
Um erro processual inusitado travou o embate judicial entre o influenciador Pablo Marçal e o vereador de Belo Horizonte, Pedro Rousseff (PT), sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff. Ao mover uma ação contra o parlamentar, Marçal acabou acionando a pessoa errada: o pai de Pedro, que tem exatamente o mesmo nome.
O caso começou no ano ado, quando Marçal decidiu processar Pedro por publicações nas redes sociais. O vereador havia criticado o influenciador por espalhar informações falsas durante as enchentes no Rio Grande do Sul, em 2024. Na ocasião, Marçal afirmou que caminhões com doações estariam sendo barrados — informação depois desmentida.
O influenciador pediu à Justiça que o vereador retirasse os conteúdos do ar, fizesse uma retratação pública e pagasse uma indenização de R$ 100 mil por danos morais. Mas, no último dia 13, o processo tomou um rumo inesperado: a defesa foi apresentada, mas não por Pedro. Quem respondeu foi seu pai, homônimo do vereador, citado por engano na ação.
Na manifestação, o réu acidental esclareceu que, apesar de carregar o mesmo nome e sobrenome, não é a pessoa que Marçal pretendia processar. O erro acabou paralisando o andamento do processo, que segue sem novos desdobramentos.
Procurado pelo Estado de Minas, Pedro Rousseff ironizou o episódio. "A extrema direita cansou de me perseguir e agora resolveu ir atrás da minha família". E completou: "o Marçal processou meu pai achando que me intimidaria. Ao contrário: sigo mais firme, denunciando as falcatruas desse coach, que é réu na Justiça Eleitoral e, daqui a pouco, nem candidato vai poder ser, porque vai ficar inelegível".