Opinião

Março, mês da mulher no Distrito Federal

Decisão do STF reconhece inúmeros problemas que têm sido causados pela atuação de não médicos na condução de procedimentos exclusivos da medicina

Mulheres Mulher -  (crédito: Caio Gomez)
Mulheres Mulher - (crédito: Caio Gomez)

Giselle Ferreira, secretária da Mulher do Distrito Federal

Como secretária da Mulher do Distrito Federal, tenho a honra de compartilhar avanços significativos na proteção, no acolhimento e no empoderamento das mulheres. Nossa missão é garantir equidade de gênero e ampliar oportunidades para todas as mulheres do DF. Para isso, estamos expandindo a rede de proteção de 14 para 30 equipamentos, assegurando e mais ível para quem mais precisa.

Durante março, o Governo do Distrito Federal (GDF) dedica a maior parte das ações ao calendário Março Mais Mulher, uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, liderada pela Secretaria da Mulher (SMDF) em parceria com diversos órgãos. Este ano, mais de 350 ações, com participação de 70 órgãos, incluíram capacitação profissional, saúde, educação, cultura e bem-estar. O calendário une governo, sociedade civil e parceiros, reforçando que a pauta da mulher é permanente e intensificada em março.

Entre as ações, na Semana Escolar de Combate à Violência Contra a Mulher conscientizamos crianças e adolescentes sobre respeito aos direitos das mulheres e combate à violência de gênero. Educar jovens sobre igualdade e respeito é essencial para uma sociedade justa. Nossa meta é inspirar e fortalecer cada mulher, garantindo e público para sua trajetória.

O aumento das unidades de apoio e capacitação da SMDF é um o nessa direção. Muitas mulheres em vulnerabilidade não buscam ajuda por falta de o, informação ou receio de denunciar. Para superar essas barreiras, estamos implementando os Comitês de Proteção à Mulher (M) nas regiões istrativas do DF. Esses espaços, instalados em locais como istrações regionais e bibliotecas públicas, acolhem e direcionam mulheres aos serviços da rede de proteção.

Outro avanço fundamental foi o crescimento do investimento em políticas públicas para mulheres. Nos últimos quatro anos, ampliamos em 743% os recursos destinados a essas iniciativas, permitindo a implementação de ações para segurança, desenvolvimento e autonomia feminina. Duas políticas inovadoras surgiram desse aumento orçamentário: o Programa Aluguel Social para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e o Programa Acolher Eles e Elas, voltado aos órfãos do feminicídio.

O Programa Acolher Eles e Elas atende 167 órfãos, garantindo um salário mínimo por mês às famílias e acompanhamento psicossocial semanal. O Aluguel Social beneficia 184 mulheres, oferecendo R$ 600 mensais para moradia, incentivando a saída do ciclo de violência.

Acreditamos que proteção e acolhimento devem vir acompanhados do empoderamento feminino. Por isso, investimos em capacitação profissional, empreendedorismo e o ao mercado de trabalho. O Programa Movimente, em parceria com o Sebrae, criou a Agenda do Empreendedorismo Feminino do DF, com 11 eixos temáticos e 51 propostas. Essa iniciativa promove capacitações e trocas de experiências para fortalecer os negócios femininos.

Na Casa da Mulher Brasileira, oferecemos cursos gratuitos de qualificação profissional em diversas áreas, como beleza, istração, cuidador de idosos, informática e serviços gerais. Cerca de 6 mil mulheres já foram certificadas. Outros programas, como o Prepara Mulher, facilitam o ingresso no mercado de trabalho e incentivam a independência financeira. Já o projeto Mão na Massa, em parceria com o Instituto BRB e a Rede Sou Mulher, oferece cursos em gastronomia, artesanato, moda e estética.

Sabemos que ainda há desafios, mas os avanços demonstram que estamos no caminho certo. A melhoria da rede de proteção, os investimentos crescentes e a inauguração de espaços de atendimento multidisciplinar e humanizado reforçam nosso compromisso com as mulheres. O governo distrital prioriza políticas públicas para prevenir a violência e promover capacitação e independência econômica.

Seguimos firmes na missão de tornar o DF mais justo e seguro para todas as mulheres. A denúncia contra agressores é um ato de coragem e salva vidas. A luta por equidade de gênero e mais oportunidades continua. Com a participação da sociedade e a implementação de ações intersetoriais, poderemos construir um futuro onde cada mulher tenha seus direitos garantidos e sua dignidade respeitada.

 


Por Opinião
postado em 05/04/2025 06:00 / atualizado em 06/04/2025 10:39
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