{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/politica/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/politica/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/politica/", "name": "Política", "description": "Governo Lula, Congresso, Judiciário: as notícias para ficar bem informado sobre os Três Poderes ", "url": "/politica/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/politica/2025/03/7089467-stf-atualiza-tese-sobre-responsabilidade-de-veiculos-por-fala-de-entrevistados.html", "name": "STF atualiza tese sobre responsabilidade de veículos por fala de entrevistados", "headline": "STF atualiza tese sobre responsabilidade de veículos por fala de entrevistados", "description": "", "alternateName": "Justiça", "alternativeHeadline": "Justiça", "datePublished": "2025-03-20T16:59:19Z", "articleBody": "<p dir="ltr">O Supremo Tribunal Federal (STF) ajustou, nesta quinta-feira (20/3), a tese que trata da responsabilidade civil dos veículos de imprensa a respeito das falas dos entrevistados. Segundo a Corte, a empresa jornalística poderá ser responsabilizada civilmente somente se comprovada a intenção de manipular as informações.</p> <p dir="ltr">O novo entendimento se dá após embargos de declaração da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e do <em>Diário de Pernambuco</em>. <br /></p> <p class="texto"><strong>A tese está enunciada em três proposições:</strong></p> <ul> <li dir="ltr"> <p dir="ltr">Na hipótese de publicação de entrevista por quaisquer meios em que o entrevistado imputa falsamente prática de crime a terceiro, a empresa jornalística somente poderá ser responsabilizada civilmente se comprovada sua má-fé caracterizada: pelo dolo, demonstrado em razão do conhecimento prévio da falsidade da declaração; ou por culpa grave decorrente da evidente negligência na apuração da veracidade do fato e na sua divulgação ao público sem resposta do terceiro ofendido ou ao menos de busca do contraditório pelo veículo.</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr">Na hipótese de entrevistas realizadas e transmitidas ao vivo, fica excluída a responsabilidade do veículo por ato exclusivamente de terceiro, quando este falsamente imputa a outra a prática de um crime, devendo ser assegurado pelo veículo o exercício do direito de resposta em iguais em condições, espaço e destaque, sob pena de responsabilidade.</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr">Constatada a falsidade referida nos itens acima, deve haver remoção de ofício ou por notificação da vítima quando a imputação permanecer disponível em plataformas digitais sob pena de responsabilidade.</p> </li> </ul> <p class="texto"><strong><a href="https://whatsapp.com/channel/0029VaB1U9a002T64ex1Sy2w">Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular</a></strong></p> <p dir="ltr">Em decisão anterior, o STF havia entendido que os veículos de imprensa poderiam ser condenados por entrevistas em casos de "indícios concretos de falsidade" da imputação ou se a empresa deixou de observar o "dever de cuidado" na verificação dos fatos e na divulgação de tais indícios.  </p> <ul> <li dir="ltr"><strong>Leia também: <a href="/politica/2023/11/6662851-stf-decide-que-veiculos-podem-ser-condenados-por-fala-de-entrevistado.html" target="_blank">STF decide que veículos podem ser condenados por fala de entrevistado</a></strong></li> </ul> <p dir="ltr">No entanto, o <em>Diário de Pernambuco</em>, que é parte no processo, e a Abraji buscaram aperfeiçoar a tese. O argumento é de que o entendimento se mostra subjetivo e pode abrir espaço para a aplicação da lei de maneira equivocada e inconstitucional, violando a liberdade de imprensa. </p> <h3 dir="ltr">Entenda o caso </h3> <p class="texto">A ação chegou ao Supremo devido a um pedido de indenização do ex-deputado Ricardo Zarattini Filho (já morto) ao jornal <em>Diário de Pernambuco</em>. Em 1995, o veículo divulgou entrevista com o delegado Wandenkolk Wanderley, também já morto, que acusou o político de participar do atentado a bomba no Aeroporto dos Guararapes (PE), em 1966, durante a ditadura militar. </p> <ul> <li><strong>Leia também: <a href="/politica/2023/11/6662941-stf-imprensa-pode-ser-punida-por-acusacoes-falsas-de-entrevistados.html" target="_blank">STF: imprensa pode ser punida por acusações falsas de entrevistados</a></strong></li> </ul> <p class="texto">A defesa do ex-deputado alegou que a acusação era falsa e teve pedido julgado procedente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o processo foi parar no STF por um recurso apresentado pela empresa. O advogado João Carlos Velloso, que representa o <em>Diário de Pernambuco</em>, afirmou que a decisão não afeta a liberdade de imprensa, mas que a tese proposta pelo ministro aposentado Marco Aurélio Mello seria a mais apropriada para o caso. </p> <p class="texto">“Nela, diz que nenhum veículo de imprensa pode ser responsabilizado por conta de uma entrevista, pois a entrevista é a opinião do entrevistado e não do jornal —  que apenas divulgou”, disse.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/politica/2025/03/7089395-lula-recebe-joao-campos-e-assina-acordo-de-rs-900-mi-para-recife.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/03/20/joao_campos_e_lula-48303982.jpg?20250320155812" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Lula recebe João Campos e assina acordo de R$ 900 mi para Recife</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2025/03/7089371-crivella-rebate-malafaia-e-defende-marcos-pereira-em-meio-a-polemica-sobre-pl-da-anistia.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/27/220599-35214692.jpg?20250320165430" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Crivella rebate Malafaia e defende Marcos Pereira em meio à polêmica sobre PL da Anistia</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2025/03/7089342-cmo-aprova-relatorio-final-do-orcamento-de-2025-texto-vai-a-plenario.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/03/20/675x450/1_cmo-48298586.jpeg?20250320150900" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>CMO aprova relatório final do Orçamento de 2025; texto vai a plenário</span> </div> </a> </li> </ul> </div> </p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/03/08/1200x801/1_640px_supremo_brasil-47741847.jpg?20250320165159?20250320165159", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/03/08/1000x1000/1_640px_supremo_brasil-47741847.jpg?20250320165159?20250320165159", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/03/08/800x600/1_640px_supremo_brasil-47741847.jpg?20250320165159?20250320165159" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Luana Patriolino", "url": "/autor?termo=luana-patriolino" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 4j731a

STF atualiza tese sobre responsabilidade de veículos por fala de entrevistados 16o2d
Justiça

STF atualiza tese sobre responsabilidade de veículos por fala de entrevistados 633s68

Corte ajustou três proposições após embargos de declaração da Abraji e do Diário de Pernambuco  5j4r5t

O Supremo Tribunal Federal (STF) ajustou, nesta quinta-feira (20/3), a tese que trata da responsabilidade civil dos veículos de imprensa a respeito das falas dos entrevistados. Segundo a Corte, a empresa jornalística poderá ser responsabilizada civilmente somente se comprovada a intenção de manipular as informações.

O novo entendimento se dá após embargos de declaração da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e do Diário de Pernambuco

A tese está enunciada em três proposições:

  • Na hipótese de publicação de entrevista por quaisquer meios em que o entrevistado imputa falsamente prática de crime a terceiro, a empresa jornalística somente poderá ser responsabilizada civilmente se comprovada sua má-fé caracterizada: pelo dolo, demonstrado em razão do conhecimento prévio da falsidade da declaração; ou por culpa grave decorrente da evidente negligência na apuração da veracidade do fato e na sua divulgação ao público sem resposta do terceiro ofendido ou ao menos de busca do contraditório pelo veículo.

  • Na hipótese de entrevistas realizadas e transmitidas ao vivo, fica excluída a responsabilidade do veículo por ato exclusivamente de terceiro, quando este falsamente imputa a outra a prática de um crime, devendo ser assegurado pelo veículo o exercício do direito de resposta em iguais em condições, espaço e destaque, sob pena de responsabilidade.

  • Constatada a falsidade referida nos itens acima, deve haver remoção de ofício ou por notificação da vítima quando a imputação permanecer disponível em plataformas digitais sob pena de responsabilidade.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Em decisão anterior, o STF havia entendido que os veículos de imprensa poderiam ser condenados por entrevistas em casos de "indícios concretos de falsidade" da imputação ou se a empresa deixou de observar o "dever de cuidado" na verificação dos fatos e na divulgação de tais indícios.  

No entanto, o Diário de Pernambuco, que é parte no processo, e a Abraji buscaram aperfeiçoar a tese. O argumento é de que o entendimento se mostra subjetivo e pode abrir espaço para a aplicação da lei de maneira equivocada e inconstitucional, violando a liberdade de imprensa. 

Entenda o caso  6f56g

A ação chegou ao Supremo devido a um pedido de indenização do ex-deputado Ricardo Zarattini Filho (já morto) ao jornal Diário de Pernambuco. Em 1995, o veículo divulgou entrevista com o delegado Wandenkolk Wanderley, também já morto, que acusou o político de participar do atentado a bomba no Aeroporto dos Guararapes (PE), em 1966, durante a ditadura militar. 

A defesa do ex-deputado alegou que a acusação era falsa e teve pedido julgado procedente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o processo foi parar no STF por um recurso apresentado pela empresa. O advogado João Carlos Velloso, que representa o Diário de Pernambuco, afirmou que a decisão não afeta a liberdade de imprensa, mas que a tese proposta pelo ministro aposentado Marco Aurélio Mello seria a mais apropriada para o caso. 

“Nela, diz que nenhum veículo de imprensa pode ser responsabilizado por conta de uma entrevista, pois a entrevista é a opinião do entrevistado e não do jornal —  que apenas divulgou”, disse.

 

Mais Lidas 2m2j3i