
“Não sei quantos os foram, eu não contei. Só rezei”. A frase emocionada do vice-presidente do Gama Altair Sula, o Sula, como é apelidado desde os tempos de arquibancada, mostra o sentimento após a conquista do Candangão de 2025 pelo Periquito neste sábado (29/3).
Ao encerrar a trajetória do comprimento do gramado do Mané Garrincha, de joelhos, o diretor cruzou a linha debaixo das traves do gol e abaixou a cabeça. O Gama venceu por 3 x 1 nos pênaltis após empate em 1 x 1 no tempo regulamentar diante do Capital.
Na função desde 2022, Sula relata que o triunfo foi de superação. “Nós batemos na trave em 2023 e em 2024. Chegamos às semifinais, e acabamos eliminados. Ano ado doeu mais. Estivemos perto de eliminar o Ceilândia”, relembrou. Apesar das dificuldades, a instância pela perseguição ao sucesso foi determinante. “O trabalho glorifica. Nós continuamos tentando, nunca paramos. Todos abraçaram a nossa gestão, que entrou em cena em 2022”.
Um dos fundadores da Ira Jovem, Sula não esconde a emoção por ver o retorno da equipe às conquistas. Criado nas arquibancadas do Bezerrão, viu a conquista da Série B em 1998 e acompanhou a equipe ao redor do país durante a participação na primeira prateleira do futebol brasileiro.
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Para ele, muito da conquista a pela própria fé. Ao término da cerimônia de premiação, atravessou todo o gramado de joelhos. Enquanto isso, orava. “A primeira coisa que tenho que agradecer é Deus. Sem ele, não estaríamos aqui. Nada como um sacrifício em troca disso. Não contei quantos os dei, apenas rezei. Rezei muito”, contou.
A vitória do Gama findou o jejum de cinco anos sem títulos. O último havia acontecido em 2020, com o bicampeonato candango. O êxito reafirma a equipe como maior vencedora da competição, com, agora, 14 taças. Em 2026, voltará à Série D e à Copa do Brasil.
*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes