
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que também é líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, divulgou um vídeo nas redes sociais em resposta às acusações feitas por Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre supostas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No vídeo, Lindbergh rebate as alegações de Nikolas e apresenta outra versão dos fatos, apontando que as investigações sobre as irregularidades começaram ainda durante o governo de Jair Bolsonaro.
Segundo Lindbergh, foi a Controladoria-Geral da União (CGU), ainda em 2019, que notificou o INSS sobre fraudes em benefícios. No entanto, ele afirma que o governo da época não tomou providências adequadas. O deputado cita diretamente o então ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário de Previdência, Rogério Marinho, além de Onyx Lorenzoni, como responsáveis por não terem agido diante dos alertas.
Em tom crítico, Lindbergh questiona: “O escândalo começa em 2019. A CGU notificou o INSS. Só que nada foi feito. Quem era o ministro? Paulo Guedes. Quem era o secretário de Previdência? Rogério Marinho. Quem foi ministro? Onyx Lorenzoni. Tem muita coisa que o Nikolas não te contou”.
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Apesar da contundência da resposta, o vídeo de Lindbergh teve alcance significativamente menor em comparação ao de Nikolas Ferreira. Enquanto o vídeo do deputado do PL alcançou mais de 100 milhões de visualizações em 24 horas, o de Lindbergh somou cerca de 45 mil os na primeira hora.
A troca de vídeos gerou intensa repercussão nas redes sociais e no meio político. Parlamentares governistas expressam preocupação com a disseminação de desinformação e ressaltam a importância de esclarecer os fatos à população.
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A controvérsia também reacendeu o debate sobre a responsabilidade dos governos, ados e presentes, na prevenção e combate a fraudes no sistema previdenciário. O governo federal convocou uma coletiva para a manhã de hoje, no Palácio do Planalto, para divulgar atualizações sobre o caso.
O embate entre os dois deputados reflete a polarização política em curso no país e evidencia os desafios da comunicação institucional em tempos de redes sociais, onde o alcance muitas vezes se sobrepõe à veracidade das informações.