Caixa Cultural recebe festival Agô de música e ancestralidade, de quinta (24/4) a domingo (27/4)

Evento busca dar visibilidade para identidades indígenas e africanas e contará com apresentações musicais, oficinas e rodas de conversa

Correio Braziliense
postado em 16/04/2025 19:58
Gean Ramos Pankararu se apresenta no primeiro dia do festival -  (crédito:  LUIS CN OLIVEIRA)
Gean Ramos Pankararu se apresenta no primeiro dia do festival - (crédito: LUIS CN OLIVEIRA)

O Festival Agô de Música e Ancestralidade, que tem como objetivo dar visibilidade à produção cultural de identidades indígenas, africanas e de estados pouco representados do país, vai ser exibido na Caixa Cultural a partir da próxima quinta (24/4) até domingo (27/4). O evento contará com rodas de conversa sobre música e povos originários, além de uma vivência de canto com o povo indígena Funil-ô.

Os shows vão ocorrer todos os dias, às 20h, e, no domingo, às 19h. Os ingressos estarão disponíveis a partir desta quarta-feira (17/4) e custarão R$ 15 a meia e R$ 30 a inteira, e podem ser adquiridos por meio do site. A sexta edição do festival Agô será sediada no espaço da Caixa Cultural Brasília - SBS Quadra 4 - Lotes 3 e 4, e será destinado ao público de todas as idades.

A abertura do evento, na próxima quinta (24/4), contará com o shows de Cátia de França, cantora e compositora paraibana de 78 anos indicada ao grammy latino de 2024, e Gean Ramos Pankararu, músico e ativista nativo de uma aldeia no interior de Pernambuco, habitada pelo povo Pankararu. Antes dos artistas subirem ao palco, haverá a primeira roda de conversa sobre a disseminação de conhecimento por meio da música. O diálogo será ministrado na quarta-feira (23/4), das 18h30 às 19h45.

O segundo dia de atividades será marcado pela participação do grupo pernambucano Edún Àrá Sangô, o nigeriano Ìdòwú Akínrúlí e o moçambicano Otis Selimane, que também serão acompanhados por uma roda de conversa antes dos shows. O tema será sobre o às políticas públicas pelos povos e comunidades tradicionais e as dificuldades de serem incluídos nos programas governamentais de auxílio aos cidadãos.

O sábado (26/4) será marcado pelo lançamento do álbum Khletxaká, uma colaboração do coletivo Ponto BR, um supergrupo de músicos contemporâneos de música tradicional, e a participação do povo indígena Funil-ô. Os Funil-ô, nativos do Nordeste, são o único povo da região que conseguiram manter sua própria língua viva, o yaathe. O grupo irá reger uma vivência de canto na manhã de sábado às 10h, como preparação do lançamento do álbum Khletxaká, que significa cantar em yaathe.

Para encerrar o festival, o último dia (27/4), que terá início às 19h, vai contar com uma apresentação singular do multi artista mineiro Sérgio Pererê, que será acompanhado por duas cantoras do povo indígena Kariri Xocó: Heloísa Tukue e Islayne. 

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