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Não raro, os ossos — especialmente as vértebras da coluna — são o local secundário onde essas unidades doentes vão parar e proliferar.</p> <p class="texto">Para fazer o diagnóstico adequado, é importante procurar um médico se a dor não vai embora depois de alguns dias.</p> <p class="texto">O ortopedista e cirurgião de coluna Luciano Miller, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, explica que a avaliação inicial acontece no próprio consultório — e exames de imagem mais elaborados (como tomografias e ressonâncias) só são necessários para confirmar suspeitas diagnósticas ou encontrar respostas para casos complexos.</p> <p class="texto">"E nós temos também alguns sinais de alerta, que indicam se o quadro pode ser mais grave, como perda de peso associada à dor lombar, fraqueza ou formigamento em uma ou nas duas pernas, dor que não melhora depois de um, dois ou três meses, pacientes com histórico de câncer ou quando o incômodo afeta crianças e idosos", lista ele.</p> <p class="texto">Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil também ressaltam que, embora a diretriz lançada pela OMS sirva de guia e ajude a padronizar os tratamentos para a dor lombar crônica primária (em que o incômodo não é causado por alguma outra doença específica), cada paciente deve ser cuidado de acordo com as suas particularidades.</p> <p class="texto">Quando a dor nas costas de um indivíduo está relacionada a fatores emocionais, por exemplo, pode ser necessário ar por uma avaliação psiquiátrica e, eventualmente, até usar certos remédios antidepressivos (embora eles não estejam indicados diretamente para o alívio dos incômodos lombares, segundo a OMS).</p> <p class="texto">Por fim, os médicos ressaltam que não existe uma bala de prata capaz de desatar de vez todos os nós que apertam as costas — os remédios podem até trazer um alívio momentâneo, mas são as mudanças no dia a dia em prol da saúde que garantirão que a dor não volte depois de um tempo.</p> <p class="texto">"O estilo de vida inadequado, que envolve o sedentarismo, o estresse e até o <a href="https://correiobraziliense-br.noticiasdeminas.net/portuguese/topics/cz74k75297yt?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">tabagismo</a>, é o fator que mais faz as pessoas procurarem o médico com queixas de dor lombar", constata Miller.</p> <p class="texto">"E não podemos apenas tratar aquela questão pontual. É preciso pensar na prevenção, o que envolve cuidados com a postura e a ergonomia, ter uma alimentação saudável, adotar uma rotina de exercícios físicos com alongamento e fortalecimento da musculatura e prezar pela saúde mental", conclui Rocha Loures.</p> <p class="texto"><img src="https://a1.api.bbc.co.uk/hit.xiti/?s=598346&p=portuguese.articles.c141dgkvng7o.page&x1=%5Burn%3Abbc%3Aoptimo%3Aasset%3Ac141dgkvng7o%5D&x4=%5Bpt-br%5D&x5=%5Bhttps%3A%2F%2Fcorreiobraziliense-br.noticiasdeminas.net%2Fportuguese%2Farticles%2Fc141dgkvng7o%5D&x7=%5Barticle%5D&x8=%5Bsynd_nojs_ISAPI%5D&x9=%5BO+que+funciona+para+dor+nas+costas%3F+As+orienta%C3%A7%C3%B5es+do+1%C2%BA+%27manual%27+da+OMS+sobre+o+problema%5D&x11=%5B2024-01-29T19%3A09%3A41.636Z%5D&x12=%5B2024-01-29T19%3A09%3A41.636Z%5D&x19=%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D" /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/29/1200x801/1_ead03f80_bc3c_11ee_a4be_4d2d0c44a9c0-34590429.jpg?20240202155333?20240202155333", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/29/1000x1000/1_ead03f80_bc3c_11ee_a4be_4d2d0c44a9c0-34590429.jpg?20240202155333?20240202155333", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/29/800x600/1_ead03f80_bc3c_11ee_a4be_4d2d0c44a9c0-34590429.jpg?20240202155333?20240202155333" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "André Biernath - Da BBC News Brasil em Londres", "url": "/autor?termo=andre-biernath---da-bbc-news-brasil-em-londres" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 6m466o

O que funciona para dor nas costas? As orientações do 1º 'manual' da OMS sobre o problema 6y704o
Notícias

O que funciona para dor nas costas? As orientações do 1º 'manual' da OMS sobre o problema 5z3m6b

Incômodos na lombar estão entre as principais causas de incapacidade e representam um fardo para milhões de pessoas em todo mundo. A principal entidade de saúde do globo lançou uma diretriz inédita sobre os melhores tratamentos contra esse sintoma. 6j6v12

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Cerca de 619 milhões de pessoas tiveram dor nas costas em 2020

A dor nas costas, mais especificamente a dor na região lombar, é um daqueles problemas de saúde que chamam a atenção pela quantidade de gente afetada — se você nunca teve esse incômodo, é bastante provável que vá experimentar algum dia —, bem como pelo impacto significativo e silencioso que tem no dia a dia.

Para ter ideia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a dor lombar como a principal causa de incapacidade do planeta — em outras palavras, trata-se de algo que afeta a vida de muitos e limita a capacidade de realizar atividades rotineiras de trabalho e lazer.

Em 2020, aproximadamente 1 a cada 13 pessoas (ou 619 milhões de indivíduos) tiveram pelo menos um episódio desse problema. Isso representa um aumento de 60% em relação a 1990.

E esses números devem continuar em ascensão pelas próximas décadas: a OMS calcula que a condição afetará 843 milhões em 2050.

Segundo as projeções, o maior crescimento ocorrerá na África e na Ásia, os continentes onde a população mais aumenta e também há uma subida na expectativa de vida.

A entidade pontua que esse problema de saúde traz impactos e custos para a pessoa e para toda a sociedade — e, em razão disso, lançou em dezembro de 2023 a primeira diretriz para orientar o tratamento da dor lombar crônica (quando o incômodo se prolonga por mais de três meses seguidos).

Leia também:

O documento é assinado por diversos especialistas de várias partes do mundo, que avaliaram as evidências científicas disponíveis para determinar o que realmente funciona — e o que é contraindicado — na hora de lidar com esse problema.

Entre as práticas recomendadas pelos especialistas, há um mix entre cuidados mais gerais e perenes, como programas de educação, sessões com psicólogo e prática de exercícios, até terapias pontuais para trazer alívio imediato, como remédios anti-inflamatórios simples e massagens.

Confira a lista completa a seguir.

Dor nas costas: o que funciona 6b6a3m

Segundo a diretriz da OMS, os tratamentos contra a dor lombar que possuem algum grau de evidência positiva — em que os benefícios superam os riscos — são:

  • Educação/aconselhamento estruturado e padronizado;
  • Programa estruturado de exercícios físicos;
  • Acupuntura e outros métodos de agulhamento terapêutico;
  • Terapia manipulativa espinhal (um tipo de massagem);
  • Massagem;
  • Terapia comportamental operante (um tipo de psicoterapia);
  • Terapia cognitivo comportamental (um tipo de psicoterapia);
  • Anti-inflamatórios simples (como ibuprofeno e diclofenaco);
  • Preparações tópicas (aplicadas na pele) à base de pimenta-caiena - Capsicum frutescens;
  • Cuidados biopsicossociais amplos.
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Massagem está entre as práticas aprovadas contra a dor lombar

Dor nas costas: o que não funciona 44472u

A diretriz da OMS também cita aqueles tratamentos que os pesquisadores consultados deram um parecer desfavorável — ou seja, não estão indicados para a dor lombar de uma maneira geral, pois os riscos superam os benefícios:

  • Tração (equipamentos e técnicas que prometem aliviar a pressão e a dor na coluna);
  • Ultrassom terapêutico;
  • Estimulação elétrica transcutânea (Tens);
  • Cintos e es lombares;
  • Remédios da classe dos opióides;
  • Antidepressivos da classe dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina;
  • Antidepressivos tricíclicos;
  • Remédios da classe dos anticonvulsivantes;
  • Remédios da classe dos relaxantes musculares esqueléticos;
  • Remédios da classe dos corticoides;
  • Anestésicos injetáveis;
  • Garra-do-diabo - Harpagophytum procumbens (um fitoterápico);
  • Salgueiro - Salix spp. (um fitoterápico);
  • Perda de peso promovida especificamente por remédios contra a obesidade.

Dor nas costas: tratamentos sem estudos conclusivos e386p

A lista da OMS ainda destaca aquelas terapias sobre as quais não há evidências científicas suficientes para ter certeza se funcionam ou não.

Segundo os autores do documento, é necessário aguardar novas pesquisas para conhecer melhor essas opções antes de incluí-las (ou não) no rol de tratamentos. A lista das incertezas inclui:

  • Terapia comportamental respondente (um tipo de psicoterapia);
  • Terapia cognitiva (um tipo de psicoterapia);
  • Mindfulness e práticas para redução do estresse;
  • Paracetamol;
  • Remédios da classe dos benzodiazepínicos;
  • Preparações à base de Cannabis;
  • Preparações tópicas à base de arnica - Solidago chilensis;
  • Gengibre - Zingiber officinale (um fitoterápico);
  • Preparações tópicas à base de lírio branco - Lilium candidum;
  • Compressas tópicas com diferentes ervas e fitoterápicos;
  • Manejo do peso corporal por meio de intervenções não farmacológicas.

Na diretriz, apenas um recurso terapêutico foi considerado uma boa prática, apesar da falta de estudos específicos sobre o tema: usar dispositivos que ajudam na mobilidade da pessoa com dor nas costas.

Nos momentos de crise, pode ser necessário utilizar dispositivos que facilitam a locomoção e evitam acidentes, como barras de e, bengalas ou muletas, por exemplo.

Vale ainda destacar que o documento foi elaborado a partir de quatro princípios fundamentais: um tratamento centrado no paciente; a equidade no o; o cuidado não-estigmatizante e não-discriminatório; e a atenção de saúde coordenada e integrada.

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Alguns remédios, como o paracetamol, não têm estudos suficientes para serem indicados (ou não) para tratar a dor lombar

Tudo começa com um bom diagnóstico 1z6752

O médico Marco Antônio Araújo da Rocha Loures, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, destaca que a dor nas costas pode ter as mais variadas origens.

"Na maioria das vezes, ela está relacionada a questões posturais, a posição adotada durante as horas de trabalho e até mesmo a fatores psicológicos", observa o reumatologista.

"Mas pode ser que essa dor nas costas seja sinal de um câncer ou de uma metástase", complementa ele.

A metástase mencionada pelo médico significa o espalhamento das células cancerosas de sua origem para outras partes do corpo. Não raro, os ossos — especialmente as vértebras da coluna — são o local secundário onde essas unidades doentes vão parar e proliferar.

Para fazer o diagnóstico adequado, é importante procurar um médico se a dor não vai embora depois de alguns dias.

O ortopedista e cirurgião de coluna Luciano Miller, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, explica que a avaliação inicial acontece no próprio consultório — e exames de imagem mais elaborados (como tomografias e ressonâncias) só são necessários para confirmar suspeitas diagnósticas ou encontrar respostas para casos complexos.

"E nós temos também alguns sinais de alerta, que indicam se o quadro pode ser mais grave, como perda de peso associada à dor lombar, fraqueza ou formigamento em uma ou nas duas pernas, dor que não melhora depois de um, dois ou três meses, pacientes com histórico de câncer ou quando o incômodo afeta crianças e idosos", lista ele.

Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil também ressaltam que, embora a diretriz lançada pela OMS sirva de guia e ajude a padronizar os tratamentos para a dor lombar crônica primária (em que o incômodo não é causado por alguma outra doença específica), cada paciente deve ser cuidado de acordo com as suas particularidades.

Quando a dor nas costas de um indivíduo está relacionada a fatores emocionais, por exemplo, pode ser necessário ar por uma avaliação psiquiátrica e, eventualmente, até usar certos remédios antidepressivos (embora eles não estejam indicados diretamente para o alívio dos incômodos lombares, segundo a OMS).

Por fim, os médicos ressaltam que não existe uma bala de prata capaz de desatar de vez todos os nós que apertam as costas — os remédios podem até trazer um alívio momentâneo, mas são as mudanças no dia a dia em prol da saúde que garantirão que a dor não volte depois de um tempo.

"O estilo de vida inadequado, que envolve o sedentarismo, o estresse e até o tabagismo, é o fator que mais faz as pessoas procurarem o médico com queixas de dor lombar", constata Miller.

"E não podemos apenas tratar aquela questão pontual. É preciso pensar na prevenção, o que envolve cuidados com a postura e a ergonomia, ter uma alimentação saudável, adotar uma rotina de exercícios físicos com alongamento e fortalecimento da musculatura e prezar pela saúde mental", conclui Rocha Loures.

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