Luta por salário

Servidores técnicos da UnB protestam em frente ao Palácio do Planalto

Em greve desde 20 de março, servidores técnicos da UnB se juntam em frente ao Palácio do Planalto, onde ocorria reunião do presidente Lula com representantes do MEC e de universidades federais

Correio Braziliense
postado em 27/05/2025 21:24 / atualizado em 27/05/2025 22:54
 27/05/2025 - Ed Alves CB/DA Press. Brasil. Os servidores Técnico-istrativos em Educação da Universidade de Brasília estão em greve pela manutenção de uma parcela de caráter alimentar dos seus salários (26,05%), incorporada aos vencimentos dos trabalhadores há mais de 30 anos. -  (crédito:  Ed Alves CB/DA Press)
27/05/2025 - Ed Alves CB/DA Press. Brasil. Os servidores Técnico-istrativos em Educação da Universidade de Brasília estão em greve pela manutenção de uma parcela de caráter alimentar dos seus salários (26,05%), incorporada aos vencimentos dos trabalhadores há mais de 30 anos. - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

Por Artur Maldaner* - Os servidores técnicos da Universidade de Brasília (UnB) protestaram, na manhã desta terça-feira (27/5), em frente ao Palácio do Planalto, onde ocorria uma reunião do Ministério da Educação (MEC) com o presidente Lula, os reitores de universidades e os institutos federais. “Ainda estamos aqui” foi o recado que os técnicos levavam à Esplanada.

A categoria está em greve na UnB desde 20 de março, por atrasos no pagamento da URP, valor percentual de 26,05% do salário dos servidores, determinado pelo Supremo Tribunal Federal em novembro de 2024. A categoria luta contra a decisão de órgãos federais, como o Trbunal de Contas da União (TCU), Advocacia Geral da União (AGU) e Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que ameaçam incorporar a taxa reivindicada nos próximos aumentos salariais. 

 27/05/2025 - Ed Alves CB/DA Press. Brasil. Os servidores Técnico-istrativos em Educação da Universidade de Brasília estão em greve pela manutenção de uma parcela de caráter alimentar dos seus salários (26,05%), incorporada aos vencimentos dos trabalhadores há mais de 30 anos.
27/05/2025 - Ed Alves CB/DA Press. Brasil. Os servidores Técnico-istrativos em Educação da Universidade de Brasília estão em greve pela manutenção de uma parcela de caráter alimentar dos seus salários (26,05%), incorporada aos vencimentos dos trabalhadores há mais de 30 anos. (foto: Ed Alves CB/DA Press)

A paralisação servidores técnicos, há mais de dois meses, compromete o funcionamento da UnB, que teve sua biblioteca fechada e pagamento de bolsas estudantis prejudicadas. O Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) explica que os salários dos técnicos são um dos mais baixos do serviço público e que, atualmente, só 40 dos 100 técnicos ficam na universidade. Portanto, sem URP, a universidade deve ser prejudicada com a falta de pessoal.

Em março de 2024, ocorreu greve da categoria, vinculada ao movimento nacional de campanha salarial dos servidores técnicos-istrativos, que se estendeu até julho do ano ado. Os servidores voltaram às atividades depois de aprovada a reestruturação da carreira, com ajuste salarial de 9%. Em novembro último, os técnicos conquistaram o pagamento integral da Unidade de Referência de Preços (URP) de 1989,  por determinação do Supremo Tribunal Federal. O Sintfub explica que o valor não é reajuste salarial, mas, sim, manutenção de parcela paga há mais de 30 anos.

Apesar de tudo, o valor da URP encontra-se congelado. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) não cumpriu o pagamento determinado pelo STF e ainda ordenou que os próximos reajustes salariais sejam absorvidos pela URP, de 26,05%. O Sintfub afirma que a decisão do MGI anula os direitos conquistados em 2024, após aprovação do reajuste de 9% pelo Congresso. O sindicato acrescenta que  a reitoria da UnB e o Conselho de istração (CAD) decidiram não implementar a absorção do MGI, de forma que os pagamentos de abril e maio mantiveram o reajuste de 9%, mas que a categoria não tem segurança salarial para as próximas parcelas. 

O coordenador da Sintfub, Maurício Sabino, antecipou que o sindicato deve se reunir nas próximas semanas com a Secretaria-Geral da Presidência. O objetivo é articular uma solução judicial para a questão da URP, por meio de reunião com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviço Público (MGI) e com a Advocacia Geral da União (AGU). “Estamos esperando uma solução definitiva”, afirma o coordenador após o protesto realizado no Palácio.

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