{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/mundo/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/mundo/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/mundo/", "name": "Mundo", "description": "Fique por dentro sobre o que acontece no mundo. Américas, Europa, África, Ásia, Oceania e Oriente Médio estão em destaque ", "url": "/mundo/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/mundo/2024/06/6870231-portugal-restringe-imigracao-e-proibe-que-turistas-fiquem-morando-no-pais.html", "name": "Portugal restringe imigração e proíbe que turistas fiquem morando no país", "headline": "Portugal restringe imigração e proíbe que turistas fiquem morando no país", "description": "", "alternateName": "ARROCHO", "alternativeHeadline": "ARROCHO", "datePublished": "2024-06-03T18:50:38Z", "articleBody": "<p class="texto"><strong>Lisboa —</strong> O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, cumpriu à risca o que havia prometido durante a campanha eleitoral: apertou as regras para a imigração no país. A partir de agora, não será mais permitido que pessoas entrem como turistas e fiquem morando, ilegalmente, em território luso até conseguirem a autorização oficial de residência. Para a regularização dos documentos, bastava as pessoas recorrerem à manifestação de interesse, expressando o desejo de viver em terras portuguesas. Esse mecanismo, criado em 2017 e que era usado, principalmente, por brasileiros, foi extinto. Os mais de 400 mil processos em andamento serão respeitados.</p> <p class="texto">Pelas novas regras, detalhadas nesta segunda-feira pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, aqueles que realmente decidirem emigrar para Portugal para morar e trabalhar terão de pedir um visto de emprego nos consulados portugueses. No caso dos brasileiros e dos demais cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (LP), haverá uma alternativa à manifestação de interesse, mas ainda não há detalhamento sobre o instrumento, o que, segundo o ministro, será feito em breve. Há um acordo de mobilidade entre Portugal e as ex-colônias que falam português.</p> <ul> <li><strong>Leia também: <a href="/economia/2023/12/6774968-chegada-de-brasileiros-muda-o-mercado-de-trabalho-em-portugal.html">Chegada de brasileiros muda o mercado de trabalho em Portugal</a></strong></li> <li><strong>Leia também: <a href="/mundo/2024/04/6847011-brasileiros-legalizados-em-portugal-podem-superar-os-500-mil-ate-o-fim-do-ano.html">Brasileiros legalizados em Portugal podem superar os 500 mil até o fim do ano</a></strong></li> </ul> <p class="texto">O objetivo claro do Plano de Ação para as Migrações, composto por quatro eixos — imigração regulada, atração de talento estrangeiro, integração humanista que funcione e reorganização institucional — e 41 medidas é limitar, sobretudo, a entrada em Portugal de pessoas oriundas de países como Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal. Esses cidadãos têm enfrentado uma onda crescente de xenofobia, alimentada, sobretudo, pela extrema direita. Os portugueses mais radicais atribuem a esses imigrantes o aumento da criminalidade, o que Montenegro nega, e alegam que eles querem impor uma nova cultura no país, baseada no islamismo.</p> <p class="texto">A preferência do governo português pelos brasileiros e pelos cidadãos dos demais países da LP está reforçada em outra medida do plano para migrações. As autorizações de residência emitidas via o acordo de mobilidade — a maioria já caducada — serão renovadas por mais um ano, conforme decreto a ser publicado até 30 de junho. Nesse período, os portadores desses títulos serão chamados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilos (Aima) para a recolha de dados biométricos. A autorização de residência deixará de ser impressa em papel A4 e substituída por cartões que permitirão a livre circulação pelo Espaço Schengen, da União Europeia.</p> <p class="texto">Logo após o anúncio do pacote restringindo à imigração, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou um decreto tornando todas as medidas válidas. Em nota, ele destacou que, “tendo presente a situação urgentíssima de regularização de muitos milhares de processos pendentes de autorização de residência, respeitando as situações existentes até ao presente”, o pacote elaborado pelo governo, “evita sobrecarregar os processos de regularização em curso com novas manifestações de interesse, itidas na legislação anterior”. O líder português espera que, com tal decisão, o Executivo resolva os mais de 400 mil processos pendentes de imigrantes que vivem em Portugal, sendo a maioria, de brasileiros.</p> <h3>Profissionais qualificados</h3> <p class="texto">Para o Luís Montenegro, diante do caos que se estabeleceu no processo migratório, não restou alternativa ao governo a não ser apertar a regulação para a entrada de estrangeiros no país. "Acabamos com alguns mecanismos que se transformaram num abuso excessivo da nossa disponibilidade para acolher. A circunstância de termos um procedimento segundo o qual uma simples manifestação de interesse é suscetível de facilitar e descontrolar a entrada de imigrantes em Portugal teve fim hoje”, assinalou. No entender dele, todos querem Portugal de portas abertas, mas não escancaradas.</p> <p class="texto">O pacote voltado à imigração ará pelo reforço de pessoal nos consulados dos países de língua portuguesa e da Índia. A Aima assumirá o atendimento presencial dos estrangeiros, papel que havia sido delegado ao Instituto dos Registros e do Notariado (IRN), a rede de cartórios portugueses. Haverá, também, reforço financeiro para o Observatório das Migrações visando o retorno de imigrantes em dificuldades para os países de origem, e maior às associações de apoio a estrangeiros e implantação de uma unidade de fronteiras na Polícia de Segurança Pública (PSP) para controlar quem entra e quem sai do país.</p> <p class="texto">Portugal quer, com todas essas medidas, atrair mais profissionais qualificados alinhados às necessidades do país e promover a atração e a frequência de alunos estrangeiros nas instituições de ensino superior — os brasileiros são mais de 50% dos alunos de mestrado e doutorado no país. Atualmente, de acordo com o governo, quase 31% dos trabalhadores estrangeiros que vivem em território luso têm baixa qualificação. Pelos dados preliminares de 2023, há 1,04 milhão de imigrantes morando em Portugal. Eles contribuíram, liquidamente, para a Segurança Social, 1,6 bilhão de euros (R$ 9,3 bilhões) no ano ado.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/mundo/2024/06/6870162-brasileira-ferida-em-bombardeio-no-libano-ficou-com-rosto-desfigurado.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/03/brasileira-37684441.jpg?20240603175845" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Mundo</strong> <span>Brasileira ferida em bombardeio no Líbano ficou com rosto desfigurado</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/mundo/2024/06/6870121-portugal-vai-endurecer-sua-politica-migratoria.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/25/img_7773-36514416.jpg" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Mundo</strong> <span>Portugal vai endurecer sua política migratória</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/mundo/2024/06/6870105-brasileiro-e-condenado-a-internacao-compulsoria-por-matar-estudante.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/06/03/brasileiro_condenado_inglaterra-37679281.jpeg?20240603171055" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Mundo</strong> <span>Brasileiro é condenado à internação compulsória por matar estudante</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/01/1200x801/1_000_34mn2r9-35917306.jpg?20240603184809?20240603184809", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/01/1000x1000/1_000_34mn2r9-35917306.jpg?20240603184809?20240603184809", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/01/800x600/1_000_34mn2r9-35917306.jpg?20240603184809?20240603184809" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Vicente Nunes — Correspondente ", "url": "/autor?termo=vicente-nunes-—-correspondente-" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 6o486s

Portugal restringe imigração e proíbe que turistas fiquem morando no país 56h56
ARROCHO

Portugal restringe imigração e proíbe que turistas fiquem morando no país 1954j

Governo português acaba com a manifestação de interesse, instrumento que permitia aos estrangeiros regularizarem a situação documental junto às autoridades. Brasileiros terão tratamento facilitado para trabalhar e viver em território luso 4dw4k

Lisboa — O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, cumpriu à risca o que havia prometido durante a campanha eleitoral: apertou as regras para a imigração no país. A partir de agora, não será mais permitido que pessoas entrem como turistas e fiquem morando, ilegalmente, em território luso até conseguirem a autorização oficial de residência. Para a regularização dos documentos, bastava as pessoas recorrerem à manifestação de interesse, expressando o desejo de viver em terras portuguesas. Esse mecanismo, criado em 2017 e que era usado, principalmente, por brasileiros, foi extinto. Os mais de 400 mil processos em andamento serão respeitados.

Pelas novas regras, detalhadas nesta segunda-feira pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, aqueles que realmente decidirem emigrar para Portugal para morar e trabalhar terão de pedir um visto de emprego nos consulados portugueses. No caso dos brasileiros e dos demais cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (LP), haverá uma alternativa à manifestação de interesse, mas ainda não há detalhamento sobre o instrumento, o que, segundo o ministro, será feito em breve. Há um acordo de mobilidade entre Portugal e as ex-colônias que falam português.

O objetivo claro do Plano de Ação para as Migrações, composto por quatro eixos — imigração regulada, atração de talento estrangeiro, integração humanista que funcione e reorganização institucional — e 41 medidas é limitar, sobretudo, a entrada em Portugal de pessoas oriundas de países como Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal. Esses cidadãos têm enfrentado uma onda crescente de xenofobia, alimentada, sobretudo, pela extrema direita. Os portugueses mais radicais atribuem a esses imigrantes o aumento da criminalidade, o que Montenegro nega, e alegam que eles querem impor uma nova cultura no país, baseada no islamismo.

A preferência do governo português pelos brasileiros e pelos cidadãos dos demais países da LP está reforçada em outra medida do plano para migrações. As autorizações de residência emitidas via o acordo de mobilidade — a maioria já caducada — serão renovadas por mais um ano, conforme decreto a ser publicado até 30 de junho. Nesse período, os portadores desses títulos serão chamados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilos (Aima) para a recolha de dados biométricos. A autorização de residência deixará de ser impressa em papel A4 e substituída por cartões que permitirão a livre circulação pelo Espaço Schengen, da União Europeia.

Logo após o anúncio do pacote restringindo à imigração, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou um decreto tornando todas as medidas válidas. Em nota, ele destacou que, “tendo presente a situação urgentíssima de regularização de muitos milhares de processos pendentes de autorização de residência, respeitando as situações existentes até ao presente”, o pacote elaborado pelo governo, “evita sobrecarregar os processos de regularização em curso com novas manifestações de interesse, itidas na legislação anterior”. O líder português espera que, com tal decisão, o Executivo resolva os mais de 400 mil processos pendentes de imigrantes que vivem em Portugal, sendo a maioria, de brasileiros.

Profissionais qualificados 382322

Para o Luís Montenegro, diante do caos que se estabeleceu no processo migratório, não restou alternativa ao governo a não ser apertar a regulação para a entrada de estrangeiros no país. "Acabamos com alguns mecanismos que se transformaram num abuso excessivo da nossa disponibilidade para acolher. A circunstância de termos um procedimento segundo o qual uma simples manifestação de interesse é suscetível de facilitar e descontrolar a entrada de imigrantes em Portugal teve fim hoje”, assinalou. No entender dele, todos querem Portugal de portas abertas, mas não escancaradas.

O pacote voltado à imigração ará pelo reforço de pessoal nos consulados dos países de língua portuguesa e da Índia. A Aima assumirá o atendimento presencial dos estrangeiros, papel que havia sido delegado ao Instituto dos Registros e do Notariado (IRN), a rede de cartórios portugueses. Haverá, também, reforço financeiro para o Observatório das Migrações visando o retorno de imigrantes em dificuldades para os países de origem, e maior às associações de apoio a estrangeiros e implantação de uma unidade de fronteiras na Polícia de Segurança Pública (PSP) para controlar quem entra e quem sai do país.

Portugal quer, com todas essas medidas, atrair mais profissionais qualificados alinhados às necessidades do país e promover a atração e a frequência de alunos estrangeiros nas instituições de ensino superior — os brasileiros são mais de 50% dos alunos de mestrado e doutorado no país. Atualmente, de acordo com o governo, quase 31% dos trabalhadores estrangeiros que vivem em território luso têm baixa qualificação. Pelos dados preliminares de 2023, há 1,04 milhão de imigrantes morando em Portugal. Eles contribuíram, liquidamente, para a Segurança Social, 1,6 bilhão de euros (R$ 9,3 bilhões) no ano ado.

Mais Lidas 2m2j3i

Tags 4yg2x