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Nova animação do brasileiro indicado ao Oscar 4m731x Alê Abreu, estreia na cidade

Jornal Correio Braziliense 2v4q4l

Crítica

Nova animação do brasileiro indicado ao Oscar, Alê Abreu, estreia na cidade 52h1p

Perlimps, de Alê Abreu, traz muita cor e aborda temática ecológica 62u2x

Crítica // Perlimps ####

Vencedor do Festival de Annecy (o mais representativo da animação, sediado na França), o diretor brasileiro Alê Abreu (O menino e o mundo) fez história, em 2016, ao competir, ao lado da megaprodução Divertida mente, ao Oscar de melhor animação do ano. Sob aparente simplicidade, Abreu tem o mérito de lidar com discursos potentes. Na mais nova produção — respaldado por profissionais de ouro como Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi e Ernesto Soto (Joaquim) —, Abreu apresenta uma excelência visual, sob envolvente e extremado colorido, que os olhos festejam. No filme, há um personagem que sentencia que há "um menino, moleque, morando no coração".

A citação parece habitar a visão do diretor que trata no longa da dissolução de sonhos e da importância de redimensionar a escala individual, frente ao coletivo. Na trama, gigantes ameaçam a existência de um bosque, e dois reinos — o do sol e o da lua — despacham espiões em missão que pretende estancar a chamada grande onda, prenunciada por tecnologia aterradora; nisso, o filme fica aparentado do recente filme (também nacional) Tito e os pássaros (2018).

Sob a ameaça do Capitão Dourado, a dupla formada por um urso e uma raposa (pela ordem, Bruô e Claé) precisa de uma energia descomunal, que muito bem pode ser oferecida pelos Perlimps, seres que andam sumidos e sem sintonia com a dupla. Dando voz a um João-de-Barro algo desiludido, Stênio Garcia é um dos achados do longa. Os inventivos clipes que sintetizam capítulos da narrativa igualmente convencem. No mais, o filme trata de essenciais problemas no caminho de humanos, de guerras de egos, e de um pretenso desenvolvimento, à base de represas, usinas e fábricas.