{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2024/01/6791571-brasil-tem-politica-industrial-efetiva.html", "name": "Brasil tem política industrial efetiva", "headline": "Brasil tem política industrial efetiva", "description": "", "alternateName": "Visão do Correio", "alternativeHeadline": "Visão do Correio", "datePublished": "2024-01-24T06:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto">O programa Nova Indústria Brasil, anunciado segunda-feira pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é um marco para a indústria brasileira, que nos últimos anos viu sua participação na geração de riqueza do país decrescer de um percentual próximo a 40% na década de 1980 para pouco mais de 20% agora. Ao longo dessas pouco mais de quatro décadas, o setor industrial brasileiro foi deixado em segundo plano, com o país optando por exportar commodities agrícolas e minerais diante da necessidade de fazer superavits a partir dos anos 1990.</p> <p class="texto">O programa, anunciado durante a reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços que conta com a participação de 21 instituições do setor privado, mostra a forma como o governo do presidente Lula pretende conduzir a política industrial brasileira. Enganam-se os que veem uma repetição do ado na forma. A Nova Indústria Brasil foi formulada após um ano de discussões entre representantes do governo com os do setor privado.</p> <p class="texto">Se antes o foco era na inserção de empresas brasileiros no mercado internacional, no ado recente, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sendo o acionista e financiador da iniciativa, agora o banco também atuará, mas não mais com foco nos grandes conglomerados e, sim, nas oportunidades oferecidas pela transição energética e a descarbonização da economia. O plano deixa claro o papel do Estado no fomento industrial em busca de tornar as empresas mais competitivas e atualizadas tecnologicamente e inseridas nas cadeias globais de valor.</p> <p class="texto">Há uma janela de oportunidades para a indústria brasileira em um mundo que corre contra o tempo para desenvolver tecnologias que permitam reduzir drasticamente a emissão de gases do efeito estufa até 2050. Da depreciação acelerada, que oferece condições tributárias favoráveis para aquisição de novos equipamentos, ao financiamento de setores estratégicos, o programa foi pensado de forma integral, excluindo da sua esfera empresas que exploram trabalho análogo à escravidão, as acusadas de assédio ou homofobia ou as que foram flagradas desmatando.</p> <p class="texto">Os críticos podem até dizer que o governo, por um lado, quer acabar com a desoneração da folha e, por outro, promete dinheiro para a indústria. Ocorre que são situações distintas. Enquanto a desoneração é uma vantagem fiscal que não abrange todos os setores da economia, tendo um efeito artificial sobre a competitividade das indústrias atendidas por eles, o dinheiro da Nova Indústria Brasil se propõe a financiar as fábricas para que elas se desenvolvam tecnologicamente e agreguem produtividade e valor a suas operações. O benefício fiscal que existe tem a finalidade de facilitar a modernização dos parques fabris do país. São situações e objetivos distintos.</p> <p class="texto">É preciso lembrar ainda que todos os países industrializados dispõe de políticas industriais formuladas e sustentadas pelo Estado. Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden lançou um programa de US$ 400 bilhões em energias verdes, energias limpas e veículos elétricos, além de US$ 50 bilhões para atrair fabricantes de semicondutores para os EUA. Mais ainda, historicamente o desenvolvimento industrial no Brasil no século ado ocorreu com o apoio do Estado, com o governo Getúlio Vargas incentivando a produção de minério de ferro, a siderúrgica e a produção de petróleo, a gestão Juscelino Kubitschek, com a indústria automotiva e o avanço do setor elétrico e o regime militar com a política de substituição das importações. É preciso agora que a sociedade cobre a execução da nova política industrial para que o país, efetivamente, se posicione no grupo dos países desenvolvidos.</p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F01%2F22%2F1200x801%2F1_22012023ea_49-34518312.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F01%2F22%2F1000x1000%2F1_22012023ea_49-34518312.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F01%2F22%2F800x600%2F1_22012023ea_49-34518312.jpg" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Correio Braziliense", "url": "/autor?termo=correio-braziliense" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 6i4123

Brasil tem política industrial efetiva 5p1r2b
Visão do Correio

Brasil tem política industrial efetiva 3b6e2u

O programa, anunciado durante a reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial conta com a participação de 21 instituições do setor. A Nova Indústria Brasil foi formulada após um ano de discussões entre representantes do governo com os do setor privado 356q3g

O programa Nova Indústria Brasil, anunciado segunda-feira pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é um marco para a indústria brasileira, que nos últimos anos viu sua participação na geração de riqueza do país decrescer de um percentual próximo a 40% na década de 1980 para pouco mais de 20% agora. Ao longo dessas pouco mais de quatro décadas, o setor industrial brasileiro foi deixado em segundo plano, com o país optando por exportar commodities agrícolas e minerais diante da necessidade de fazer superavits a partir dos anos 1990.

O programa, anunciado durante a reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços que conta com a participação de 21 instituições do setor privado, mostra a forma como o governo do presidente Lula pretende conduzir a política industrial brasileira. Enganam-se os que veem uma repetição do ado na forma. A Nova Indústria Brasil foi formulada após um ano de discussões entre representantes do governo com os do setor privado.

Se antes o foco era na inserção de empresas brasileiros no mercado internacional, no ado recente, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sendo o acionista e financiador da iniciativa, agora o banco também atuará, mas não mais com foco nos grandes conglomerados e, sim, nas oportunidades oferecidas pela transição energética e a descarbonização da economia. O plano deixa claro o papel do Estado no fomento industrial em busca de tornar as empresas mais competitivas e atualizadas tecnologicamente e inseridas nas cadeias globais de valor.

Há uma janela de oportunidades para a indústria brasileira em um mundo que corre contra o tempo para desenvolver tecnologias que permitam reduzir drasticamente a emissão de gases do efeito estufa até 2050. Da depreciação acelerada, que oferece condições tributárias favoráveis para aquisição de novos equipamentos, ao financiamento de setores estratégicos, o programa foi pensado de forma integral, excluindo da sua esfera empresas que exploram trabalho análogo à escravidão, as acusadas de assédio ou homofobia ou as que foram flagradas desmatando.

Os críticos podem até dizer que o governo, por um lado, quer acabar com a desoneração da folha e, por outro, promete dinheiro para a indústria. Ocorre que são situações distintas. Enquanto a desoneração é uma vantagem fiscal que não abrange todos os setores da economia, tendo um efeito artificial sobre a competitividade das indústrias atendidas por eles, o dinheiro da Nova Indústria Brasil se propõe a financiar as fábricas para que elas se desenvolvam tecnologicamente e agreguem produtividade e valor a suas operações. O benefício fiscal que existe tem a finalidade de facilitar a modernização dos parques fabris do país. São situações e objetivos distintos.

É preciso lembrar ainda que todos os países industrializados dispõe de políticas industriais formuladas e sustentadas pelo Estado. Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden lançou um programa de US$ 400 bilhões em energias verdes, energias limpas e veículos elétricos, além de US$ 50 bilhões para atrair fabricantes de semicondutores para os EUA. Mais ainda, historicamente o desenvolvimento industrial no Brasil no século ado ocorreu com o apoio do Estado, com o governo Getúlio Vargas incentivando a produção de minério de ferro, a siderúrgica e a produção de petróleo, a gestão Juscelino Kubitschek, com a indústria automotiva e o avanço do setor elétrico e o regime militar com a política de substituição das importações. É preciso agora que a sociedade cobre a execução da nova política industrial para que o país, efetivamente, se posicione no grupo dos países desenvolvidos.

Mais Lidas 2m2j3i