
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu pedido de decretação de prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na tarde desta terça-feira (3/6) após anúncio feito pela parlamentar de que está fora do Brasil e pedirá licença de seu mandato. A solicitação foi feita pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-SP), que anunciou a medida em publicação no X (antigo Twitter).
No pedido, o parlamentar diz que Zambelli está foragida e representa "risco concreto à aplicação da lei penal, à ordem pública e à integridade das instituições democráticas brasileiras". A medida foi solicitada com base na decisão unânime proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em maio, que condenou Zambelli a 10 anos de reclusão em regime fechado, bem como a perda automática do mandato da deputada, por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
"Logo após a condenação", afirmou Lindbergh, "a representada evadiu-se do território nacional, sem comunicação ao STF, e ou a ser mantida fora do alcance da jurisdição penal". De acordo com o deputado, a atitude de Zambelli demonstra a existência de um modus operandi pois, assim como ela, o deputado federal Eduardo Bolsonaro também pediu licença do cargo e mudou a residência para outro país para atacar as instituições democráticas do Brasil sob o discuso falso de ser vítima de perseguição.
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Foi requerido à PGR, além da prisão preventiva, a inclusão do nome de Zambelli na difusão vermelha da Interpol, a abertura de procedimento de extradição, o bloqueio de valores recebidos por Pix e ofício junto ao Ministério das Relações Exteriores para revogação do aporte diplomático de Zambelli.