
Nos bastidores, a aposta é de que o próprio Lupi se antecipe e entregue o cargo
- (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
A permanência de Carlos Lupi à frente do Ministério da Previdência Social parece ter chegado ao fim. Interlocutores ouvidos pelo Correio afirmam que a saída do ministro é iminente e pode ser oficializada ainda nesta sexta-feira (2/5). A crise que envolve o comando da pasta ganhou novos contornos após revelações de omissão diante do escândalo bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Embora não haja provas da participação direta de Lupi no esquema, interlocutores do governo sustentam que pesou contra o ministro a falta de ação efetiva para conter a fraude — e, posteriormente, sua frágil reação após a eclosão do caso. A avaliação majoritária no Planalto é de que a manutenção de Lupi se tornou insustentável.
Ainda segundo fontes palacianas, Lupi e Lula devem se encontrar nesta tarde, em reunião considerada decisiva. Apesar das pressões, integrantes do governo reforçam que o esquema de descontos ilegais tem raízes em gestões anteriores, ganhando força a partir de 2019, durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
As investigações conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que as fraudes escalaram e alcançaram cifras bilionárias já no atual mandato de Lula, o que levou à deflagração de ações corretivas.
Nos bastidores, a aposta é de que o próprio Lupi se antecipe e entregue o cargo. A expectativa é de que a definição ocorra até esta sexta-feira (2/5), ou, no mais tardar, na próxima segunda-feira.
Saiba Mais
postado em 02/05/2025 16:08 / atualizado em 02/05/2025 16:11