as transformações tecnológicas na Justiça 6o3p57

Confira entrevista com Daniela Madeira, conselheira do Conselho Nacional de Justiça 6j556o

Conselheira do Conselho Nacional de Justiça, a juíza federal Daniela Madeira conta como FestLabs e novas tecnologias estão transformando a Justiça no Brasil. Confira entrevista

Qual o objetivo do FestLabs? Qual papel o evento tem em transformar o cenário do Poder Judiciário?

O FestLabs tem como objetivo principal reunir os laboratórios de inovação do Poder Judiciário de todo o Brasil, criando um ambiente propício para a troca de boas práticas, experiências e o desenvolvimento de soluções inovadoras. O evento desempenha um papel transformador ao integrar as melhores ideias e tecnologias aplicadas nos tribunais, fortalecendo a capacidade do sistema de se modernizar, tornando-o mais eficiente, ível e transparente para atender às demandas da sociedade. Especialistas, profissionais e entusiastas se reúnem para explorar como novas tecnologias e práticas sustentáveis podem transformar a Justiça, tornando-a mais ágil e alinhada às expectativas contemporâneas. Além disso, o FestLabs promove a colaboração em rede entre tribunais, essencial para compartilhar inovações e resolver desafios comuns. Os laboratórios de inovação oferecem um espaço criativo para o desenvolvimento de soluções que colocam as necessidades da sociedade no centro das discussões. A troca constante de experiências fortalece o Judiciário e inspira novas edições do evento, consolidando a inovação como um pilar estratégico para o futuro da Justiça.

Na sua visão, qual o maior gap no Poder Judiciário atualmente em termos de inovação?

O maior desafio que enfrentamos hoje no Judiciário é incorporar a inovação de forma consistente em todos os tribunais. Embora já existam laboratórios e iniciativas de inovação, muitos servidores e magistrados ainda desconhecem ou não utilizam essas ferramentas no seu dia a dia. Há também uma resistência natural dos gestores à adoção de novas tecnologias, o que, somado à falta de equipes dedicadas exclusivamente à inovação, limita a capacidade de implementar soluções eficazes de maneira contínua. Esse gap entre a disponibilidade tecnológica e a sua aplicação é um dos desafios que pretendemos enfrentar, ao fornecer um ecossistema amigável à experimentação.

Como a Justiça pode se alinhar às demandas da sociedade com mais transparência, ibilidade e sustentabilidade nos processos?

A Justiça pode - e deve - se alinhar às demandas da sociedade, e um dos caminhos mais eficazes para isso é a promoção do o à justiça a todos os segmentos da sociedade, e para tanto, podemos usar a inovação e a tecnologia. Essa transformação permite fornecer cidadania de forma isonômica a todos os cidadãos, tornando amigável e natural esse o. Além disso, ferramentas tecnológicas, como plataformas de atendimento digital e sistemas em linguagem simples, ampliam a ibilidade, tornando o o à Justiça mais rápido e inclusivo. As audiências virtuais também são um exemplo prático de como podemos otimizar recursos, reduzir o impacto ambiental e garantir celeridade processual. A implementação de práticas sustentáveis, como a gestão eficiente de energia e resíduos, reflete o compromisso do Judiciário em ser um modelo de transparência e responsabilidade ambiental, alinhado com as expectativas de uma sociedade que clama por processos mais ágeis e sustentáveis.

Como o uso consciente de recursos e a sustentabilidade podem impactar positivamente a gestão dos tribunais?

O impacto positivo da sustentabilidade na gestão dos tribunais é evidente. A digitalização dos processos, por exemplo, não apenas reduziu o uso de papel, mas também gerou economia de espaço físico e diminui o consumo de energia. O uso de audiências virtuais e a gestão remota dos processos também reduzem drasticamente a necessidade de deslocamentos, otimizando recursos e tempo. Essas práticas, além de garantirem eficiência, permitem que os tribunais redirecionem seus recursos para áreas inovadoras e melhorias nos serviços, beneficiando diretamente o cidadão e tornando o Judiciário mais dinâmico e moderno.

Como você vê o futuro da Justiça em termos de inovação tecnológica e quais são as áreas mais promissoras para o desenvolvimento?

Vejo o futuro da Justiça como promissor, especialmente com o avanço das ferramentas de análise de dados e de inteligência artificial (IA), que já estão sendo utilizada para automatizar tarefas repetitivas como triagem de processos e análise de documentos. A IA tem o potencial de acelerar a tramitação processual e permitir que os profissionais se concentrem em questões mais complexas e estratégicas. Ferramentas de análise de dados também são uma oportunidade para melhorar a gestão judicial e embasar decisões mais estratégicas e precisas. A combinação dessas inovações não só aumentará a eficiência do sistema, mas também fortalecerá a confiança pública no Judiciário.

6. Como você enxerga o impacto da inteligência artificial no processo judicial? Ela pode, de fato, tornar o sistema mais ível e eficiente?

A inteligência artificial tem um impacto enorme no processo judicial, com o potencial de torná-lo mais ível e eficiente. A IA já está automatizando tarefas repetitivas, como a análise de documentos e a triagem de processos, o que reduz significativamente o tempo de tramitação processual. Isso permite que magistrados(as) e servidores(as) se concentrem em questões complexas e estratégicas. Ferramentas como assistentes virtuais jurídicos podem oferecer um atendimento rápido e personalizado ao público, facilitando o o à informação. A IA também tem a capacidade de padronizar decisões judiciais, aumentando a previsibilidade e a confiança no sistema. No entanto, é essencial que a IA seja usada com responsabilidade, com supervisão humana em todas as etapas críticas, para que a automação não comprometa a imparcialidade ou a justiça dos julgamentos.

7. De que forma o Poder Judiciário pode adotar práticas tecnológicas de maneira ética, garantindo que a automação não prejudique a imparcialidade dos julgamentos?

A adoção de práticas tecnológicas no Judiciário deve seguir diretrizes que garantam que haja uma supervisão e revisão em determinadas fases de criação. Isso significa que é imprescindível a supervisão humana para que a tecnologia complemente as potencialidades, talentos e mão-de-obra humanos. Além disso, os algoritmos utilizados devem ser transparentes e auditáveis, para evitar qualquer tipo de viés algorítmico. A regulamentação clara dessas práticas, aliada ao monitoramento contínuo, é essencial para manter a confiança pública no sistema e garantir que a automação seja usada de forma ética e responsável.

8. Qual o papel da educação e do treinamento dos profissionais da Justiça na adaptação a essas novas tecnologias?

A educação e o treinamento dos profissionais da Justiça são essenciais para a adaptação às novas tecnologias. Precisamos desenvolver competências técnicas, como o uso da inteligência artificial, a gestão de dados e a operação de novas ferramentas digitais. Além disso, é fundamental fomentar uma cultura de inovação nos tribunais, em que servidores(as) e magistrados(as) estejam capacitados(as) para utilizar essas ferramentas de forma eficiente e responsável. A formação ética também desempenha um papel vital, garantindo que todos(as) compreendam os riscos e limites das inovações. Com o treinamento adequado, os(as) profissionais poderão melhorar a ibilidade e a transparência dos serviços prestados, assegurando que o Judiciário acompanhe as mudanças tecnológicas com eficiência.

9. Como o I Prêmio de Inovação do Poder Judiciário pode incentivar essas mudanças? E quais foram as categorias e subcategorias premiadas?

O Prêmio Inovação é uma ferramenta importante para promover mudanças reais no Judiciário, pois reconhece e valoriza projetos que incentivam a eficiência, a transparência e a ibilidade. Esse reconhecimento gera um efeito multiplicador, inspirando outros tribunais a buscarem soluções criativas e colaborativas. O prêmio também fortalece as estruturas de inovação, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de novas ideias que podem transformar a Justiça. Ele valoriza iniciativas que implementam ferramentas de gestão avançadas, tecnologia inovadora e serviços que melhoram a interação com o público. Além de premiar as inovações com resultados comprovados, o Prêmio Inovação incentiva o desenvolvimento de ideias inovadoras, consolidando a inovação como parte central da cultura institucional do Judiciário.

10. Quais práticas inovadoras já estão sendo aplicadas e demonstrado resultados eficazes? 

Diversas práticas inovadoras já demonstram resultados significativos no Judiciário. Iniciativas como o Domicílio Judicial Eletrônico, que centraliza as comunicações processuais em um único ambiente online, e o Pacto pela Linguagem Simples têm facilitado a comunicação entre Judiciário e sociedade. Outro exemplo é a Plataforma Digital do Poder Judiciário - PDPJ, que já permite o o integrado a todos os sistemas processuais eletrônicos do país. Essas práticas estão modernizando a Justiça, tornando-a mais eficiente, ível e próxima da população.

11. Quais ações o CNJ tem realizado para promover a cultura da inovação no Judiciário?

O CNJ tem implementado várias ações estratégicas para promover a cultura da inovação no Judiciário. A Política Nacional de Gestão da Inovação, prevista na Resolução CNJ nº 395/2021, estabelece diretrizes claras para a criação de laboratórios de inovação em todos os tribunais, e o Programa Justiça 4.0 tem aproximado o Judiciário da sociedade ao disponibilizar novas tecnologias e ferramentas de IA. O CNJ também oferece workshops e capacitações para magistrados(as) e servidores(as), incentivando o uso de novas tecnologias no dia a dia. A plataforma RenovaJud centraliza com abrangência nacional as iniciativas de inovação, facilitando o compartilhamento de boas práticas entre os tribunais. Além disso, a Meta 9 reflete o compromisso do Judiciário com práticas sustentáveis e inovação, buscando sempre a melhoria da prestação jurisdicional. O FestLabs nacional, por sua vez, também é uma grande vitrine de inovação e, a partir do próximo ano, serão realizados FestLabs regionais, iniciando na região Nordeste, no Maranhão. Estamos em um momento decisivo para a modernização do Judiciário, e o CNJ segue comprometido em liderar essa transformação.

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