Entre os integrantes que pediram demissão, está a coordenadora da força-tarefa no estado, Janice Ascari. O desligamento ocorre de forma escalonada e foi oficializado em ofício enviado ao procurador-geral da República, Augusto Aras.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, o movimento deve se repetir em Curitiba e outras regiões do país. A valiação no grupo é de que o desgaste é muito elevado e que Dallagnol era quem tinha maior influência e apoio para ir contra eventuais interferências da Procuradoria Geral da República (PGR) e críticas do setor político. Alguns dos procuradores avaliam pedir transferência para outras áreas do Ministério Público Federal (MPF). Outro fator levantado é o tempo de atuação, que já chega a seis anos.
O que também gera controvérsias na força-tarefa no Paraná é a possibilidade de se reduzir o número de procuradores, hoje em 14. Esta decisão poderia gerar lentidão nas investigações e provocar redução também no quadro de 30 servidores do setor técnico que atuam prestando apoio diário aos integrantes da operação. Aras tem até o dia 10 deste mês para decidir se prorroga ou não as atividades da Lava-Jato na capital paranaense por mais um ano e se realiza alterações nas equipes. A decisão também deve ser avaliada pelo Conselho Superior do MPF, que deve convocar uma reunião extraordinária para tratar do assunto. O próximo encontro previsto ocorre em outubro. No entanto, parte dos conselheiros pretende solicitar que o debate seja antecipado.