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Opinião

Infância desprotegida 21z44

Dia sim e outro também, meninos e meninas são alvo de todo tipo de atrocidade. As barbáries se sucedem, e o Estado segue praticamente inerte 333mp

Um homem de 47 anos foi preso em Anápolis (GO), na última segunda-feira, pelo estupro de seis crianças da família. Ele cometia os abusos ao buscá-las na escola. O crime foi descoberto após denúncia de uma pessoa que já tinha sido vítima dele e hoje é maior de idade. Ao perceber que o predador sexual continuava a agir, procurou a polícia. Em depoimento, contou que, na época em que sofreu a violência, avisou aos familiares, mas ninguém fez nada para impedir os ataques.

Em Trindade (GO), na terça-feira, um homem foi preso depois de ser denunciado por uma criança de 10 anos. Durante um jogo de "verdade ou consequência" na rua, a vítima começou a chorar e não conseguia falar. A vizinha estranhou o comportamento e a questionou. Ela acabou revelando que sofria abusos sexuais do marido da avó havia três anos.  

Na cidade de Sério (RS), um casal foi preso acusado do homicídio da própria filha, recém-nascida. Segundo a polícia, a mulher deu à luz no banheiro e, em seguida, matou a bebê com uma faca de serra. O companheiro levou o corpo para um aterro sanitário e ateou fogo.

No Rio de Janeiro, mãe e padrasto foram presos acusados de ass um bebê de 11 meses. A criança tinha vários hematomas e queimaduras pelo corpo e uma lesão na cabeça. Segundo o IML, a morte foi provocada por traumatismo craniano, hemorragia e edema cerebral. Uma semana antes, também no Rio, um outro casal foi para a cadeia pelo homicídio do filho de 4 anos, por espancamento.

Esses são apenas alguns dos casos mais recentes de violência contra crianças. Dia sim e outro também, meninos e meninas são alvo de todo tipo de atrocidade. O que não há, dia nenhum, são medidas efetivas para contê-la. 

Nenhum governo — e, repito, nenhum — cumpre seu dever de investir em políticas públicas capazes, de fato, de proteger crianças e adolescentes. As barbáries se sucedem, e o Estado segue praticamente inerte. Ignora sua obrigação de garantir, com absoluta prioridade, o bem-estar e a segurança da camada mais vulnerável da população, como ordena a Constituição, em seu artigo 227.

A cada novo episódio medonho noticiado, me vem a angústia: quantas crianças ainda terão de ser torturadas? Quantas terão de morrer até que o poder público cumpra seu papel? Por que o Brasil é tão tolerante com as mais diversas formas de agressões contra meninos e meninas?

A luta pelo fim dessa perversidade tem de envolver, também, família e sociedade, claro. Mas cabe ao Estado, pelo poder que detém, tomar a frente das ações, implementar medidas efetivas e permanentes, fortalecer a rede de atendimento a esse público e convocar um esforço coletivo, uma mobilização nacional para proteger os inocentes. Crianças e adolescentes têm o direito de viver, de crescer livres de crueldade e opressão. E todos nós — com o Estado como carro-chefe — temos a obrigação de garantir que esse direito seja respeitado.

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