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Ent&atilde;o, a lei &eacute; muito importante porque d&aacute; condi&ccedil;&otilde;es para o exerc&iacute;cio da maternidade e da paternidade sem que os estudantes sejam prejudicados, al&eacute;m de estimular pesquisadores que est&atilde;o envolvidos em grupos de pesquisa&rdquo;, afirma. </span></p> <p class="selectable-text copyable-text x15bjb6t x1n2onr6" dir="ltr"><span class="selectable-text copyable-text">Para Liliana Marquez, conselheira e presidente da Comiss&atilde;o de Direito das Fam&iacute;lias e Sucess&otilde;es da Ordem dos Advogados do Brasil do DF (OAB/DF), a mat&eacute;ria tamb&eacute;m possibilita apoio psicol&oacute;gico e emocional aos beneficiados, al&eacute;m de promover a inclus&atilde;o por meio do reconhecimento da diversidade de casos.</span></p> <p class="selectable-text copyable-text x15bjb6t x1n2onr6" dir="ltr"><span class="selectable-text copyable-text">&ldquo;A lei oferece um reconhecimento institucional das dificuldades enfrentadas por pais estudantes, o que pode melhorar seu bem-estar e engajamento acad&ecirc;mico. Al&eacute;m disso, promove uma pol&iacute;tica mais inclusiva, reconhecendo a diversidade das situa&ccedil;&otilde;es dos estudantes e garantindo que todos tenham oportunidades iguais de concluir sua forma&ccedil;&atilde;o&rdquo;, exp&otilde;e. </span></p> </div> </div> <h3>Desigualdade de g&ecirc;nero&nbsp;</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/04/675x450/1_whatsapp_image_2024_07_04_at_14_27_40-38699174.jpeg" width="675" height="450" layout="responsive" alt="A conselheira da OAB Liliana Marquez defende pol&iacute;ticas voltadas para m&atilde;es e pais estudantes, promovendo a inclus&atilde;o "></amp-img> <figcaption>Arquivo pessoal - <b>A conselheira da OAB Liliana Marquez defende pol&iacute;ticas voltadas para m&atilde;es e pais estudantes, promovendo a inclus&atilde;o </b></figcaption> </div></p> <div> <p class="selectable-text copyable-text x15bjb6t x1n2onr6" dir="ltr"><span class="selectable-text copyable-text">Apesar de beneficiar m&atilde;es e pais estudantes, a nova legisla&ccedil;&atilde;o afeta, em maior peso, as m&atilde;es. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), as mulheres, que representam 51,5% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira, segundo o Censo 2022, somam 21,3% das pessoas com ensino superior completo, contra 16,8% dos homens. Apesar disso, no mesmo ano, 53,3% delas estavam inseridas no mercado de trabalho, em compara&ccedil;&atilde;o com 73,2% deles. </span></p> <p class="selectable-text copyable-text x15bjb6t x1n2onr6" dir="ltr"><span class="selectable-text copyable-text">Ainda, a maior parte dos alunos de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o (54,54%) &eacute; formada por mulheres, de acordo com a Coordena&ccedil;&atilde;o de Aperfei&ccedil;oamento de Pessoal de N&iacute;vel Superior (Capes) do MEC. No entanto, cerca de 30% delas abandonam os estudos de p&oacute;s devido aos desafios de conciliar a vida acad&ecirc;mica e a maternidade, afirma a Organiza&ccedil;&atilde;o para a Coopera&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Econ&ocirc;mico (OCDE). </span></p> <p class="selectable-text copyable-text x15bjb6t x1n2onr6" dir="ltr"><span class="selectable-text copyable-text">As desigualdades entre os g&ecirc;neros podem ser explicadas pela divis&atilde;o no trabalho de cuidado, desempenhado majoritariamente por mulheres. De acordo com o IBGE, em 2022, elas dedicaram 9,6 horas semanais a mais do que homens aos afazeres dom&eacute;sticos e cuidados de pessoas &mdash; 21,3 horas contra 11,7 horas. Para Liliana Marquez, o desequil&iacute;brio no trabalho de cuidado prejudica o crescimento profissional das mulheres e &eacute; um empecilho para a igualdade salarial. </span></p> <p class="selectable-text copyable-text x15bjb6t x1n2onr6" dir="ltr"><span class="selectable-text copyable-text">&ldquo;As mulheres frequentemente assumem uma parte maior das responsabilidades de cuidado, o que pode limitar seu tempo e sua energia para o desenvolvimento profissional. Essa desigualdade resulta em maiores taxas de abandono ou interrup&ccedil;&atilde;o de carreira entre elas, prejudicando suas oportunidades de crescimento e promo&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, a dedica&ccedil;&atilde;o maior ao trabalho de cuidado contribui para a manuten&ccedil;&atilde;o da diferen&ccedil;a salarial entre os g&ecirc;neros. Aquelas que tentam conciliar carreira e maternidade, muitas vezes, enfrentam estigma e discrimina&ccedil;&atilde;o, o que pode dificultar ainda mais sua progress&atilde;o profissional&rdquo;, explica Liliana.</span></p> </div> <h3>Concilia&ccedil;&atilde;o de rotinas&nbsp;</h3> <div> <p class="selectable-text copyable-text x15bjb6t x1n2onr6" dir="ltr"><span class="selectable-text copyable-text">Yasmin Lacerda, de 23 anos, &eacute; estudante de medicina do 11&deg; per&iacute;odo na Faculdade de Ci&ecirc;ncias M&eacute;dicas da Para&iacute;ba e tem um filho de um ano. Ela conta que a maior dificuldade que enfrenta para conciliar os estudos com a maternidade &eacute; o gerenciamento do tempo, principalmente, no per&iacute;odo de internato, no final do curso. Por&eacute;m, ela conta com o apoio do esposo e dos pais, o que considera essencial para a continuidade de sua forma&ccedil;&atilde;o. </span></p> <p class="selectable-text copyable-text x15bjb6t x1n2onr6" dir="ltr"><span class="selectable-text copyable-text">&ldquo;Um beb&ecirc; demanda muito cuidado, aten&ccedil;&atilde;o e zelo, ent&atilde;o, para voc&ecirc; conciliar com uma faculdade de medicina, ainda mais no internato, isso demanda que voc&ecirc; tenha uma rede de apoio para ter tempo de realizar os est&aacute;gios e as demandas da faculdade. Voc&ecirc; precisa se virar nos 30 para, no tempo livre, conseguir encaixar as tarefas. Meu filho ocupa 90% do meu tempo, ent&atilde;o, nos 10% livres, eu tenho que me dedicar ao m&aacute;ximo para fazer com que meus estudos sejam produtivos. Gra&ccedil;as a Deus, tenho uma rede de apoio muito boa, meu esposo &eacute; um pai muito presente, e isso ajuda muito a dar continuidade aos estudos&rdquo;, compartilha. </span></p> <p class="selectable-text copyable-text x15bjb6t x1n2onr6" dir="ltr"><span class="selectable-text copyable-text">Yasmin desenvolveu o TCC quando estava gr&aacute;vida e relata que a rotina de produ&ccedil;&atilde;o do trabalho com a gravidez foi puxada, mas optou por n&atilde;o tirar licen&ccedil;a-maternidade pelo atraso que teria na forma&ccedil;&atilde;o: &ldquo;Se tirasse a licen&ccedil;a, s&oacute; iria me formar depois, e a faculdade puxa muito essa correria de ter que fazer as coisas logo, na inten&ccedil;&atilde;o de n&atilde;o perder o curso&rdquo;. Por sorte, seu filho, Enzo, nasceu quando ela estava de f&eacute;rias do curso, facilitando a adapta&ccedil;&atilde;o &agrave; nova rotina. Para ela, a lei que amplia o prazo para a forma&ccedil;&atilde;o de m&atilde;es e pais teria lhe ajudado muito na &eacute;poca, caso estivesse em vigor.</span></p> <p class="selectable-text copyable-text x15bjb6t x1n2onr6" dir="ltr"><span class="selectable-text copyable-text"> Hoje, com o filho de um ano, Yasmin considera que a rotina est&aacute; mais leve, mesmo com as demandas da faculdade, &ldquo;at&eacute; porque me adaptei &agrave; maternidade&rdquo;. Ela pretende se formar e fazer resid&ecirc;ncia, modalidade de ensino de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o destinada a m&eacute;dicos, buscando se especializar em neurologia.</span></p> </div> <h3>Igualdade&nbsp;</h3> <div>Pol&iacute;ticas p&uacute;blicas voltadas para m&atilde;es e pais estudantes s&atilde;o importantes n&atilde;o s&oacute; para a perman&ecirc;ncia na universidade, mas para promover um ambiente acad&ecirc;mico e profissional mais igualit&aacute;rio para esses grupos, em especial, para as mulheres, que desempenham a maior parte do trabalho de cuidado, como defende a conselheira da OAB Liliana Marquez: &ldquo;Essas medidas s&atilde;o essenciais para criar um ambiente em que m&atilde;es e pais possam equilibrar suas responsabilidades familiares com seus objetivos acad&ecirc;micos e profissionais, promovendo uma sociedade mais justa e igualit&aacute;ria.&rdquo;&nbsp;</div> <p class="texto"><em>*Estagi&aacute;ria sob a supervis&atilde;o de&nbsp;Ana S&aacute;</em></p> <p class="texto"><em><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/vestibular-e-pas/2024/07/6902518-faculdade-oferece-cursinho-pre-vestibular-gratuito-em-sao-paulo.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2024/07/19/cursinho_popular_santa_marcelina_recebe_inscricoes_ate_27_de_julho-39010956.png?20240719201437" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Vestibular e PAS</strong> <span>Faculdade oferece cursinho pré-vestibular gratuito em São Paulo</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2024/07/6902476-tres-chapas-disputam-o-comando-da-unb-conheca-as-candidatas.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/26/26062024ea_08-38438277.jpg?20240720073833" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>Três chapas disputam o comando da UnB; conheça as candidatas</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2024/07/6902469-estudantes-de-taguatinga-participam-de-simulacao-da-onu-na-republica-dominicana.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/19/whatsapp_image_2024_07_19_at_18_43_50-39008806.jpeg?20240719185305" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Alunos de Taguatinga serão os primeiros brasileiros em simulação da ONU no Caribe</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2024/07/6902458-catolica-ead-abre-processo-seletivo-para-bolsas-de-estudos.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/03/27/1_universidade_cato__lica___cre__dito_divulgac__a__o_7434979-27696092.jpg?20240719183816" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>Católica EaD abre processo seletivo para bolsas de estudos</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2024/07/6901741-edital-do-prouni-para-o-2-semestre-e-publicado-com-oferta-de-243-850-bolsas.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/18/20230627_123947_0-38973816.jpg?20240723094153" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>Edital do Prouni para o 2º semestre é publicado com oferta de 243.850 bolsas</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2024/07/6901670-servidores-e-presidente-do-inep-denunciam-sucateamento-do-orgao.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/02/13/whatsapp_image_2023_02_13_at_19_33_28-27428327.jpeg?20240718185022" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>Servidores e presidente do Inep reclamam de sucateamento do instituto</span> </div> </a> </li> </ul> </div></em></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/20/675x450/1_1-39026066.jpeg?20240721072929?20240721072929", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Júlia Giusti*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 6k1o6w

Eu, Estudante 5g255w

LICENÇA

Nova lei garante direitos para mães e pais estudantes e2x2r

Lei sancionada na última quarta-feira (17/7) amplia prazo para conclusão de alunos de graduação ou pós-graduação em razão do nascimento de filhos ou em casos de adoção legal v654f

Estudantes que se tornam mães ou pais durante a formação acadêmica enfrentam barreiras na conciliação dos estudos e dos cuidados com os filhos. Entre as principais dificuldades, estão a busca por uma rede de apoio, para que eles possam se dedicar às atividades da faculdade, e o gerenciamento do tempo, que deve ser dividido entre as demandas acadêmicas e as necessidades das crianças.

Tendo isso em vista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei (PL) 1741/22, na última quarta-feira (17/7), que prevê ampliação de, no mínimo, 180 dias do prazo para conclusão de curso em razão do nascimento de filhos ou em casos de adoção, tanto na graduação quanto na pós-graduação. O projeto é de autoria da deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ). 

Com a lei, estudantes que se tornam mães ou pais em meio à formação acadêmica am a ter direito à prorrogação do prazo para conclusão de disciplinas, entrega de trabalhos finais, incluindo trabalhos de conclusão de curso (TCC), e realização de sessões de defesa de teses e de publicações exigidas. Em caso de gravidez de risco ou atuação em pesquisa que implique risco à gestante ou ao feto, o prazo mínimo de 180 dias também está valendo. Quando o filho nascido ou adotado for pessoa com deficiência (PcD), a ampliação do período para formação pode ser de, pelo menos, 360 dias.

Permanência e inclusão  4f156m

Fotos: Arquivo pessoal - A senadora Professora Dorinha Seabra diz que o PL estimula mães e pais estudantes a permanecerem na formação
 

Para a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), que foi relatora da matéria na Comissão de Educação (CE) e na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, a medida não só facilita a conciliação da maternidade ou paternidade com os estudos, mas também estimula que mães e pais estudantes permaneçam na formação.

“Para além da gestação normal, pode haver intercorrências, tem o período de adaptação, tanto no pós-nascimento como na adoção, e nos programas de graduação e pós há prazos a serem cumpridos, que se chocam com os prazos naturais de um processo de nascimento ou adoção. Então, a lei é muito importante porque dá condições para o exercício da maternidade e da paternidade sem que os estudantes sejam prejudicados, além de estimular pesquisadores que estão envolvidos em grupos de pesquisa”, afirma.

Para Liliana Marquez, conselheira e presidente da Comissão de Direito das Famílias e Sucessões da Ordem dos Advogados do Brasil do DF (OAB/DF), a matéria também possibilita apoio psicológico e emocional aos beneficiados, além de promover a inclusão por meio do reconhecimento da diversidade de casos.

“A lei oferece um reconhecimento institucional das dificuldades enfrentadas por pais estudantes, o que pode melhorar seu bem-estar e engajamento acadêmico. Além disso, promove uma política mais inclusiva, reconhecendo a diversidade das situações dos estudantes e garantindo que todos tenham oportunidades iguais de concluir sua formação”, expõe.

Desigualdade de gênero  2v125g

Arquivo pessoal - A conselheira da OAB Liliana Marquez defende políticas voltadas para mães e pais estudantes, promovendo a inclusão

Apesar de beneficiar mães e pais estudantes, a nova legislação afeta, em maior peso, as mães. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres, que representam 51,5% da população brasileira, segundo o Censo 2022, somam 21,3% das pessoas com ensino superior completo, contra 16,8% dos homens. Apesar disso, no mesmo ano, 53,3% delas estavam inseridas no mercado de trabalho, em comparação com 73,2% deles.

Ainda, a maior parte dos alunos de pós-graduação (54,54%) é formada por mulheres, de acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do MEC. No entanto, cerca de 30% delas abandonam os estudos de pós devido aos desafios de conciliar a vida acadêmica e a maternidade, afirma a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

As desigualdades entre os gêneros podem ser explicadas pela divisão no trabalho de cuidado, desempenhado majoritariamente por mulheres. De acordo com o IBGE, em 2022, elas dedicaram 9,6 horas semanais a mais do que homens aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas — 21,3 horas contra 11,7 horas. Para Liliana Marquez, o desequilíbrio no trabalho de cuidado prejudica o crescimento profissional das mulheres e é um empecilho para a igualdade salarial.

“As mulheres frequentemente assumem uma parte maior das responsabilidades de cuidado, o que pode limitar seu tempo e sua energia para o desenvolvimento profissional. Essa desigualdade resulta em maiores taxas de abandono ou interrupção de carreira entre elas, prejudicando suas oportunidades de crescimento e promoção. Além disso, a dedicação maior ao trabalho de cuidado contribui para a manutenção da diferença salarial entre os gêneros. Aquelas que tentam conciliar carreira e maternidade, muitas vezes, enfrentam estigma e discriminação, o que pode dificultar ainda mais sua progressão profissional”, explica Liliana.

Conciliação de rotinas  l426o

Yasmin Lacerda, de 23 anos, é estudante de medicina do 11° período na Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba e tem um filho de um ano. Ela conta que a maior dificuldade que enfrenta para conciliar os estudos com a maternidade é o gerenciamento do tempo, principalmente, no período de internato, no final do curso. Porém, ela conta com o apoio do esposo e dos pais, o que considera essencial para a continuidade de sua formação.

“Um bebê demanda muito cuidado, atenção e zelo, então, para você conciliar com uma faculdade de medicina, ainda mais no internato, isso demanda que você tenha uma rede de apoio para ter tempo de realizar os estágios e as demandas da faculdade. Você precisa se virar nos 30 para, no tempo livre, conseguir encaixar as tarefas. Meu filho ocupa 90% do meu tempo, então, nos 10% livres, eu tenho que me dedicar ao máximo para fazer com que meus estudos sejam produtivos. Graças a Deus, tenho uma rede de apoio muito boa, meu esposo é um pai muito presente, e isso ajuda muito a dar continuidade aos estudos”, compartilha.

Yasmin desenvolveu o TCC quando estava grávida e relata que a rotina de produção do trabalho com a gravidez foi puxada, mas optou por não tirar licença-maternidade pelo atraso que teria na formação: “Se tirasse a licença, só iria me formar depois, e a faculdade puxa muito essa correria de ter que fazer as coisas logo, na intenção de não perder o curso”. Por sorte, seu filho, Enzo, nasceu quando ela estava de férias do curso, facilitando a adaptação à nova rotina. Para ela, a lei que amplia o prazo para a formação de mães e pais teria lhe ajudado muito na época, caso estivesse em vigor.

Hoje, com o filho de um ano, Yasmin considera que a rotina está mais leve, mesmo com as demandas da faculdade, “até porque me adaptei à maternidade”. Ela pretende se formar e fazer residência, modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, buscando se especializar em neurologia.

Igualdade  3d3663

Políticas públicas voltadas para mães e pais estudantes são importantes não só para a permanência na universidade, mas para promover um ambiente acadêmico e profissional mais igualitário para esses grupos, em especial, para as mulheres, que desempenham a maior parte do trabalho de cuidado, como defende a conselheira da OAB Liliana Marquez: “Essas medidas são essenciais para criar um ambiente em que mães e pais possam equilibrar suas responsabilidades familiares com seus objetivos acadêmicos e profissionais, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária.” 

*Estagiária sob a supervisão de Ana Sá