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TRÁFICO HUMANO

Brasileiros resgatados de trabalho escravo em Mianmar voltam ao Brasil 6i1h4g

Phelipe Ferreira e Luckas Santos foram traficados após serem enganados por promessas de emprego e conseguiram fugir do cativeiro no dia 8 de fevereiro 4f1e6k

Após três meses sendo mantidos reféns em condição de trabalho escravo por uma máfia de golpes cibernéticos em Mianmar  (sudeste asiático), Phelipe de Moura Ferreira, 26 anos, e Luckas Viana dos Santos, 31 anos, retornaram ao Brasil nesta quarta (19/2).

De acordo com o portal g1, as vítimas embarcaram na tarde de terça-feira (18/2) em Bangkok, Tailândia, e desembarcaram por volta das 16h no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ao chegar no país, os dois prestaram depoimentos à Polícia Federal e, em seguida, reencontraram as respectivas  famílias. 

O Itamaraty comunica que "o Ministério das Relações Exteriores prestou assistência consular aos brasileiros e apoiou seu processo de repatriação. Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de o à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações detalhadas sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros."

Phelipe e Luckas haviam caído no golpe de empregos falsos em 2024, o que resultou no tráfico humano em KK Park, Mianmar, lugar considerado como uma "fábrica de golpes on-line". A dupla conseguiu fugir acompanhada de diversos outros imigrantes, resgatados com a ajuda da ONG The Exodus Road.

Ao g1, Cleide Viana, mãe de Luckas, afirmou: "Estou gelada de tanta emoção. Foram dias, meses de sofrimento. Acabou hoje". Luckas confessou ter sido espancado e preso ao tentar contato com a família no cárcere, relato que a mãe ou mal ao ouvir detalhes no aeroporto. 

Phelipe contou que havia um roteiro a ser seguido na rotina de escravidão: "Nesse script, a gente perguntava ao cliente, no primeiro dia, informações como nome, idade, país onde morava, se era solteiro, casado, viúvo, com o que trabalhava e o salário. Já no quarto dia, a gente pedia uma ajuda. Falava que trabalhava numa plataforma on-line chamada Wish e, se ele ajudasse, ganharia uma comissão de 30 dólares. Era aí que a gente começava a tirar o dinheiro do cliente."

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Em média, as vítimas trabalhavam nos golpes 16 horas por dia. "Às vezes, a gente trabalhava 22 horas por dia. Líderes de equipe, todos chineses, nos monitoravam a cada 10 minutos. Se não cumprisse aquela meta, no final do mês, eu ia receber a punição. A punição era eletrochoque, espancamento ou squat down, que é fazer agachamento. Recebi punição três vezes", afirmou Phelipe.

“Tive que fazer, na primeira vez, 100 agachamentos em cima de uma plataforma que tinha uma espécie de prego na parte de cima. Na segunda punição, foram 300 vezes e, na terceira punição, foram 500 agachamentos”, contou. "A minha perna travou, mas, mesmo assim, eu tinha que trabalhar".

Três dias após o sequestro, Phelipe descobriu que outro brasileiro, Luckas, estava preso no local. "Me falaram que ele não queria trabalhar e que o prenderam. No mesmo dia, eu estava indo para o meu dormitório, errei a porta e vi o Luckas lá amarrado com as duas mãos em um quarto todo escuro", disse. 

Mesmo proibidos de se comunicarem por compartilharem a nacionalidade, Luckas e Phelipe se aproximaram e planejaram a fuga. Ao avisar parentes e ativistas escondidos dos mafiosos, os reféns foram detidos por agentes do DKBA (Exército Democrático Karen Budista) e levados a um centro de detenção. Três dias depois, foram transferidos para a Tailândia, onde aguardaram a embaixada brasileira.

 

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