MÚSICA

Irmãos Ferreira recebem título de cidadãos honorários de Brasília

Climério Ferreira, o remanescente da tríade, esteve presente na sessão solene e recebeu a homenagem

Climério Ferreira recebendo o título de cidadão honorário de Brasília -  (crédito: Diller Abreu)
Climério Ferreira recebendo o título de cidadão honorário de Brasília - (crédito: Diller Abreu)

O compositor Climério Ferreira e os irmãos Clodo e Clésio receberam, na noite desta segunda-feira (5/5), título de cidadãos honorários de Brasília. Em sessão solene na Câmara Legislativa do Distrito Federal, a homenagem foi entregue para Climério Ferreira, o remanescente da tríade. Pedro Costa e Cláudio Tavares, filhos de Clodo e Clésio, respectivamente, receberam os títulos em memória dos pais.

O homenageado Climério avisou que não falaria muito e agradeceu ao deputado Chico Vigilante pela oportunidade: “Quero agradecer ao Chico pela lembrança, que eu esperava há muito tempo que existisse, mas que chegou, graças a Deus, e os meus irmãos que não puderam vir, certamente ficariam felizes como eu estou, muito obrigado”, disse.

O deputado Chico Vigilante discursou em homenagem póstuma a Clodo e Clésio e ao ainda vivo Climério: “Ao entregarmos, hoje, o título de cidadão honorário de Brasília, não estamos apenas assinando um reconhecimento oficial, estamos escrevendo os nomes de Clodo, Climério e Clésio, na galeria dos que moldaram a alma dessa cidade, com talento, coragem e generosidade”, afirmou Chico.

Os irmãos chegaram a Brasília na década de 1960 e de cara se tornaram candangos. Carregados de experiências piauienses, moldaram a cultura da capital ao se relacionarem com a bossa nova, o tropicalismo e os estudos na Universidade de Brasília (UnB). A genética também influenciou Pedro Ferreira e João Ferreira, filhos de Clodo, que cantaram, na sessão, as músicas Cebola cortada, Conterrâneos e Tiro certeiro.

Pedro Ferreira, falou sobre a importância desse reconhecimento em Brasília. “A cidade precisa do reconhecimento dos artistas que compõem esse tecido cultural e eu estou muito honrado em fazer parte deste momento, representando o meu pai. Não tem nem um ano que o perdemos, então ainda está difícil, ainda engasga a voz, mas eu tenho certeza que estão todos se olhando agora com um sorriso tênue e balançando a cabeça dizendo: que beleza, muito bom”, concluiu.

postado em 05/05/2025 21:50
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