
Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) tiveram mais um bate-boca durante sessão plenária realizada nesta quarta-feira (7/5) sobre a fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "Estou nessa Corte há mais de 30 anos. Nunca vi isso acontecer, a não ser em outro processo do eminente ministro Aroldo Cedraz", mencionou o ministro Walton Alencar.
- Leia também: Tensão no TCU: bate-boca por causa da fraude no INSS
Ele já havia criticado o colega em sessão anterior devido a demora para decidir sobre recursos apresentados pelo INSS. Em 2024, uma auditoria do TCU encontrou irregularidades envolvendo entidades associativas e determinou ao órgão a suspensão imediata de novos descontos, assim como a atualização de todos os contratos envolvendo descontos em folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
- Leia também: Há um ano, TCU já apontava irregularidades no INSS
Na época, o órgão recorreu informando que não tinha estrutura tecnológica e de mão de obra para atuar no prazo estabelecido. Foram realizadas seis sessões no plenário do TCU sobre o tema neste período e, em todas as vezes, o tema foi retirado de pauta sem definição. Somente hoje, pela sétima vez, os ministros votaram pela recusa dos recursos.
"Acredito que pela materialidade que esse processo ostenta, pelo nível das fraudes, o ministro relator precisa se justificar se essas retiradas de pauta se justificam por conta das tratativas que então eram realizadas, se era ele que fazia essas tratativas, quem participava e quais eram os objetivos, eram motivos republicanos?", questionou Alencar.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
O ministro relator do caso, Aroldo Cedraz, acusou os colegas de desejarem retirar dele a relatoria do processo. "O Brasil assistiu na última sessão a um quadro que nunca vi nesta casa. Um quadro que foi criado ao longo das semanas anteriores, de como uma estrutura foi montada para que eu pudesse perder a relatoria", comentou.