Sebastião Melo (MDB) foi eleito, neste domingo (29/11), para governar Porto Alegre. O emedebista encerrou a eleição com 54,63% dos votos, cravando a vitória sobre a adversária Manuela D'Ávila (PCdoB), que somou 45,37%. Na campanha, o novo prefeito, que foi vice-prefeito de 2013 a 2016, defendeu uma gestão liberal na economia, com redução de impostos e burocracia. O vice é Ricardo Gomes (DEM), vereador e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB).
Sebastião Melo também já foi vice-prefeito da cidade, de 2013 a 2017, no mandato de José Fortunati, então no PDT. Aos 62 anos, o advogado de formação também foi vereador por Porto Alegre por três mandatos e deputado estadual pelo Rio Grande do Sul. Melo nasceu em Piracanjuba, no estado de Goiás, mas é filiado ao MDB desde que chegou à capital gaúcha, em 1978.
Com propostas direcionadas à criação de parceria público-privadas, tanto na educação quanto na saúde, Melo cresceu na campanha eleitoral após desistência de Fortunati (PTB), que manifestou apoio ao emedebista, impulsionando a candidatura dele ainda no primeiro turno. Na reta final da campanha, Melo também recebeu apoio do candidato derrotado Valter Nagelstein (PSD).
Com o resultado, Sebastião Melo frustra a tentativa de Manuela D'Ávila de ser a primeira mulher eleita como prefeita de Porto Alegre. Ela foi candidata à vice-Presidência em 2018, na chapa de Fernando Haddad (PT) e se juntou a Miguel Rossetto (PT) nestas eleições municipais de Porto Alegre.
As campanhas foram marcadas por ataques entre os dois candidatos no segundo turno. Melo chegou a registrar um boletim de ocorrência contra Manuela por insinuar que ela teria sido racista, enquanto a política do PC do B considerou machistas as ofensas do adversário dirigidas à ela. Após a derrota, ela se manifestou nas redes sociais: “Enfrentamos muita baixaria e notícias falsas. Mas a democracia é soberana. Desejo sorte ao Sebastião Melo e seguiremos na luta, ao lado de quem quer uma cidade mais justa”, postou, além de agradecer os votos recebidos.