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Presos na telinha 4h1c5g
Artigo

Presos na telinha 27314j

Estudos de imagem revelam dados preocupantes, especialmente para um cérebro em desenvolvimento: o excesso de exposição às telas está associado à redução de matéria branca e cinzenta do órgão. A internet está encolhendo cérebros 691s

No início dos anos 1980, a TV a cabo se popularizou nos Estados Unidos. Com o aumento da grade de programação, um novo medo foi desbloqueado entre a classe média: o da televisão "abduzir" crianças e adolescentes. Não à toa, é exatamente o que acontece em um dos filmes de terror de maior sucesso da época, Poltergeist (1982), no qual a menininha Caroline é literalmente sugada pelo aparelho.

Se, na obra escrita e produzida por Steven Spielberg, são fantasmas que puxam a protagonista-mirim para dentro da tela, na realidade, os pais temiam perder os filhos para o excesso de canais. De fato, a oferta excessiva de programas mudou a dinâmica das famílias. 

Diversos estudos exploraram o impacto negativo da TV em aspectos do comportamento infantojuvenil, incluindo maus hábitos alimentares, sedentarismo, redução de atividades sociais e queda no interesse pelos estudos. Além disso, pesquisas de longo prazo não só nos Estados Unidos atestaram redução na leitura e na pontuação em testes cognitivos.

Mas, mesmo quem cresceu com a "babá eletrônica" não estava preparado para o fenômeno que viria assombrar os pais décadas depois. O verdadeiro Poltergeist não viria da telona, mas da microtela dos smartphones, de onde 96% dos usuários de internet am a rede de computadores (dados do DataReportal). 

Agora, não estamos mais falando de um punhado de canais de televisão, mas de um conteúdo infinito disponível em qualquer lugar, 24 horas por dia. Adolescentes am, em média, nove horas conectados, um número conservador, considerando que as pesquisas sobre o tema trabalham, geralmente, com autorrelato. 

Em um artigo para o site The Conversation, psiquiatras da Universidade Estadual de Wayne calcularam que, se uma pessoa a "apenas" 50 horas por semana conectada entre os 13 e 18 anos, no fim, terá dedicado às telas mais do que os 12 anos ados na escola. Essa "graduação" on-line cobra seu preço: em todas as partes do mundo, independentemente da renda familiar, as estatísticas de ansiedade e depressão entre crianças dispararam. Estudos de imagem revelam dados preocupantes, especialmente para um cérebro em desenvolvimento: o excesso de exposição às telas está associado à redução de matéria branca e cinzenta do órgão. A internet está encolhendo cérebros. 

Assim como na televisão, nem tudo é lixo na rede. Nos anos 1970, uma pesquisa constatou que crianças que assistiam à Vila Sésamo tinham um nível de letramento superior — 80% do programa era de conteúdo educativo. Agora, um estudo recente também encontrou ganhos cognitivos entre meninos e meninas que am, como os pais, conteúdos de qualidade.

O problema é que, se na época de ouro da televisão, bastava desligar o botão para limitar a exposição, hoje, a não ser que os celulares sejam confiscados e trancafiados, é impossível fazer esse controle.

Em Poltergeist, com a ajuda de orações, a família de Caroline consegue expulsar os espíritos que puxavam a menina para dentro da tela. Agora, talvez precisemos de um exorcismo para arrancar as crianças de lá.

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