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Mesmo os pacientes que são operados têm uma sobrevida menor em comparação a outros tipos de câncer”, diz Siqueira.</p> <p class="texto">“No câncer de intestino localizado tratável com a cirurgia, por exemplo, há uma chance de cura que supera os 80%. Num tumor de pâncreas que reúne condições parecidas, essa taxa fica em 30%”, completa a oncologista.</p> <figure><img src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/f755/live/797dc5d0-a871-11ed-8f65-71bfa0525ce3.jpg" alt="Médicos fazendo cirurgia" width="724" height="483" /><footer>Getty Images</footer> <figcaption>Cirurgias são a primeira escolha quando o câncer de pâncreas é diagnosticado nas fases iniciais</figcaption> </figure> <h2>O contra-ataque da medicina</h2> <p class="texto">Mas nem tudo são más notícias quando o assunto é câncer de pâncreas.</p> <p class="texto">“Durante muito tempo, tivemos a ideia que esse era um tumor contra o qual podíamos fazer muito pouco”, lembra Rocha.</p> <p class="texto">“Mas, nos últimos anos, tivemos uma série de avanços que melhoraram esse cenário. 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Tony Belloto 183j5k guitarrista dos Titãs, é diagnosticado com câncer de pâncreas; quais os sintomas da doença
CÂNCER

Tony Belloto, guitarrista dos Titãs, é diagnosticado com câncer de pâncreas; quais os sintomas da doença 4t4a5

Número de pacientes diagnosticados com esse tumor vem aumentando e chamou atenção de instituições e especialistas. Entenda os quatro motivos que ajudam a explicar esse cenário. 281i3w

O guitarrista dos Titãs, Tony Belloto, anunciou em vídeo divulgado no Instagram que foi diagnosticado com câncer de pâncreas após exames de rotina e ará por uma cirurgia.

"Vou me afastar temporariamente dos palcos, mas os Titãs seguem com a agenda planejada, acompanhados pelo músico Alexandre de Orio. Logo que eu me recupere, vou retornar os shows e as minhas atividades profissionais", disse Belloto no vídeo.

"Então, desde já, quero agradecer os pensamentos, palavras e mensagens de apoio e carinho e pedir que vocês não sofram. Sem drama. Eu tô tranquilo e confiante, enfrentando tudo com coragem e dignidade."

O pâncreas é uma glândula responsável por produzir a insulina, um hormônio essencial no aproveitamento da glicose como fonte de energia para as células trabalharem.

A detecção precoce da doença é essencial para o prognóstico, permitir tratamentos menos invasivos e para as chances de cura.

Quais os sintomas da doença s6g40

Esse tipo de câncer é mais comum em pessoas acima de 60 anos e tem maior incidência entre homens.

Sintomas comuns do câncer de pâncreas incluem:

  • Dor no estômago e nas costas
  • Perda de peso sem motivo
  • Indigestão
  • Mudança nos hábitos intestinais, como fezes que flutuam

Outros indícios são:

  • Perda de apetite
  • Icterícia (pele ou olho amarelado)
  • Sensação de estar doente
  • Dificuldade de engolir
  • Diagnóstico recente de diabetes
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Pele e olhos amarelados são um dos poucos sintomas do câncer de pâncreas. Os incômodos só costumam aparecer num estágio mais avançado da doença

Mortalidade 4u3t6b

A cada dois ou três anos, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) publica um documento em que faz projeções sobre os números de casos e mortes relacionados aos tumores mais comuns na população brasileira.

“E pela primeira vez na série histórica, o Inca incluiu em 2023 o câncer de pâncreas como um dos mais frequentes no país”, informa a oncologista clínica Mariana Bruna Siqueira, da Oncologia D’Or, no Rio de Janeiro.

 

“O aumento da incidência desse tumor acontece nas regiões economicamente mais desenvolvidas, e ele já aparece entre os dez tumores que mais acometem as mulheres das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste”, complementa a especialista, que também integra o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino.

O Inca estima que, em 2023, serão diagnosticados 10.980 casos de câncer de pâncreas no país.

As mortes também estão em ascensão. Entre 2011 e 2020, os óbitos por ano relacionados a essa enfermidade saltaram de 7,7 mil para 11,8 mil — um incremento de mais de 50%.

Em números absolutos, o Inca calcula que em 2020 essa doença matou 5.882 homens e 6.011 mulheres. Isso faz com que esse tumor seja o sétimo mais mortal para eles e o quinto para elas.

Vale lembrar que o pâncreas é uma glândula responsável por produzir a insulina, um hormônio essencial no aproveitamento da glicose como fonte de energia para as células trabalharem.

E a tendência de subida não é apenas nacional: nos Estados Unidos, cientistas apontam que o câncer de pâncreas se tornará o segundo tipo mais letal, atrás apenas dos tumores de pulmão. Os números de casos também se elevarão em mais de 65% entre os americanos nas próximas duas décadas.

Mas o que justifica essa mudança de cenário? Por trás desse aumento, há pelo menos quatro motivos: o envelhecimento da população, o estilo de vida, os sintomas tardios e a agressividade do quadro.

 

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Mortes por câncer de pâncreas no Brasil subiram mais de 50% na última década, mostram as estatísticas

Longevidade e hábitos inadequados 3l4a2

 

O médico Duílio Rocha, diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, destaca que o câncer de pâncreas é uma condição que costuma aparecer em indivíduos de idade mais avançada.

“Portanto, o próprio envelhecimento da população contribui para esse aumento”, raciocina.

“A idade média do diagnóstico é 70 anos. E o Brasil só superou uma expectativa de vida acima das setes décadas a partir do ano 2000”, complementa o especialista, que também é chefe da Unidade de Oncologia do Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza.

Ou seja: se as pessoas vivem mais, é natural que um número maior delas desenvolva um tumor na glândula.

O segundo fator tem a ver com o estilo de vida adotado, especialmente nos lugares mais desenvolvidos.

“Boa parte da comunidade científica acredita que o aumento de casos está diretamente relacionado a mudanças de hábitos nas gerações que nasceram a partir de 1970, como o maior consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em gorduras saturadas, e o aumento na proporção de pessoas sedentárias e obesas”, lista Rocha.

Todas essas alterações estão relacionadas a um aumento geral de enfermidades crônicas não transmissíveis, como a hipertensão, o diabetes e diversos tipos de câncer, como aqueles que acometem o pâncreas.

Falando em diabetes, os pesquisadores têm muitas dúvidas sobre qual a relação entre os dois quadros. Afinal, pacientes com diabetes possuem um risco mais elevado de câncer de pâncreas? Ou é o tumor na glândula produtora de insulina que provoca um descontrole nos níveis de açúcar no sangue?

“Ainda não está certo se o diabetes é causa ou consequência nesse cenário. Mesmo assim, encaramos essa enfermidade como um fator de risco adicional para o câncer de pâncreas”, responde Siqueira.

Silenciosa e agressiva 5w6p3p

 

Para completar, uma das grandes barreiras quando o assunto é tumor no pâncreas está no diagnóstico tardio.

“Apenas 15 a 20% dos pacientes são identificados quando a doença está localizada na glândula e não se espalhou para outras partes do corpo”, calcula Siqueira.

Em linhas gerais, detectar o quadro nas primeiras etapas de desenvolvimento é a principal maneira de garantir tratamentos menos invasivos e com maior potencial de cura.

Essa, porém, não é a realidade na maioria das vezes. “Os sintomas do câncer de pâncreas só costumam aparecer numa fase avançada e são muito genéricos, ou seja, se confundem com uma série de outras enfermidades possíveis”, caracteriza Rocha.

Entre as principais manifestações desse tumor, os médicos destacam a perda de peso, a dor no abdômen ou nas costas e mudanças na coloração da pele e dos olhos, que ganham um aspecto amarelado.

Esse último sinal tem a ver com o crescimento do tumor e o aperto de estruturas ao redor, como os ductos que ligam a vesícula biliar ao fígado.

Também não há um exame de rotina que possa flagrar a enfermidade de forma precoce, em moldes parecidos aos da mamografia para câncer de mama e do papanicolau para o de colo de útero.

O último fator por trás da ascensão dos tumores de pâncreas tem a ver com as próprias características dessa condição.

“Ela é uma doença mais agressiva. Mesmo os pacientes que são operados têm uma sobrevida menor em comparação a outros tipos de câncer”, diz Siqueira.

“No câncer de intestino localizado tratável com a cirurgia, por exemplo, há uma chance de cura que supera os 80%. Num tumor de pâncreas que reúne condições parecidas, essa taxa fica em 30%”, completa a oncologista.

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Cirurgias são a primeira escolha quando o câncer de pâncreas é diagnosticado nas fases iniciais

O contra-ataque da medicina fx50

Mas nem tudo são más notícias quando o assunto é câncer de pâncreas.

“Durante muito tempo, tivemos a ideia que esse era um tumor contra o qual podíamos fazer muito pouco”, lembra Rocha.

“Mas, nos últimos anos, tivemos uma série de avanços que melhoraram esse cenário. Hoje, a chance de cura é seis vezes maior do que há duas décadas, principalmente quando somos capazes de usar as melhores ferramentas para diagnosticar e tratar de forma precoce”, complementa.

Quando o tumor na glândula é detectado nos estágios iniciais, a cirurgia costuma ser a primeira alternativa para lidar com o problema.

Agora, se a doença já evoluiu ou se espalhou para outras partes do organismo, os profissionais de saúde apelam para a quimioterapia ou para a radioterapia.

Em alguns casos, a própria químio consegue diminuir o tumor, o que abre a possibilidade de fazer uma cirurgia para remover as lesões localizadas na glândula.

Opções mais avançadas também começam a entrar em jogo. Uma delas é a imunoterapia, uma classe de medicamentos que estimula o próprio sistema imunológico do paciente a combater as células cancerosas.

“Por ora, esses remédios só estão disponíveis para indivíduos com uma mutação genética específica, o que corresponde a cerca de 1% dos casos”, aponta Siqueira.

Outra novidade recente é o uso das CAR-T Cells, um método já aprovado como tumores de sangue que consiste em extrair células imunológicas do próprio paciente, modificá-las em laboratório e reintroduzi-las no organismo, para que reconheçam e ataquem o tumor.

“Esse, porém, ainda é um tratamento experimental, que precisa ser mais estudado”, pondera a oncologista clínica.

 

Embora o transplante de pâncreas seja uma opção para os pacientes com diabetes que têm complicações graves, ele não está disponível como tratamento contra o câncer. Isso porque essa cirurgia exige o uso de medicamentos de inibem o sistema imunológico — que, num paciente com esse tumor, fariam as células cancerosas se espalharem mais rapidamente para outras partes do corpo.

Se as perspectivas terapêuticas contra o câncer de pâncreas evoluem, as orientações para prevenir a doença continuam as mesmas.

“A nossa principal recomendação para evitar uma doença dessas é buscar hábitos de vida saudáveis”, sugere Rocha.

“Isso inclui manter um peso adequado, uma alimentação baseada em fontes vegetais e com pouca gordura saturada, praticar atividade física e evitar o tabagismo”, conclui o médico.

Este texto foi originalmente publicado em fevereiro de 2023 e atualizado após o diagnóstico de Tony Bellotto.

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