imposto de renda

A sete dias para o fim do prazo, 16 milhões ainda não declararam o IR

Especialista alerta: devolução de imposto é reforço no orçamento e oportunidade para ampliar finanças pessoais

Leão Imposto de Renda -  (crédito: Caio Gomez)
Leão Imposto de Renda - (crédito: Caio Gomez)

No último fim de semana antes do encerramento do prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda, mais de 16 milhões de contribuintes ainda precisam se apressar para prestar contas ao fisco. Segundo dados divulgados ontem pela Receita, até agora foram entregues 30 milhões do total de 46,2 milhões declarações estimadas.

Ontem também foi liberada a consulta ao primeiro lote de restituição. Com valor recorde de R$ 11 bilhões, o lote beneficiará mais de 6,2 milhões de contribuintes, incluindo pagamentos residuais de anos anteriores. O depósito será realizado no dia 30 de maio, mesma data em que se encerra o prazo para envio das declarações.

O montante representa o maior valor já liberado em um único lote desde a criação do programa. A medida, segundo especialistas, busca agilizar o pagamento a quem se antecipou no envio e incentivar a cultura do planejamento fiscal no país.

Segundo dados oficiais, 64,4% das declarações já enviadas têm direito à restituição, enquanto 19,4% resultarão em imposto a pagar.

Para o professor Jorge Ferreira dos Santos, do curso de istração da ESPM, o volume inédito de restituições é um indicativo claro de uma mudança de postura da Receita. "O contribuinte que declara cedo, sem erros, geralmente recebe antes.

A Receita reforça o alerta sobre as penalidades para quem perder o prazo: a multa por atraso pode chegar a 20% do valor do imposto devido. Além disso, o contribuinte corre o risco de cair na malha fina e enfrentar dificuldades futuras com o F.

Com a liberação do lote residual de restituição do IR de janeiro de 2025 — que totalizou mais de R$ 864 milhões —, milhares de brasileiros receberam um reforço no orçamento no fim do mês. Embora a restituição represente a devolução de valores pagos a mais ao longo do ano, e não um "bônus" propriamente dito, ela chega como uma oportunidade de reorganização financeira e até de crescimento patrimonial.

Antônio Sanches, analista de research da Rico Investimentos, afirma que o ideal é tratar esse valor com cautela e estratégia. "Seja o dinheiro vindo da restituição, do saque-aniversário do FGTS ou de um cash back de cartão, todo valor extra pode ser um ponto de virada para as finanças pessoais, se bem utilizado", comentou.

 

postado em 24/05/2025 04:22 / atualizado em 24/05/2025 14:22
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