INFRAESTRUTURA

TikTok negocia investimento de R$ 50 bilhões no Ceará

Em agenda em Pequim, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem encontro marcado com a empresa chinesa ByteDance, proprietária da rede social. A ideia, segundo Silveira, é estabelecer uma política nacional de data center no Brasil

Silveira afirmou que os governos federal e estadual estão trabalhando para reforçar as linhas de transmissão no Estado para viabilizar o investimento -  (crédito:  Ricardo Stuckert / PR)
Silveira afirmou que os governos federal e estadual estão trabalhando para reforçar as linhas de transmissão no Estado para viabilizar o investimento - (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vai se reunir na terça-feira (13/5) com a ByteDance, empresa chinesa proprietária da rede social TikTok, para alinhar um investimento de R$ 50 bilhões na construção de data centers no Ceará.

Em conversa com jornalistas em Pequim, onde cumpre agenda junto à comitiva presidencial, Silveira afirmou que os governos federal e estadual estão trabalhando para reforçar as linhas de transmissão no Estado para viabilizar o investimento. 

Para isso, será necessário aprimorar o escoamento de energia até o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, de acordo com o ministro. “Eu estarei amanhã no TikTok, que tem a previsão de investimentos de  R$  50 bilhões no estado do Ceará. Nós criamos todos os mecanismos, o Operador Nacional do Sistema abriu espaço para recepcionar esses investimentos. Estamos fazendo todo o esforço para o mais rápido possível reforçar a transmissão até o porto de Pecém”, disse. 

A ideia a partir do investimento, segundo Silveira, é estabelecer uma política nacional de data center. "A maior parte desses investimentos, tanto em inteligência artificial quanto de data center, exige, até por uma questão de compliance, que a energia seja limpa e renovável. E o Brasil é o celeiro dessas energias", destacou o ministro.

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O chefe da pasta de Minas e Energia também teve encontros com grandes companhias como BID e Huawei. Ele afirmou que todas se mostraram “muito dispostas” a investir em energia renovável no Brasil e destacou a parceria comercial com a China. "Sem dúvida nenhuma, a China é a maior parceira comercial do Brasil, maior parceira política nesse momento do Brasil. Nós pensamos igual", concluiu. 

postado em 12/05/2025 14:11
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