O Ministério Público da Espanha arquivou, nesta sexta-feira (2/12), a denúncia de racismo contra atleta brasileiro Vinícius Jr. Em 18 de setembro, o jogador foi vítima de cantos racistas pelos torcedores do Atlético de Madrid no campeonato espanhol. Na ocasião, Vini foi chamado de "macaco". Essa foi a segunda vez que o atacante sofreu ataques racistas, pois três dias antes ele tinha sido alvo do comentarista Pedro Bravo.
De acordo com o jornal El País, embora o Ministério Público tenha considerado os cantos "inadequados" e desrespeitosos", o órgão entendeu que a competição esportiva foi marcada por "máxima rivalidade". O MP afirmou, também, que os insultos "não constituiriam crime contra a dignidade da pessoa afetada" quando são contextualizados.
Para Esteban Ibarra, presidente do Movimento contra a Intolerância, o Racismo e a Xenofobia, e autor da denúncia, a ação do MP é "perturbadora' e "abre as portas à impunidade".
“É perturbador que eles tenham tomado essa decisão e que ela não tenha sido suficientemente investigada. Isso abre as portas para a impunidade nesse tipo de evento em campos de futebol", disse.
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