Impacto para empresas

Alterações no IOF podem encarecer em até 40% contratação de crédito, diz Febraban

Após encontro com o ministro da Fazenda, Isaac Sidney, presidente da entidade, afirmou que espera uma revisão do decreto que institui a elevação de alíquotas do imposto

Isaac Sidney, presidente da Febraban, apresentou sugestões ao INSS -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Isaac Sidney, presidente da Febraban, apresentou sugestões ao INSS - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, disse que as mudanças no Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) implementadas pelo governo federal na semana ada podem causar um impacto relevante no custo do crédito no Brasil. De acordo com o representante desse setor, as medidas podem causar uma elevação entre 14,5% e 40% nas operações de curto prazo.

Sidney apresentou essa e outras projeções ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a membros da equipe econômica durante reunião nesta quarta-feira (28/5). Segundo ele, a Febraban considera a proposta um equívoco do governo federal e que o equilíbrio das finanças públicas não deveria se dar por meio do aumento de impostos.

“Nós gostaríamos muito que essa medida fosse revisitada. Agora, essa é uma decisão não só política, mas também técnica e nós continuaremos a dar subsídios para que possamos revisitar esse aumento e tirar esse custo, que não é só do crédito, esse é um custo, inclusive, da produção, do investimento e do consumo”, disse o executivo a jornalistas, na saída da reunião.

O decreto do governo federal também estabelece mudanças em operações de previdência e câmbio. No entanto, o presidente da Febraban disse que apenas o tema do crédito para empresas foi tratado durante o encontro. Na visão da entidade,as micro, pequenas e médias empresas devem sentir maior impacto com as mudanças, por demandarem mais linhas de curto prazo, no geral.

“Então nossa preocupação foi focar exatamente em um conjunto de medidas que pudéssemos, então, convencer o Ministério da Fazenda a revisitar esse aumento, porque o custo no crédito, de fato, tem um impacto bastante relevante”, completou Sidney.

postado em 28/05/2025 19:03
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