{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/direito-e-justica/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/direito-e-justica/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/direito-e-justica/", "name": "Direito e Justiça", "description": "Artigos, entrevistas e colunas publicadas no suplemento semanal Direito & Justiça, todas as quintas-feiras, no Correio Braziliense ", "url": "/direito-e-justica/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/direito-e-justica/2024/12/7010024-o-impacto-da-fluidez-e-da-morosidade-do-judiciario-em-contenciosos-e-operacoes-societarias.html", "name": "O impacto da fluidez e da morosidade do judiciário em contenciosos e operações societárias", "headline": "O impacto da fluidez e da morosidade do judiciário em contenciosos e operações societárias", "description": "", "alternateName": "Visão do Direito", "alternativeHeadline": "Visão do Direito", "datePublished": "2024-12-12T03:00:00Z", "articleBody": "

Por Caetano Fabrini* — </strong>Nas últimas semanas, duas decisões judiciais impactaram o litígio entre as empresas Ternium e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), iniciado em 2011 e acompanhado de perto pelo mercado de gestão de ativos e M&A. O caso trata da aquisição de uma participação na Usiminas pela Ternium. Na ocasião, a CSN, também acionista, questionou a possível obrigatoriedade de uma oferta pública de ações (OPA).</p> <p class="texto">Esse litígio evidencia a morosidade e, por vezes, a ineficiência do arcabouço judicial brasileiro na análise desse tipo de contencioso. A ação movida pela CSN já havia recebido pareceres desfavoráveis do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e de três instâncias do Judiciário, quando a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu um embargo de declaração, alterando o entendimento das instâncias anteriores e contrariando a autarquia que, desde 2005, mantém normas pacificadas sobre transações em grupos de controle.</p> <p class="texto">Essa decisão gerou reações ambíguas no mercado. Parte dos analistas a considerou positiva, pois protegeria os sócios minoritários ao reforçar que o controle de uma empresa não está vinculado apenas ao montante de ações, mas também a estruturas de poder. Por outro lado, a decisão provocou preocupações com relação à insegurança jurídica, por contrariar normativas consolidadas que embasam operações dessa natureza.</p> <p class="texto">A novidade recente envolve o Supremo Tribunal Federal (STF), que aceitou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade questionando a contraditória decisão do STJ. Sob relatoria do ministro André Mendonça, o caso contará com manifestações da CVM e de outros órgãos interessados no tema. Após esse rito, será avaliada a possibilidade de envio da ação ao plenário do STF. Caso isso ocorra, novas discussões serão realizadas, mantendo o mercado atento a uma possível definição.</p> <p class="texto">Embora esse caso pareça específico, não é um episódio isolado. Em 2020, no Rio de Janeiro, houve um contencioso entre a prefeitura e a Invepar (controladora da Linha Amarela, Metrô do Rio e Aeroporto de Guarulhos). Nesse caso, a istração pública buscava expropriar um ativo da empresa, sem indenizá-la previamente, justificando prejuízos sofridos pela cidade. Apesar de a Lamsa (concessionária da Linha Amarela) ter obtido 18 decisões favoráveis - incluindo duas do STJ e uma do STF -, uma reviravolta no STJ alterou o entendimento, gerando nova situação de insegurança jurídica.</p> <p class="texto">Esses precedentes ilustram a fluidez dos entendimentos judiciais, mesmo em relação a normativas estabelecidas por órgãos especializados. No caso da CSN, trata-se de uma disputa que já dura 13 anos, com sucessivas idas e vindas. Parece que a única solução definitiva para o ime seria a realização de um acordo.</p> <p class="texto">A Justiça, muitas vezes, serve como forma de pressão. No entanto, em situações sem perspectivas claras de resolução, os acordos emergem como o instrumento mais eficaz para garantir soluções ágeis e definitivas.</p> <p class="texto"><strong>*Executivo especializado em M&A e contenciosos societários</strong><br /></p> <p class="texto"><strong><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/12/7004095-escala-6x1-e-se-o-trabalho-nunca-parasse.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/04/ticiano-39801622.jpg?20240904234651" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Escala 6x1: e se o trabalho nunca parasse?</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/12/7004078-pacote-fiscal-do-governo-federal-pode-repercutir-nos-pedidos-de-recuperacao-judicial.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/02/photo_2024_12_02_14_48_06__1_-42407710.jpg?20241202151636" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Pacote fiscal do governo federal pode repercutir nos pedidos de recuperação judicial?</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/12/7004110-novas-regras-para-opas-modernizacao-no-mercado-brasileiro.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/04/page4-42497151.jpg?20241204232532" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Novas regras para OPAs: modernização no mercado brasileiro</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/12/7004095-escala-6x1-e-se-o-trabalho-nunca-parasse.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/04/ticiano-39801622.jpg?20240904234651" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Escala 6x1: e se o trabalho nunca parasse?</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/12/7004078-pacote-fiscal-do-governo-federal-pode-repercutir-nos-pedidos-de-recuperacao-judicial.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/02/photo_2024_12_02_14_48_06__1_-42407710.jpg?20241202151636" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Pacote fiscal do governo federal pode repercutir nos pedidos de recuperação judicial?</span> </div> </a> </li> </ul> </div></strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/06/1200x801/1_caetano_home_2-42587797.jpeg?20241212004428?20241212004428", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/06/1000x1000/1_caetano_home_2-42587797.jpeg?20241212004428?20241212004428", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/06/800x600/1_caetano_home_2-42587797.jpeg?20241212004428?20241212004428" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 1f22c

O impacto da fluidez e da morosidade do judiciário em contenciosos e operações societárias 1h104o
Visão do Direito

O impacto da fluidez e da morosidade do judiciário em contenciosos e operações societárias 5i3r4j

"A Justiça, muitas vezes, serve como forma de pressão. No entanto, em situações sem perspectivas claras de resolução, os acordos emergem como o instrumento mais eficaz para garantir soluções ágeis e definitivas." 3r2617

Por Caetano Fabrini* — Nas últimas semanas, duas decisões judiciais impactaram o litígio entre as empresas Ternium e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), iniciado em 2011 e acompanhado de perto pelo mercado de gestão de ativos e M&A. O caso trata da aquisição de uma participação na Usiminas pela Ternium. Na ocasião, a CSN, também acionista, questionou a possível obrigatoriedade de uma oferta pública de ações (OPA).

Esse litígio evidencia a morosidade e, por vezes, a ineficiência do arcabouço judicial brasileiro na análise desse tipo de contencioso. A ação movida pela CSN já havia recebido pareceres desfavoráveis do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e de três instâncias do Judiciário, quando a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu um embargo de declaração, alterando o entendimento das instâncias anteriores e contrariando a autarquia que, desde 2005, mantém normas pacificadas sobre transações em grupos de controle.

Essa decisão gerou reações ambíguas no mercado. Parte dos analistas a considerou positiva, pois protegeria os sócios minoritários ao reforçar que o controle de uma empresa não está vinculado apenas ao montante de ações, mas também a estruturas de poder. Por outro lado, a decisão provocou preocupações com relação à insegurança jurídica, por contrariar normativas consolidadas que embasam operações dessa natureza.

A novidade recente envolve o Supremo Tribunal Federal (STF), que aceitou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade questionando a contraditória decisão do STJ. Sob relatoria do ministro André Mendonça, o caso contará com manifestações da CVM e de outros órgãos interessados no tema. Após esse rito, será avaliada a possibilidade de envio da ação ao plenário do STF. Caso isso ocorra, novas discussões serão realizadas, mantendo o mercado atento a uma possível definição.

Embora esse caso pareça específico, não é um episódio isolado. Em 2020, no Rio de Janeiro, houve um contencioso entre a prefeitura e a Invepar (controladora da Linha Amarela, Metrô do Rio e Aeroporto de Guarulhos). Nesse caso, a istração pública buscava expropriar um ativo da empresa, sem indenizá-la previamente, justificando prejuízos sofridos pela cidade. Apesar de a Lamsa (concessionária da Linha Amarela) ter obtido 18 decisões favoráveis - incluindo duas do STJ e uma do STF -, uma reviravolta no STJ alterou o entendimento, gerando nova situação de insegurança jurídica.

Esses precedentes ilustram a fluidez dos entendimentos judiciais, mesmo em relação a normativas estabelecidas por órgãos especializados. No caso da CSN, trata-se de uma disputa que já dura 13 anos, com sucessivas idas e vindas. Parece que a única solução definitiva para o ime seria a realização de um acordo.

A Justiça, muitas vezes, serve como forma de pressão. No entanto, em situações sem perspectivas claras de resolução, os acordos emergem como o instrumento mais eficaz para garantir soluções ágeis e definitivas.

*Executivo especializado em M&A e contenciosos societários

Mais Lidas 2m2j3i

Tags 4yg2x